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Saramago: Uma Jangada de Pedra a Caminho do Haiti

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Do Caderno de Saramago Uma Jangada de Pedra a Caminho do Haiti Haiti Haití: un desafio internacional Carlos Fuentes Miro una foto de una tristeza, dolor, crueldad y violencia inmensas: un hombre toma del pie el cadáver de un niño y lo arroja al aire. El cuerpo va a dar a la montaña de cadáveres -decenas de millares en una población de 10 millones-. Saldo terrible del terremoto en Haití. Mais * Perante o caos no Haiti: Os cidadãos lançam as suas propostas Porque a terra é coisa de todos , cidadãos particulares propõem saídas para esta crise que arrasou um país e cerceou vidas e projectos pessoais. As iniciativas que se seguem vão dirigidas aos governos e, sobretudo, à direcção das Nações Unidas. A Fundação José Saramago abre aqui, com o texto enviado por um professor espanhol, um lugar para receber propostas que serão reenviadas imediatamente às instâncias nacionais e internacionais correspondentes. Propuestas de emergencia para Haití Teniendo en cuenta que entre un 30

Literatura: Caim e o adeus de Saramago

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Do Caderno de Saramago Caim - O novo romance de José Sarama go "Se Deus não existisse, alguém teria que criá-lo" (Aristóteles) Caros amigos, Saramago escreveu outro livro. O seu título é “Caim”, e Caim é um dos protagonistas principais. Outro é Deus, outro ainda é a humanidade nas suas diferentes expressões. Neste livro, tal como nos anteriores, “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, por exemplo, o autor não recua diante de nada nem procura subterfúgios no momento de abordar o que, durante milénios, em todas as culturas e civilizações foi considerado intocável e não nomeável: a divindade e o conjunto de normas e preceitos que os homens estabelecem em torno a essa figura para exigir a si mesmos - ou talvez fosse melhor dizer para exigir a outros - uma fé inquebrantável e absoluta, em que tudo se justifica, desde negar-se a si mesmo até à extenuação, ou morrer oferecido em sacrifício, ou matar em nome de Deus. Caim não é um tratado de teologia, nem um ensaio, nem um ajuste de

Cápsulas de Literatura & Realidade: Saramago por Saramago

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Do sujeito sobre si mesmo By José Saramago Como escritor , creio não me ter separado jamais da minha consciência de cidadão. Considero que aonde vai um, deverá ir o outro. Não recordo ter escrito uma só palavra que estivesse em contradição com as convicções políticas que defendo, mas isso não significa que tenha posto alguma vez a literatura ao serviço direto da ideologia que é a minha. Quer dizer, isso sim, que ao escrever procuro, em cada palavra, exprimir a totalidade do homem que sou. Repito: não separo a condição de escritor da do cidadão, mas não confundo a condição de escritor com a do militante político. É certo que as pessoas me conhecem mais como escritor, mas também há aquelas que, com independência da maior ou menor relevância que reconheçam nas obras que escrevo, pensem que o que digo como cidadão comum lhes interessa e lhes importa. Ainda que seja o escritor, e só ele, quem leva aos ombros a responsabilidade de ser essa voz. O escritor , se é pessoa do

Livros: A Maior Flor do Mundo

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Leituras HISTÓRIA DE UMA FLOR By José Saramago Aí pelos começos dos anos 70, quando eu ainda não passava de um escritor principiante, um editor de Lisboa teve a insólita ideia de me pedir que escrevesse um conto para crianças. Não estava eu nada certo de poder desobrigar-me dignamente da encomenda, por isso, além da história de uma flor que estava a morrer à míngua de uma gota de água, fui-me curando em saúde pondo o narrador a desculpar-se por não saber escrever histórias para a gente miúda, a quem, por outro lado, diplomaticamente, convidava a reescrever com as suas próprias palavras a história que eu lhes contava. O filho pequeno de uma amiga minha, a quem tive o desplante de oferecer o livrinho, confirmou sem piedade a minha suspeita: “Realmente”, disse à mãe, “ele não sabe escrever histórias para crianças”. Aguentei o golpe e tentei não pensar mais naquela frustrada tentativa de vir a reunir-me com os irmãos Grimm no paraíso dos contos infantis. Passou o tempo, escrevi

O Caderno de Saramago, o livro do blog

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Caderno de Saramago: o livro do blogue Há que ver as coisas em que se mete este Saramago: pois não é que nos vem agora, na sua idade, com essa cara de homem sério, duro, de pessoa que não está para brincadeiras, com um blogue diário? Será que este homem não tem cura e necessita estar todo o dia maquinando na sua máquina? Outro livro de Saramago? Mas se ainda há tão pouco tempo apareceu “a Viagem do Elefante”, vamos, há tão pouco que ainda anda por aí, inclusive caminha nesta mesma página, e o faz em diferentes idiomas, embora não pareça ter chegado a Viena, donde creio que o querem meter numa ópera, já veremos… Ou seja, este Saramago não pára, escreve à velocidade que outros necessitam para ler, de modo que vamos encontrar-nos de novo, escritor e leitores, por agora em Portugal, a partir de 23 de Abril, Dia Mundial do Livro, em Maio em Espanha nas edições em catalão e castelhano, paulatinamente nos países americanos que se expressam em português e espanhol, e, para depois do Ver