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Mostrando postagens com o rótulo cadernos de economia

Mercado: O efeito Japão nas economias globalizadas

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O Japão pode deixar de comprar ou mesmo vender títulos da dívida americana Por Eduardo Matsura Todo momento de grandes incertezas gera muita volatilidade no mercado. Dada a sua importância, como a terceira potência econômica mundial, a tragédia do Japão afetará o mundo todo, inclusive o Brasil. Por um lado a crise do Japão vai atrapalhar a recuperação dos mercados americanos e europeus, mas por outro lado, vai aumentar a demanda de alguns setores econômicos no processo de reconstrução do país.  Em uma primeira reação, as ações das siderúrgicas subiram na Bovespa. O Japão vai precisar de muito aço para reconstruir as cidades. O Japão pode deixar de comprar ou mesmo vender títulos da dívida americana.   Afinal vai precisar de dinheiro para recuperar a sua economia. Boa parte das indenizações da catástrofe deverá ser paga por seguradoras fora do Japão, isso também pode impactar a saúde financeira de grandes instituições ocidentais. O impacto financeiro fora do Japão será considerá

Febraban: "Freio no aumento real (?) de salários"

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Ganho real mais distante em 2011 Sindigatos: "Perdoem-nos bancários, mas agora nós somos... governo." S e, em 2010, 90% das negociações acabaram em índices de reajuste iguais aos da inflação, o panorama deve mudar este ano. Os empresários alegam que a economia está desacelerando e deve haver "dificuldade" na conversa com os trabalhadores. Esfriamento da economia - é a palavra de ordem nas odes patronais - deve dificultar as negociações salariais entre patrões e empregados. Ao contrário de 2010, reajustes acima da inflação nem pensar.  Onde já se viu isso? O que é que esses peões estão pensando? Que estamos na Suiça? As negociações salariais entre patrões e empregados não serão nada fáceis neste ano.  Se, em 2010, mais de 90% dos acordos resultaram em reajustes iguais aos da inflação, em 2011, os sindigatos teriam de travar uma verdadeira queda de braço acaso quisessem assegurar algum ganho real. Ocorre que os sindigatunos agora tem outros interesses que não rep

Economia: Pibão da Dilma tem ajudado bastante a pobrezinha...

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... da Flórida (EUA)   REAL FORTE FAZ DO BRASIL, A CHINA DA FLÓRIDA  Por Alex Ribeiro M uito prejudicada pela crise imobiliária, a pobrezinha vê reanimar sua economia e atenuar o desemprego.  Os embarques feitos pelo distrito alfandegário de Miami para o Brasil cresceram 24% em 2010, com um superávit de US$ 10,5 bilhões para os americanos. "O Brasil é a China da Flórida" , afirma Manny Mancia, da agência de promoção comercial do Estado.  Os brasileiros são fortes também no mercado imobiliário, turismo, em educação e nos bancos de Miami especializados em administrar fortunas.  "Para a Flórida, não existe nenhum mercado no mundo com tanto potencial." Em 2010, o superávit do distrito alfandegário de Miami no comércio com o Brasil chegou a quase US$ 10,5 bilhões, segundo análise de dados oficiais dos EUA feita pela WorldCity, empresa que agrega dados comerciais, a pedido do jornal “Valor”. Miami vendeu US$ 11,9 bilhões ao Brasil e importou US$ 1,5 bilh

Juros: Nouriel Roubini avalia que alta no juro básico é um erro

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Roubini: "A Espanha é grande demais para falir, mas grande demais também para salvar" E m entrevista à CNBC , o economista Nouriel Roubini (aquele que previu a crise de 2008 com dois anos de antecedência) avaliou que o BCE (Banco Central Europeu) não deveria elevar a taxa básica de juro da Zona do Euro nos próximos meses, pois causará em um distanciamento ainda maior entre as economias da região.  Roubini destacou que a possibilidade de elevação da taxa de juro de referência é um “engano”, observando que a autoridade está se apressando nesta questão. A maior preocupação do economista é que com o aumento da taxa, as economias mais debilitadas da Zona do Euro ficarão ainda mais fracas em relação aos países mais fortes.  De acordo com a matéria, Roubini indicou seu receio de que Portugal poderá precisar de ajuda tanto do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do programa de auxílio da União Europeia. Além disso, a situação da Espanha parece ser ainda mais preocupan

Krugman: Estilo de vida dos ricos, mas não famosos

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Nos EUA, quem tem pressa anda de transporte coletivo. Já no Brasil...  Por Paul Krugmam Digamos que se trata dos bastante ricos .  David Brooks sugere que o crescimento econômico declina porque, atualmente, os ricos estão mais interessados no aprimoramento pessoal e na qualidade de vida do que no dinheiro. Na realidade, estamos sofrendo um declínio do materialismo. Minha reação imediata foi que tudo isso está errado – que pessoas como o hipotético Jared de David na realidade são raras, que na realidade vivemos mais do que nunca num clima de competitividade sem sentido. Por exemplo, vejam os trens de subúrbio. Quando eu era adolescente em Long Island, existia uma nítida hierarquia social em relação ao horário em que as pessoas iam para o trabalho: o trem das 7:30 da manhã costumava estar lotado de operários;  o das 9:00 estava repleto de homens de ternos de boa qualidade, que passariam algumas horas distribuindo papéis pelas mesas do escritório e tomando três martinis

Economia: Se todos são keynesianos, o que Keynes diria a Dilma?

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"It is ideas, not vested interests,  wich are dangerous for good or evil" (John Maynard Keynes) Por Fernando Ferrari Filho e Marco Flávio Resende A crise financeira internacional e seus desdobramentos sobre o lado real das economias, em especial em 2009, em termos de recessão, desemprego e desaquecimento do volume de comércio, acabaram originando um consenso entre economistas acadêmicos, analistas econômicos e "policymakers", qual seja, todos passaram a ser "keynesianos" - cabe ressaltar que, infelizmente, a maioria deles tão somente por oportunismo - tanto para explicar a referida crise quando para remediá-la. No Brasil, não foi diferente. Apesar de as autoridades econômicas terem, em um primeiro momento, subestimado os impactos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, as políticas monetária e fiscal contracíclicas, de cunho keynesianas, implementadas pelas autoridades econômicas foram fundamentais para que o

Inflação e juros: é necessário mudar o rumo do debate

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O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) constata que o aumento da inflação tem resultado, no Brasil, em elevação de juros.   A recente alta de preços de alguns produtos agrícolas (fruto da especulação financeira em decorrência da inundação de dólares nos mercados) e de commodities (cujo preço é estabelecido pelos compradores em mercado externo) deve provocar uma nova rodada de aperto da política monetária, ou seja, aumento de juros. A Nota Técnica 94 - divulgada esta semana pelo DIEESE -  levanta um questionamento: Esta medida acaba se refletindo em valorização do real, encarecimento do crédito e arrefecimento da elevação dos preços pela queda da demanda e concorrência dos produtos importados mais baratos. É, portanto, necessário pensar em outras alternativas.  De tempos em tempos, o debate sobre inflação toma vulto no Brasil. Nos últimos anos foi assim em 2003, 2008 e agora em 2010. Como a terapia oficial usada para o enfrentamento da i

Moeda: O Milagre da Multiplicação

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Conceitos de Economia                                                                            Introdução à economia monetária A moeda possui as funções básicas de ser, ao mesmo tempo: um intermediário de trocas;  um denominador comum de preços (unidade de medida);  e reserva de valor. Segundo o conceito tradicional, sua oferta é dada pela disponibilidade de ativos financeiros de liquidez imediata, os chamados meios de pagamento . Esses ativos de liquidez imediata seriam o papel-moeda em poder do público (moeda manual) e os depósitos a vista do público nos bancos comerciais (moeda escritural) . Os depósitos a vista do público no bancos comerciais geram condições, através da emissão de cheques,  por exemplo, que vários agentes econômicos comprem produtos e serviços com uma mesma quantidade inicial de moeda. Esse uso generalizado de moeda escritural é a origem do "processo multiplicador", que eleva os meios de pagamento.  A moeda injetada no sistema econômico por

Mercado: Empresas não conhecem as classes emergentes

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Da Redação do Portal Comunique-se 79% DOS EXECUTIVOS NÃO ESTÃO PREPARADOS PARA LIDAR COM AS CLASSES C, D e E Pesquisa do Data Popular, realizada com empresários e profissionais de 100 empresas nacionais e multinacionais, aponta que ainda há despreparo (e preconceito) para lidar com as classes emergentes "A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé. A gente não quer só comer, a gente quer comer e quer fazer amor . A gente não quer só comer, a gente quer prazer para aliviar a dor." (Titãs) M esmo representando uma massa de consumo de R$ 1,3 trilhão, as classes C, D e E ainda não são vistas como prioridade pelas empresas, onde 71% dos executivos admitem resistência para llidar com este público e 70% concordam que existe preconceito no relacionamento com este consumidor. Segundo o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles , saber lidar com a nova classe média e a base da pirâm

Economia: A aplicação do conceito custo de oportunidade na formação dos preços

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Economia Industrial Aplicação do custo de oportunidade(*) às decisões de preço   Qual o custo de oportunidade em jogo?   Geração Y: "sinto que me falta apoio, coragem, gana..." Por Roberto Vatan dos Santos Os gestores de preço devem desenvolver um modelo de decisão de preço de venda, que leve em consideração o conceito de custo de oportunidade. Esse modelo pode ser aplicado em duas diferentes situações... na apuração do custo do objeto de custeio; na remuneração dos investimentos realizados pelos acionistas na empresa. Em primeiro lugar , a apuração do custo do produto deve considerar os custos de oportunidade de gerar os produtos, pois esses são fabricados com recursos alternativos, ou seja, têm diferentes usos. Os chamados custos explícitos , que envolvem os desembolsos realizados, são também custos de oportunidade. Como por exemplo, os dispêndios com mão-de-obra, materiais, aluguéis de imóveis, etc, representam uma quantia que poderia ter sido dispendida de forma ú

IBGE: Brasil tem a menor taxa de desemprego da história, desde 2002

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6,2% É A TAXA DE DESEMPREGO EM SETEMBRO Os dados confirmam que a economia segue aquecida e a tendência é a redução da taxa de desemprego para os próximos meses Segundo o IBGE , a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de setembro apurou taxa de desocupação de 6,2% (da PEA), contra 6,7% de agosto e 7,7% em setembro/2009, a menor taxa desde o início da série histórica em 2002. Cabe ressaltar que, neste período, apesar do aumento do número de pessoas economicamente ativas (PEA) procurando emprego, de 23,736 milhões para 23,762 milhões, houve redução das pessoas desocupadas, de 1,60 milhão para 1,48 milhão, o que justifica a diminuição na taxa de desocupação. Os dados confirmam que a economia segue aquecida e a tendência é a redução da taxa de desemprego para os próximos meses, especialmente devido às contratações temporárias de fim de ano. Por ora, estes dados podem proporcionar maior segurança para os trabalhadores, que passam a se sentir menos ameaçados quanto à possibilidade de ficar

Luta: Proposta da Fenaban de 7,5% é insuficiente para os bancários

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Sindicato acoelhado "O salário mínimo necessário para qualquer trabalhador viver  com um mínimo de dignidade é R$ 2.047,58" (Fonte: DIEESE) Do Valor Econômico A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) , entidade que representa os bancos nas negociações coletivas, elevou (?)  nesta segunda-feira a proposta de reajuste salarial aos bancários de 6,5% para 7,5%.  Bancários exigem no mínimo 11% A reunião com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf),  teve início às 11 horas de segunda-feira (11). O novo índice proposto valeria para quem ganha até R$ 5.250, o que representaria um aumento de 3,1%. Aumento este que será corroído pela inflação dos próximos 12 meses. Trabalhadores ficariam, pela enésima vez, relegado à condição de cachorro que tenta morder o próprio rabo. No caso de salários superiores, a proposta é de aumento de um valor fixo de R$ 393,75 ou de reajuste da inflação do período (4,29%), o que for maior.  A propo

Economia: Basiléia 3 não afeta crédito no país, diz Meirelles. Será?

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Banco brasileiro terá de reter lucro As novas exigências de capital contidas no Acordo de Basiléia 3 terão impacto praticamente "neutro" sobre a oferta de crédito no Brasil", avalia o governo. Com a retenção de lucros e respeito às regras de distribuição de dividendos e bonificações será possível aos bancos brasileiros cumprir as novas exigências sem ter de ir ao mercado buscar recursos. Por Claudia Safatle   C om a retenção de lucros e respeito às regras de distribuição de dividendos e bonificações será possível aos bancos brasileiros cumprir as novas exigências de capital determinadas pelo Acordo da Basileia 3 do BIS ( Bank for International Settlements) , firmado no fim de semana, sem ter que ir ao mercado buscar recursos e com impacto praticamente "neutro" sobre a oferta de crédito no país, avalia-se no governo. As regras de requerimento de capital do Banco Central do Brasil já eram mais duras do que as de Basileia e, no debate sobre