Fica o mundo mais pobre: morreu o imortal Saramago

Saramago - Ponto final à vida do gênio que escrevia sem pontos ou vírgulas
"Todos sabemos que cada dia que nasce 
é o primeiro para uns e  será o último para outros 
e  que, para a maioria, é so um dia mais." 
(José Saramago)
José Saramago, Prémio Nobel da Literatura em 1998, morreu nesta sexta-feira em sua casa localizada em Lanzarote, onde residia com a mulher Pilar del Rio.

O escritor português tinha 87 anos e encontrava-se doente há algum tempo. O seu estado de saúde teria se agravado na última semana.

José Saramago nasceu em Azinhaga, concelho de Golegã, a 16 de novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18.

Entre as obras publicados constam: "Manual de Pintura e Caligrafia", "Levantado do Chão", "Memorial do Convento", "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "A Jangada de Pedra", "História do Cerco de Lisboa", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", Ensaio sobre a Cegueira","Terra do Pecados", "Todos os Nomes" e "Caim". 

"Caim", última obra de Saramago, que também recebeu o Prêmio Camões, causou grande polêmica entre os católicos e protestantes.

À família enlutada, o Clipping do Tato lamenta a morte do genial Saramago e deixa aqui as lágrimas vertidas em sentidas condolências.

Que nesse improvável encontro entre o mais aclamado escritor da Língua Portuguesa e o Criador, que este último possa vir a aprender com sua criatura-mor escrever certo por linhas tortas, porém sem vírgulas e pontos; da mesma forma que seus escritos deixavam a todos que sempre o admiraram: sem fôlego.


De seu blog O Caderno de Saramago, vemos uma de suas últimas aparições: 
Economía contra Democracia
11/06/10
La economía dirigiendo la política. Intervención de José Saramago con motivo de la presentación de Ensayo sobre la Lucidez.

fjsAinda, da agência Luso sabemos que recentemente, no dia 25/05, a Universidade de Coimbra havia escolhido os 10 romances mais representativos da língua portuguesa. Reunido o júri do concurso “10 Paixões em Forma de Romance”, selecionou “Os Maias” de Eça de Queirós, “Memorial do Convento”, de José Saramago, “Dom Casmurro”, de Machado Assis, e “Terra Sonâmbula”, de Mia Couto.

Com um gosto amargo na garganta fica a pergunta, sem resposta de Drummond, 
Por que?

por que nascemos para amar, se vamos morrer?
Por que morrer, se amamos?
por que falta sentido
ao sentido de viver, amar, morrer?

Ao que, humildemente, Saramago nos ensinava com exemplos de vida (e obra):

"Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos, 
façamos tudo para não viver inteiramente como animais."

Talvez esteja aí o sentido de uma vida vivida por uma pessoa ímpar nesse mundo. Pena que os "animais" não aprendem. 

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