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Mostrando postagens com o rótulo filosofia

Um (in)certo conceito de maçã

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Giovanni Domenico Cerrini, Il ratto d' Europa Literatura, filosofia, ciência: hoje, as nossas ferramentas para compreender o mundo desenvolvem-se separadamente, lamenta o intelectual e humanista. No entanto, a cultura é o que nos salva, especialmente na Europa. Excertos. N ietzsche, Heráclito e Dante são os heróis do seu novo livro, Poetry of thought [Poesia do pensamento], mas vão ter de ficar para depois. George Steiner recebe-nos em casa, em Cambridge, numa confidencialidade divertida, entre uma fatia de bolo e um café. Nos primeiros dias do Eurostar, propôs que se desse um shilling ao primeiro garoto que visse um peixe no Túnel da Mancha. "Os pais ficaram aterrorizados!", goza o professor de Literatura Comparada. É essa mistura de malícia e erudição, inteligência e simpatia, que caracteriza George Steiner. Nascido em 1929 em Paris, de mãe vienense e de um pai tcheco que teve a presciência do horror nazi, este mestre da leitura poliglota decifrou Homero e Cí

Vamos tomar um chá com Dante ?

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Triângulo Amoroso no Inferno de Dante              Eugène Delacroix-Dante e Virgílio no Inferno (1822) ARACRUZ   Por Leila Brito   N o Chá.com Letras , blog autoral dedicado à Literatura, Filosofia e Música, a escritora e poeta Leila Brito disponibiliza ao leitor-internauta o conto Aracruz (postado em seis capítulos), com narrativa centrada no mais famoso poema épico-teológico de todos os tempos – Divina Comédia de Dante Alighieri – tendo o elemento poético “inferno” como apoio da composição cenográfica descritiva do caos humano. Na Divina Comédia , a força narrativa reside na firmeza de caráter do personagem Dante ao lidar com questões fundamentais da condição humana, encontrando nos símbolos um valioso instrumento de expressão. É o que Leila Brito tenta fazer em Aracruz , pois buscando apoio criativo na riqueza de alegorias que conformam o grandioso poema. Dona de um estilo marcado pelo erotismo de delirantes imagens poéticas e obra literária focada no Amor-Eros, nas nua

Israel: São os judeus antropófagos?

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"Bem fazem as nações que chamamos civilizadas  em não meter no espeto  os inimigos vencidos"   (Voltaire) ANTROPÓFAGOS N ão resta dúvida que existam antropófagos. O atual governo de Israel não nos deixa mentir. Na antigüidade não foram os ciclopes os únicos a se alimentarem às vezes de carne humana. Conta Juvenal que entre os egípcios - esse povo tão sábio, tão famigerado por suas leis, esse povo tão piedoso que adorava crocodilos e cebolas - os tentiritas comeram certa vez um inimigo que lhes caiu nas mãos. Não o diz de oitiva: estava no Egito, porto de Têntiro, quando se cometeu o crime quase aos seus olhos. E lembra, ao relatar o caso, os gascões e saguntinos, que outrora se alimentaram de carne dos próprios compatriotas. Voltaire nos conta que, ainda em 1725, trouxeram-se quatro selvagens do Mississipi a Fontainebleau - com os quais teve a "honra" de falar-lhes. Diz que havia entre eles uma dama do país, a quem lhe perguntou se havia comido gente. Respond

Trabalho: A transformação do macaco em homem

Reflexões: Relações Capitalistas                                             Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem (*) Trecho do filme Instinto , com Anthony Hopkins e Cuba Gooding Jr. : "Seríamos capazes?" "Os gatos totalmente brancos e de olhos azuis são sempre ou quase sempre surdos" (F. Engels) "O trabalho é a fonte de toda riqueza, afirmam os economistas Assim é, com efeito, ao lado da natureza, encarregada de fornecer os materiais que ele converte em riqueza. O trabalho, porém, é muitíssimo mais do que isso. É a condição básica e fundamental de toda a vida humana. E em tal grau que, até certo ponto, podemos afirmar que o trabalho criou o próprio homem." O homem, que havia aprendido a comer tudo o que era comestível, aprendeu também, da mesma maneira, a viver em qualquer clima. Estendeu-se por toda a superfície habitável da Terra, sendo o único animal capaz de fazê-lo por iniciativa própria.  Os demais animais que se adap

Filosofia: Minutos de sabedoria

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Filosofia Sócrates e a autoconfiança "Existe apenas um bem: a Sabedoria. Existe apenas um mal: a Ignorância." (Sócrates) Por Nicholas Gimenes No documentário "Filosofia para o Dia-a-Dia" ( Philosophy: A Guide to Happiness ), o filosófo suiço Alain de Botton destaca 6 grandes pensadores sobre temas importantes do nosso cotidiano: Epicuro e a Felicidade Schopenhauer e o Amor Sócrates e a Auto-Confiança Nietzsche e o Sofrimento Montaigne e a Auto-Estima Sêneca e a Ira Parte 1 - 10min http://www.youtube.com/watch?v=AQU6s5_RJCs Parte 2 - 7min http://www.youtube.com/watch?v=bpF0Gjq505w Parte 3 - 7min http://www.youtube.com/watch?v=m5j6h_bGOZo   Melhores Trechos: "Pensar logicamente sobre nossas vidas pode nos ajudar a ficar mais seguros e independentes, menos conformistas e menos vulneráveis à opinião alheia." "Há muitas semelhanças entre o homem e a ovelha. Não fabricamos lã nem balimos. Mas, muitas vezes, seguimos o rebanho pass

Contos: O invejoso

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Clássicos                                                                               O INVEJOSO "A inveja tem a vantagem de corroer o invejoso por dentro "  François-Marie Arouet (*) Z adig procurou consolo, na filosofia e na amizade, dos males que lhe causara a sorte. Possuía, num arrabalde de Babilônia, uma casa arranjada com excelente gosto, onde acolhia todas as artes e divertimentos dignos de um homem de bem. De manhã, franqueava a biblioteca a todos os sábios; e a mesa, de noite, à gente de boa companhia. Mas logo viu como são perigosos os primeiros. Explodiu entre eles uma grande querela acerca da lei de Zoroastro que proibia comer grifo. — Como proibir carne de grifo — diziam uns, — se esse animal não existe? — Tem de existir — diziam outros, — visto que Zoroastro não quer que o comam. Zadig procurou harmonizá-los, dizendo: — Se houver grifos, não os devemos comer; se não os houver, muito menos os comeremos; e assim

Ética e cidadania plena

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CIDADANIA É VIDA PLENA PARA TODOS   "Ética é o conjunto de valores e princípios que nós usamos para reger a nossa convivência"   (Mário Sérgio Cortella - Professor e Filósofo) Direto da Sala de Aula C om o conceito ainda pouco compreendido pela população, o filósofo, mestre e doutor em educação, Mário Sérgio Cortella, esclarece nesta entrevista os verdadeiros conceitos de ética e cidadania e como eles se aplicam para a melhoria dos ambientes urbanos. Confiram, abaixo, a entrevista quase exclusiva: C.T. - O que é cidadania? O brasileiro compreende o seu real sentido? Cortella - No Brasil, a idéia de cidadania é diferente da que é utilizada em outros países. Fica muito estranho, por exemplo, um norte-americano entender o que é cidadania. O que eles e os europeus chamam de cidadania são a capacidade de votar, de ser votado, a participação no jogo político do cotidiano. Para nós, a cidadania é a partilha dos bens que uma sociedade gera coletiva