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Mostrando postagens com o rótulo jose samarago

Livros: Nas Suas Palavras

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 "Não pergunte o que é o homem, mas sim o que ele faz daquilo que fizeram dele.  O que fizeram dele foram a infância, a escola, os amigos, a família, as instituições, etc" (Jean Paul Sartre) Página em branco A pergunta “quem és tu?” ou “quem sou eu?” tem uma resposta muito fácil: cada um conta a sua vida. A pergunta que não tem resposta é outra: “que sou eu?”. Não “quem” mas sim “quê”. Aquele que se faça essa pergunta irá enfrentar-se com uma página em branco, e não será capaz de escrever uma única palavra. El Universal , México D.F., 16 de Maio de 2003 A mais dispensável de todas as coisas Hoje em dia, o ser humano é a mais dispensável de todas as coisas. Que pensem nisso os que nos atormentam os ouvidos com hipócritas prédicas sobre a eminente dignidade do ser humano.   Contrapunto de América Latina , Buenos Aires, n.º 9, Julho-Setembro de 2007 In José Saramago nas Suas Palavras

2012: Recomendações de um Nobel de Literatura para você

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Pense nisso !

Cadernos: A desejada morte do editor

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Editores By José Saramago   V oltaire não tinha agente literário. Não o teve ele nem nenhum escritor do seu tempo e de largos tempos mais. O agente literário simplesmente não existia. O negócio, se assim lhe quisermos chamar, funcionava com dois únicos interlocutores, o autor e o editor. O autor tinha a obra, o editor os meios para publicá-la, nenhum intermediário entre um e outro. Era o tempo da inocência. Não quer isto dizer que o agente literário tenha sido e continue a ser a serpente tentadora nascida para perverter as harmonias de um paraíso que, verdadeiramente, nunca existiu. Porém, direta ou indiretamente, o agente literário foi o ovo posto por uma indústria editorial que havia passado a preocupar-se muito mais com um descobrimento em cadeia de best-sellers que com a publicação e a divulgação de obras de mérito. Os escritores, gente em geral ingênua que facilmente se deixa iludir pelo agente literário do tipo chacal ou tubarão, correm atrás de promessas de vulto

Fica o mundo mais pobre: morreu o imortal Saramago

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Saramago - Ponto final à vida do gênio que escrevia sem pontos ou vírgulas "Todos sabemos que cada dia que nasce  é o primeiro para uns e  será o último para outros  e  que, para a maioria, é so um dia mais."   (José Saramago) J osé Saramago, Prémio Nobel da Literatura em 1998, morreu nesta sexta-feira em sua casa localizada em Lanzarote, onde residia com a mulher Pilar del Rio. O escritor português tinha 87 anos e encontrava-se doente há algum tempo. O seu estado de saúde teria se agravado na última semana. José Saramago nasceu em Azinhaga, concelho de Golegã, a 16 de novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Entre as obras publicados constam: "Manual de Pintura e Caligrafia", "Levantado do Chão", "Memorial do Convento", "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "A Jangada de Pedra", "História do Cerco de Lisboa", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", Ensaio sobre a Cegueira","T

Literatura: Biografia de Saramago chega ao Brasil em 16 de maio

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Letras & Literatura Primeira biografia de José Saramago chega ao Brasil em 16 de maio   13/05/2010   A primeira biografia de José Saramago , 87, chegará às livrarias brasileiras no próximo domingo (16), com uma tiragem de 20 mil exemplares pela editora LeYa. "Saramago: uma Biografia", do escritor também português João Marques Lopes, acompanha a vida de um dos escritores mais importantes da história da literatura portuguesa. A obra foi publicada em Portugal em 21 de janeiro deste ano. Do seu nascimento em Azinhaga, Golegã até o lançamento de seu mais recente e polêmico livro "Caim", Saramago e sua carreira literária são radiografados por Lopes em 248 páginas. O exemplar percorre também a vida política do Nobel de Literatura e destaca os episódios polêmicos, como a demissão de jornalistas do "Diário de Notícias", tempo em que era diretor do jornal português. O biógrafo detalha o veto de "O Evangelho Segundo Jesus

Livros: "Caim", número 1 em Itália

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Livros & Literatura                                                                  "Caim", de Saramago, número 1 em Itália 06/05/10 De acordo com informação recebida da Feltrinelli, Caim , de José Saramago , ocupa neste momento o 1.º lugar na lista de livros mais vendidos. O livro foi publicado a 21 de Abril de 2010, data em que foram também apresentadas as edições de bolso da colecção Universale Economica, da Feltrinelli, dos romances   O Ano da Morte de Ricardo Reis ,  O Evangelho Segundo Jesus Cristo  e O Homem Duplicado .  Fonte: Fundação José Saramago

Saramago: Uma Jangada de Pedra a Caminho do Haiti

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Do Caderno de Saramago Uma Jangada de Pedra a Caminho do Haiti Haiti Haití: un desafio internacional Carlos Fuentes Miro una foto de una tristeza, dolor, crueldad y violencia inmensas: un hombre toma del pie el cadáver de un niño y lo arroja al aire. El cuerpo va a dar a la montaña de cadáveres -decenas de millares en una población de 10 millones-. Saldo terrible del terremoto en Haití. Mais * Perante o caos no Haiti: Os cidadãos lançam as suas propostas Porque a terra é coisa de todos , cidadãos particulares propõem saídas para esta crise que arrasou um país e cerceou vidas e projectos pessoais. As iniciativas que se seguem vão dirigidas aos governos e, sobretudo, à direcção das Nações Unidas. A Fundação José Saramago abre aqui, com o texto enviado por um professor espanhol, um lugar para receber propostas que serão reenviadas imediatamente às instâncias nacionais e internacionais correspondentes. Propuestas de emergencia para Haití Teniendo en cuenta que entre un 30

Prêmios: Sobre Nobel e Oscar

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Para bem e para o mal 1. Charles Chaplin ,  Quando homenageado pela Academia com o Oscar , mandou Hollywood enfiar o troféu no rabo.   2. José Saramago ,  Aclamado escritor contemporâneo português, quando venceu o Nobel de Literatura, doou integralmente o prêmio a um país da África. 3. Enquanto Obama... Atual vencedor do Nobel da Paz , investiu integralmente o prêmio (Hum milhão de dólares) na guerra forjada contra supostos terroristas escondidos no pobre Afeganistão. 4. Já  Osama: Manda perguntar:  

Social: Quem pede paz ?

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Questão Social                                                                        Quem pede paz?   Não aquele que se abastou de benesses açambarcadas. Não aquele que dissimula aspirações de classes, não mormente embrulhadas em discursos de igualdade, mas que se deleita em desigualdades infames. Não seria um pulha, o senhor " Sobrancelha ", que durante anos a fio afagou os bagos dos donos do poder, ornamentou orelha de livros de banqueiros da era FHC? Não o verme que apregoa o racismo, disfarçado de não-racismo, em seu auto-intitulado portal do (des)conhecimento , em sua condição de eterno aspirante a privilégios, assim como também o são os seus próximos: ruiva, militão & escórias atrozes? Se são esses que pedem a paz... Pergunto: querem mesmo a paz? Preparai-vos, pois, para a guerra, CANALHAS! 

Saramago: Israel e os seus derivados

O Caderno de Saramago                                                         Israel e os seus derivados   O processo de extorsão violenta dos direitos básicos do povo palestino e do seu território por parte de Israel tem prosseguido imparável perante a cumplicidade ou a indiferença da mal chamada comunidade internacional. O escritor israelita David Grossmann, cujas críticas, em todo o caso sempre cautelosas, ao governo do seu país têm vindo a subir de tom, escreveu num artigo publicado há algum tempo que Israel não conhece a compaixão. Já o sabíamos. Com a Tora como pano de fundo, ganha pleno significado aquela terrível e inesquecível imagem de um militar judeu partindo à martelada os ossos da mão a um jovem palestino capturado na primeira intifada por atirar pedras aos tanques israelitas. Menos mal que não a cortou. Nada nem ninguém, nem sequer organizações internacionais que teriam essa obrigação, como é o caso da ONU, conseguiram, até hoje, travar as acções mais do que r

Literatura: Bispo Macedo critica (arrebanha) Saramago

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O ateu que não vive sem Deus O escritor português José Saramago (prêmio Nobel de literatura, em 1998) acaba de lançar outra obra que tem como pano de fundo a Bíblia Sagrada. No livro “Caim”, Saramago busca, mais uma vez,... Visite o blog do bispo Macedo, e leia na íntegra. Mas não esqueça o dízimo.

A bíblia segundo dois gênios: um português, e outro americano

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Caim - Dossier de Imprensa "Deus está em todo o lugar ao mesmo tempo, ciente e potente. Hoje, menos que antes, Deus é a Natureza"   (Tato de Macedo) "Saramago. As obsessões de um gênio" , publicada a 19 de Outubro de 2009. Na véspera de "Caim" chegar às lojas, Saramago reacendeu a polémica com a Igreja: "a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana" Viagem ao universo do Nobel português. Ler aqui . Jornal de Notícias - "É preciso ter cuidado quando se lê a Bíblia", publicada a 19 de Outubro de 2009. Ler aqui . Público - "Saramago: Novo livro não vai incomodar católicos", publicada a 18 de Outubro de 2009. José Saramago afirmou hoje, em Penafiel, que o seu novo livro, intitulado “Caim”, não vai escandalizar os católicos, mas admitiu que poderá gerar reacções entre os judeus. Ler aqui . Jornal i - "Bíblia é manual de maus costumes, acusa Saramago",

Literatura: Caim e o adeus de Saramago

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Do Caderno de Saramago Caim - O novo romance de José Sarama go "Se Deus não existisse, alguém teria que criá-lo" (Aristóteles) Caros amigos, Saramago escreveu outro livro. O seu título é “Caim”, e Caim é um dos protagonistas principais. Outro é Deus, outro ainda é a humanidade nas suas diferentes expressões. Neste livro, tal como nos anteriores, “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, por exemplo, o autor não recua diante de nada nem procura subterfúgios no momento de abordar o que, durante milénios, em todas as culturas e civilizações foi considerado intocável e não nomeável: a divindade e o conjunto de normas e preceitos que os homens estabelecem em torno a essa figura para exigir a si mesmos - ou talvez fosse melhor dizer para exigir a outros - uma fé inquebrantável e absoluta, em que tudo se justifica, desde negar-se a si mesmo até à extenuação, ou morrer oferecido em sacrifício, ou matar em nome de Deus. Caim não é um tratado de teologia, nem um ensaio, nem um ajuste de

Cápsulas de Literatura & Realidade: Saramago por Saramago

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Do sujeito sobre si mesmo By José Saramago Como escritor , creio não me ter separado jamais da minha consciência de cidadão. Considero que aonde vai um, deverá ir o outro. Não recordo ter escrito uma só palavra que estivesse em contradição com as convicções políticas que defendo, mas isso não significa que tenha posto alguma vez a literatura ao serviço direto da ideologia que é a minha. Quer dizer, isso sim, que ao escrever procuro, em cada palavra, exprimir a totalidade do homem que sou. Repito: não separo a condição de escritor da do cidadão, mas não confundo a condição de escritor com a do militante político. É certo que as pessoas me conhecem mais como escritor, mas também há aquelas que, com independência da maior ou menor relevância que reconheçam nas obras que escrevo, pensem que o que digo como cidadão comum lhes interessa e lhes importa. Ainda que seja o escritor, e só ele, quem leva aos ombros a responsabilidade de ser essa voz. O escritor , se é pessoa do

Livros: A Maior Flor do Mundo

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Leituras HISTÓRIA DE UMA FLOR By José Saramago Aí pelos começos dos anos 70, quando eu ainda não passava de um escritor principiante, um editor de Lisboa teve a insólita ideia de me pedir que escrevesse um conto para crianças. Não estava eu nada certo de poder desobrigar-me dignamente da encomenda, por isso, além da história de uma flor que estava a morrer à míngua de uma gota de água, fui-me curando em saúde pondo o narrador a desculpar-se por não saber escrever histórias para a gente miúda, a quem, por outro lado, diplomaticamente, convidava a reescrever com as suas próprias palavras a história que eu lhes contava. O filho pequeno de uma amiga minha, a quem tive o desplante de oferecer o livrinho, confirmou sem piedade a minha suspeita: “Realmente”, disse à mãe, “ele não sabe escrever histórias para crianças”. Aguentei o golpe e tentei não pensar mais naquela frustrada tentativa de vir a reunir-me com os irmãos Grimm no paraíso dos contos infantis. Passou o tempo, escrevi