Economia: Pibão da Dilma tem ajudado bastante a pobrezinha...
... da Flórida (EUA)
REAL FORTE FAZ DO BRASIL, A CHINA DA FLÓRIDA
Por Alex Ribeiro
Muito prejudicada pela crise imobiliária, a pobrezinha vê reanimar sua economia e atenuar o desemprego.
Os embarques feitos pelo distrito alfandegário de Miami para o Brasil cresceram 24% em 2010, com um superávit de US$ 10,5 bilhões para os americanos.
- "O Brasil é a China da Flórida", afirma Manny Mancia, da agência de promoção comercial do Estado.
- Os brasileiros são fortes também no mercado imobiliário, turismo, em educação e nos bancos de Miami especializados em administrar fortunas.
- "Para a Flórida, não existe nenhum mercado no mundo com tanto potencial."
Em 2010, o superávit do distrito alfandegário de Miami no comércio com o Brasil chegou a quase US$ 10,5 bilhões, segundo análise de dados oficiais dos EUA feita pela WorldCity, empresa que agrega dados comerciais, a pedido do jornal “Valor”. Miami vendeu US$ 11,9 bilhões ao Brasil e importou US$ 1,5 bilhão.
- O déficit do Brasil com Miami é maior do que o com os EUA como um todo, que chegou a US$ 7,732 bilhões em 2010.
"As exportações ao Brasil cresceram bastante porque o real está valorizado", afirma o advogado americano Thomas Skola, diretor da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos da Flórida.
Há pelo menos duas décadas o Brasil é o principal parceiro da Flórida, com corrente comercial de US$ 13,4 bilhões em 2010, segundo dados do distrito alfandegário de Miami. "Outros países da América Latina estão ajudando a puxar a economia da Flórida, mas não com o grau do Brasil", afirma Skola. A Colômbia é o segundo país da região mais importante para a Flórida, com uma corrente de comércio de US$ 6,9 bilhões, seguido da Venezuela, com US$ 4,8 bilhões, e Costa Rica, com US$ 4,7 bilhões.
A presença de brasileiros é forte não apenas no comércio exterior, mas também no mercado imobiliário, turismo, educação e agências bancárias de Miami especializadas em administrar fortunas de milionários latino-americanos. "Embora não haja estatísticas disponíveis, as indicações são de que o Brasil está ajudando a movimentar o setor de serviços, que é o mais importante da Flórida em termos de geração de emprego", disse Stephen Morrell, professor de economia e finanças da Andreas School of Business da Barry University, em Miami. "Tenho vários alunos brasileiros em minha sala de aula."
A Flórida sofre mais nessa crise econômica, pois é um dos estados em que a bolha imobiliária foi mais longe, devido à febre de construção de casas de veraneio. Hoje, sua taxa de desemprego é de 12%, quase o triplo de antes da crise e menor somente que Nevada e Califórnia.
As exportações da Flórida ao Brasil não ficaram imunes à recente crise econômica mundial e caíram 9% em 2009, quando comparadas a 2008. Foi nessa época que, em virtude da crise fiscal que afetou vários Estados americanos, o “Enterprise Florida” fechou cinco escritórios de promoção comercial, incluindo o de São Paulo.
Desde então, o comércio com o Brasil mais que se recuperou, e hoje os embarques já são 12% maiores que os de 2008. "A América Latina, e em especial o Brasil, foi uma das regiões do mundo que menos sofreram com a crise", afirma Saulo Ferraz, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos da Flórida. "A Flórida colou no Brasil, um antigo parceiro comercial, para aproveitar essa onda."
O principal item de exportação para o Brasil, com quase US$ 3 bilhões, são peças para aviões. Em parte, essas vendas se devem à presença da Embraer na Flórida, com operações em Fort Lauderdale e uma fábrica de jatos executivos em Melbourne. A empresa compra peças para serem usadas nas linhas de montagem em sua sede em São José dos Campos (SP). Mas empresas americanas também fornecem para empresas de aviação comercial e para a frota de jatos executivos do Brasil. Computadores, componentes eletrônicos e equipamentos médicos e hospitalares são outros itens importantes na pauta de exportações. "A Flórida tem crescido como um polo de tecnologia", disse o professor Morrell.
O Brasil é também um grande exportador de aviões à Flórida, graças também à presença da Embraer no estado. A crise econômica, porém, fez com que as empresas aéreas e clientes de jatos executivos cortassem encomendas, provocando queda nos embarques de aviões, de US$ 1,6 bilhão para US$ 400 milhões, entre 2008 e 2009.
A grande questão para a Flórida é qual será o fôlego desse surto comercial com o Brasil, que está ligado sobretudo à valorização do real. Os dados históricos mostram que, quando o real se valorizou, como o período 2006 a 2007, a Flórida vendeu mais ao Brasil, enquanto os embarques caíram nas desvalorizações da moeda brasileira, como as ocorridas em 2002 e 2003.
Mencia, do “Florida Enterprise”, afirma que, apesar das flutuações ligadas ao câmbio, há tendência de crescimento do comércio no longo prazo. Ferraz, da Câmara de Comércio, lembra que não foi somente o real que se valorizou, mas também há a desvalorização do dólar no mundo todo, em harmonia com a política do governo Barack Obama de dobrar as exportações nos próximos cinco anos.
"As exportações terão papel importante para o crescimento e desenvolvimento econômico dos Estados Unidos de forma geral e da Flórida em particular", afirma Morrell, da ‘Barry University’.”
"As exportações terão papel importante para o crescimento e desenvolvimento econômico dos Estados Unidos de forma geral e da Flórida em particular", afirma Morrell, da ‘Barry University’.”
FONTE: Valor Econômico
Comentário: A Flórida tem uma fé inabalável nesse governo brasileiro.
Tanto que seu Presidente, Barak Obama, vem ao Brasil - não se engane- , não é para visitar as UPP's no Rio.
Mas, sim para fazer lobby (pressão) sobre o governo brasileiro na compra de seus caças, sem obviamente, a contrapartida de abrir mão de sua tecnologia.
A estratégia é a mesma dos anos 70.
Só os parvos não desconfiam.
Tanto que seu Presidente, Barak Obama, vem ao Brasil - não se engane- , não é para visitar as UPP's no Rio.
Mas, sim para fazer lobby (pressão) sobre o governo brasileiro na compra de seus caças, sem obviamente, a contrapartida de abrir mão de sua tecnologia.
A estratégia é a mesma dos anos 70.
Só os parvos não desconfiam.
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