Saramago: Uma Jangada de Pedra a Caminho do Haiti

Do Caderno de Saramago

Uma Jangada de Pedra a Caminho do Haiti

fjs

Haiti

fjs
Haití: un desafio internacional

Carlos Fuentes

Miro una foto de una tristeza, dolor, crueldad y violencia inmensas: un hombre toma del pie el cadáver de un niño y lo arroja al aire. El cuerpo va a dar a la montaña de cadáveres -decenas de millares en una población de 10 millones-. Saldo terrible del terremoto en Haití. Mais
*
Perante o caos no Haiti:
Os cidadãos lançam as suas propostas

Porque a terra é coisa de todos, cidadãos particulares propõem saídas para esta crise que arrasou um país e cerceou vidas e projectos pessoais. As iniciativas que se seguem vão dirigidas aos governos e, sobretudo, à direcção das Nações Unidas. A Fundação José Saramago abre aqui, com o texto enviado por um professor espanhol, um lugar para receber propostas que serão reenviadas imediatamente às instâncias nacionais e internacionais correspondentes.
Propuestas de emergencia para Haití

Teniendo en cuenta que entre un 30 y un 50% de las viviendas se han destruido y que Puerto Príncipe tiene casi dos millones de habitantes, hay que levantar en tiempo record un campamento que albergue al menos a medio millon de habitantes. Hospitales de campaña con capacidad para más de 10.000 personas en régimen hospitalario, consultorios de campaña para atender a decenas de miles de personas diariamente. La única organización que puede tener capacidad para ello, es ACNUR, que depende de la ONU.

-Para garantizar la distribución y la seguridad, sería necesario la llegada masiva de los cascos azules, con los que colaboraría la escasa policía haitiana.

-La gestión administrativa tiene que correr a cargo de una instancia dependiente de Naciones Unidas y lo que quede del Estado haitiano. El presidente de Haití (que debe regresar al país) tiene que otorgarle legitimidad y firmar los decretos correspondientes.

-El apoyo logístico y solidario de los diferentes países tiene que dejarse coordinar por dicha instancia de crisis. Los barcos hospitales y de apoyo logístico que acudieron a la guerra del Golfo, entre ellos los que envió el Gobierno español, tienen que acudir a Haití y ponerse al servicio de dicha instancia de crisis.

-Si el entierro de los fallecidos, la distribución del agua, alimentos, control de epidemias, atención médica, hospitalización, etc. no se hace con orden, es de temer lo peor. Y la ayuda ciudadana servirá de poco.

Menos Cuba y algún otro país, parece que todos tienen más preocupación por salvagurdar la vida y la seguridad de sus conciudadanos que otra cosa. Por eso me parece fundamental que sean la ONU y ACNUR quien coordinen las tareas. Zapatero, desde la presidencia de la UE podría llevar la propuesta.

Mientras, proseguiremos con lo poco que podemos hacer.

No se han contado los muertos, ni los heridos, ni los desaparecidos en Haití. Se habla de pillaje, y tal vez sea desesperación, la necesidad de conseguir agua, algo que comer, algo en lo que sentarse o acostar a un niño.

Naciones Unidas no ha demostrado la eficacia que de esa organización todos esperamos. No ha asumido el mando en Haití con la capacidad con la que otros invaden países con fines bélicos. No se ha producido el desembarco de cascos azules necesario ni un gobierno provisional e internacional se ha hecho cargo de la gestión de la tragedia.

Fonte Fundação José Saramago

Comentários

Carlos Luna disse…
OS ESFORÇOS PARA ACUDIR AO HAITI (MAIS UMAS INICIATIVA...)
É um lugar comum. Os esforços para acudir às vítimas da tragédia do Haiti não serão
nunca demais. Morre-se em cada hora que passa. Cerca de 120 mil mortos, um grau de
destruição quase inimaginável, a agonia das estruturas
estatais/assistenciais/administrativas de um País. Pobre
situação a de um povo que começou a sua História lutando pela liberdade contra os donos
de escravos franceses no início do século XIX, que venceu essa prova, mas que tem
conhecido guerras internas, invasões e ocupações estrangeiras, além de desastres
naturais, ao longo de dois séculos... para já não falar das ditaduras que pouco dignos
filhos seus exerceram.
É curioso ver como se unem esforços.
Uma iniciativa em particular chama a atenção. O Nobel português, José Saramago , vai
promover uma edição especial de solidariedade do seu livro de 1986, "Jangada de Pedra".
Citando agências noticiosas e a sua fundação, «a acção de solidariedade reverte a favor
das vítimas do sismo do Haiti e decorrerá
futuramente também em Espanha e na América Latina. O livro custa €15 e estará disponível
nas livrarias a partir de sexta-feira; e porque, segundo o próprio Saramago "todos temos
uma obrigação", a campanha "Uma Jangada
de Pedra a caminho do Haiti" vai prolongar-se até 28 de Fevereiro de 2010.»
Recorde-se que esta obra descreve um cenário imaginário, no qual uma espécie de
terramoto lento separa a Península Ibérica do resto da Europa, e a coloca à deriva, como
uma gigantesca ilha, no que é interpretado por alguns críticos como uma das primeiras
manifestações de iberismo deste escritor. A catástrofe imaginária terá levado o autor a
escolher este livro
para esta acção, em que se procurará acudir às carências resultantes de uma catástrofe
real.
O livro é ainda hoje muito citado. Não parece crível que o autor, com este gesto,
esteja a sugerir que a Haiti se deva deixar governar por alguma potência externa e
vizinha, como por exemplo a República Dominicana, já que Saramago é um conhecido lutador
pela liberdade dos povos e pela direito à auto-determinação, como recentemente se viu em
relação ao Sahará ex-espanhol. Aliás, no livro, o Nobel não hesita em ironizar sobre as
esperanças espanholas sobre Gibraltar... que não acompanha a península na imaginária
ruptura geográfica... referindo mesmo que sobre este litígio o português é pouco
"sensível" ... já que «a sua mágoa histórica chama-se Olivença e este caminho não leva
lá.»(página 89)
Receia-se, porém, que Saramago não seja bem compreendido nesta sua iniciativa, por
causa da escolha desta obra em concreto, e que poderá sujeitar-se a alguns comentários
algo cépticos.
Penso que todas as iniciativas a favor do Haiti serão positivas, desde que eficazes
e desinteressadas. Esta não será excepção, mas penso que Saramago, e ele que me desculpe,
poderia ter escolhido outro texto. Valha-nos a qualidade literária!!!
Estremoz, 27 de Janeiro de 2010
Carlos Eduardo da Cruz Luna

Postagens mais visitadas deste blog

Farwest: O Dólar Furado (filme dublado)

Eike Batista: Separados por um bombeiro

A dinastia Rothschild e a invenção do Capitalismo na linha do tempo