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Exit: Não há revolução em lado nenhum

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Carta aberta às pessoas interessadas na EXIT! na passagem de 2012 para 201 3 "A esquerda que cheira o traseiro de cada manifestação social à vista na rua  o que mais gostaria era de se regalar nas paisagens florescentes de um ano revolucionário. Para além da falta de vergonha, voltar a desenterrar e a remoer freneticamente a palavra começada por R" Robert Kurz H á muito que a chamada esquerda do movimento se julgou superior à oposição ou mesmo à simples relação entre reforma e revolução. O que só podia significar que já não se sabia o que poderia ser tanto uma como a outra. O objetivo da abolição revolucionária do capitalismo, como catalisador necessário até da mais pequena reforma social, não foi reformulado, mas apressadamente imputado ao extinto marxismo de partido e de Estado, para mais facilmente o poder descartar. A monotonia pós-moderna dum culto das superficialidades habituais e dos detalhes aconcetuais, fanfarronando a sua plurali

Brasil: O Ataque ao Cofre

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Notável: O Brasil é o único país do mundo em que pobres votam na Direita. O eleitor, em sua rotunda maioria, pobre, vai às urnas como um boi vai para o abatedouro. Direto da Tabacaria F ernando Pessoa , o maior poeta da Língua Portuguesa - arrisco-me a afirmar isto sem desconsiderar Camões, jamais -, já dizia sabiamente a respeito de uma certa República que se instalara tanto cá como acolá: "O observador imparcial chega a uma conclusão inevitável: o país estaria preparado para a anarquia; para a República é que não estava" Pois bem, aos céticos de espírito e aos enebriados pelo poder político, irremediavelmente efêmero, convoco para testemunhar a favor de Fernando Pessoa, neste egrégio, porém vulgar, cavernoso e mequetrefe blog o escritor e jornalista Laurentino Gomes (foto à direita) , do qual se extrai de sua obra 1808 o seguinte trecho do Cap. XV - O Ataque ao Cofre: "A corte chegou ao Brasil empobrecida, destituída e necessitada de tudo. Já estava falida quan

Tariq Ali: Essa esquerda que a direita tanto gosta não é tão esquerda assim

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Tariq Ali na Sala dos Jacarandás , do Memória do RS H istoriador, ativista, produtor de cinema e escritor, Tariq Ali, diferentemente de velhos "conservadores-reformistas" (mais conservadores que reformistas, propriamente dito) que desfilam suas verves carcomidas em revistas, sites e blogs dito "progressistas" , é um autêntico ativista de esquerda [em seu sentido lato] crítico das políticas econômicas, e muitas vezes, da religião e da cultura mundial. "Tariq Ali foi uma das principais figuras da esquerda internacional desde os anos 60. Escreve para o Guardian desde os anos 70, sendo editor de longa data da New Left Review e um comentarista político publicado em todos os continentes. Também é autor do livro A Síndrome de Obama " (The Guardian) Segundo Tariq, estamos vivendo em uma época empolgante em nível global.  “Pela primeira vez em 20 e 30 anos é possível ver na Europa um desenvolvimento surpreendente onde os banqueiros decidiram que não pode

Eleições: Os "apolíticos" decidirão o 2º turno

Alienação e Política "O problema do apolítico - aquele que não gosta de política -  é que ele é governado por gente que gosta muito de política" (B. Brecht) Por Leandro Konder A POLÍTICA É UMA DIMENSÃO da atividade humana. Desde que, com ou sem vontade de fazê-lo, os homens vivem em sociedade, dependem da sociedade para nascer e sobreviver, não há como ignorar a significação política que os comportamentos individuais inevitavelmente assumem. Tanto as ações quanto as omissões dos indivíduos repercutem sobre as pessoas que os conhecem e com as quais eles lidam. Por suas palavras como por seus silêncios, por seus gestos ou por seus exemplos, por comando, sugestão, conselho ou oposição, querendo ou não querendo, tendo ou não tendo consciência do que fazem, os indivíduos influem uns sobre os outros, condicionam-se reciprocamente , moldam suas respectivas atitudes em face das instituições vigentes, colaboram com os movimentos tendentes a manter inalterada ou a modificar

Carnaval: Ilusões que se acabam em cinzas

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Do Blog do Cardoso - Prof. Miguel                                          Ilusões que se acabam na quarta-feira Por Miguel Álvares Cardoso   Um pouco de história sobre o nosso carnaval. Temos mais um dia de espetáculo carnavalesco. E para a abertura deste blog, em  plena folia de uma festa de desvairos, de desatinos e de diferenças, nada mais apropriado que discorramos um pouco da história ou a história desta festa secular na nossa cultura. Há muitas explicações para a origem do carnaval. Alguns dizem que há milhares de anos, os camponeses contentes festejavam seus deuses em cerimônias rituais coloridas e movimentadas; mascaravam-se imitando animais, numa tentativa de aproximação com a natureza, que tão amiga lhes fora. O enfeite dos corpos e a alegria das almas atravessaram tempos e culturas, insinuando-se nas tradições de todas as sociedades, qualquer que fosse seu grau de desenvolvimento. Festejos ruidosos e turbulentos comemoravam todos os eventos que os justificassem como u