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Leonardo Boff e a Economia do Conhecimento

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  "Ele desmascara os mecanismos de poder econômico e político  que se escondem atrás de expressões que estão na boca de todos  como 'sociedade do conhecimento ou da informação'" (Leonardo Boff) Direto do Sebo M uniz Sodré, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é alguém que sabe muito. Mas o singular nele é que, como poucos, pensa sobre o que sabe. Fruto de seu pensar é um livro notável que acaba de sair: Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes (Vozes 2012). Nesse livro procura enfrentar os desafios colocados à pedagogia e à educação que se derivam dos vários tipos de saberes, das novas tecnologias e das transformações processadas pelo capitalismo. Tudo isso a partir de nosso lugar social que é o Hemisfério Sul, um dia colonizado e que está passando por um instigante processo de neodescolonização e de um enfrentamento com o debilitado neoeurocentrismo hoje devastado pela crise do Euro. Muniz Sodré analisa as várias corre

Ecologias: Ambiente Total, o que é isso?

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  Não há humanidade possível sem a natureza. Não há natureza imaginável sem o ser humano.  A Natureza é Deus. "Sem ao ser humano garantidos seus direitos universais,  não há meio ambiente possível.  Não se deve falar em meio,  enquanto em ambiente total ainda for necessário, falar" (Tato De Macedo) D ia desses, mestre Sábio , com quem aprecio conversar, fez-me duras críticas ao achar que este reles mortal estaria a inventar termos como se preocupar menos com o "meio-ambiente", que  com o "ambiente-total". Então, pu-lo a par de tal axioma das preocupações contemporâneas. Nada menos vicejante que, em tempos de áureas hipocrisias empresariais que abundam entorno de temas como: "responsabilidade ambiental" , "sustentabilidade" , "governança socioresponsável" , e outras veleidades miméticas, que expor algumas ideias já muito bem elaboradas por, nada menos, que o pai da teologia da libertação. Acompanhem; peço gentilmente vossas

Economia: três usos para o vil metal

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Artigos Economia: três usos do dinheiro Por Leonardo Boff   A Campanha da Fraternidade deste ano, agora ecumênica, vai propor que as milhares de comunidades cristãs, paroquiais e de base discutam o tema: Economia e Vida , tema central devido à crise econômica mundial que deixou mais de 60 milhões de desempregados. Trata-se de resgatar o sentido originário da economia como a atividade destinada a garantir a base material da vida pessoal, social e espiritual. Ela não pode ocupar todos os espaços, como ocorreu nos últimos decênios. A sociedade mundial virou uma sociedade de mercado e todas as coisas, do sexo à SS. Trindade, viraram mercadorias com as quais se pode ganhar dinheiro. A economia é parte de um todo maior. Para facilitar a compreensão, distingo três espaços da atividade humana, um dos quais ocupado pela economia.  Em primeiro lugar somos seres de necessidade : precisamos comer, beber, ter saúde, morar e outros serviços. Nisso, todos dependemos uns dos outros para atende

Mídia: A saudade do escravo na velha diplomacia brasileira

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DEBATE ABERTO A saudade do escravo na velha diplomacia brasileira As elites brasileiras, tidas por Darcy Ribeiro como das mais reacionárias do mundo, nunca aceitaram Lula porque pensam que seu lugar não é na Presidência, mas sim na fábrica produzindo para elas. A nossa imprensa comercial é obtusa face ao novo período histórico que estamos vivendo. Por isso abomina também a diplomacia de Lula. Por Leonardo Boff   O filósofo F. Hegel em sua Fenomenologia do Espírito analisou detalhadamente a dialética do senhor e do escravo. O senhor se torna tanto mais senhor quanto mais o escravo internaliza em si o senhor, o que aprofunda ainda mais seu estado de escravidão. A mesma dialética identificou Paulo Freire na relação oprimido-opressor em sua clássica obra Pedagogia do Oprimido . "Com humor comentou Frei Betto: "em cada cabeça de oprimido há uma placa virtual que diz: hospedaria de opressor". Quer dizer, o oprimido hospeda em si o opressor e é exat

Cerebração: O Buraco Perfeito

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Por Ignace Ramonet, diretor do Lê Monde Diplomatique e um dos agudos analistas da situação mundial, chamou a atual crise econômico-financeira de “a crise perfeita”. Putin, em Davos, a chamou de “a tempestade pefeita’. Eu, de minha parte, a chamaria de “o buraco perfeito”. O grupo que compõe a Iniciativa Carta da Terra (M. Gorbachev, S. Rockfeller, M.Strong e eu mesmo, entre outros) há anos advertia: “não podemos continuar pelo caminho já andado, por mais plano que se apresente, pois lá na frente ele encontra um buraco abissal”. Como um ritornello o repetia também o Fórum Social Mundial, desde a sua primeira edição em Porto Alegre em 2001. Pois chegou o momento em que o buraco apareceu. Lá para dentro caíram grandes bancos , tradicionais fábricas, imensas corporações transnacionais e US$50 trilhões de fortunas pessoais se uniram ao pó do fundo do buraco. Stephen Roach, do banco Morgan Stanley, também afetado, confessou: “Errou Wall Street. Erraram os reguladores. Erraram as Agências