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Mostrando postagens com o rótulo economia

Belluzzo: Nos embalos das "conquistas históricas"

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Economia e mídia   "Por que os economistas midiáticos defendem com tanto ardor um sistema falido? Porque eles são pagos pelos bancos"  (Bertrand Rothé ) Por Luiz Gonzaga Belluzzo (*) P rofessor da escola de economia de Paris, Bertrand Rothé abre seu artigo na revista Marianne com uma pergunta: por que os economistas midiáticos defendem com tanto ardor um sistema falido? Ele responde: porque eles são pagos pelos bancos. Um tanto rude, a resposta. Mas Rothé mata a cobra e mostra o pau. Diz o economista que, em 10 de agosto, o jornal Le Monde publicou no caderno Debates 22 depoimentos de especialistas na matéria. Nesse grupo de sabichões, 16 (76,6%) são ligados a instituições financeiras. A promiscuidade vai longe. Anton Brender, reputado economista da esquerda francesa, hoje diretor de estudos econômicos do Dexia Asset Management usou duas páginas do Nouvel Observateur para concluir que “não são os mercados que estão em causa, mas a impotência política.” A

Comportamento: Conheça a Geração “T” - Geração Testemunha

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Grupo, sem idade definida, é formado por pessoas incapazes de ter senso crítico  Um novo conceito começa a aparecer ao lado das gerações “Baby Boomers”, “X”, “Y” e “Z”, o da geração “T”: pessoas que sabem o que acontece, mas não têm ideia do por quê.   “A geração T não consegue praticar a curiosidade intelectual,  só a curiosidade social. A geração T é a geração dos fofoqueiros” (Luciano Pires) Por Carolina Nomura   A o lado das gerações já conhecidas , “baby boomers”, “X”, “Y” e “Z”, começa agora a despontar a denominação de um novo conceito de geração, a “T”, de “testemunha”. São pessoas que sabem tudo o que acontece, mas não têm ideia do por quê. Ela não se delimita a uma faixa etária como as outras. O que a define é a atitude de apenas assistir à vida, sem ser capaz de desenvolver um senso crítico. Segundo o palestrante e profissional da comunicação Luciano Pires, esse fenômeno não é de se estranhar. “Querer que as gerações que saem de nosso sistema educacional fal

1º de maio: Greves estão na pauta dos setores público e privado

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No dia do Trabalhador, no lugar de comemorar, a ordem é protestar Governo é governo. Trabalhador é trabalhador. Vamos às greves, companheiros! B ase do partido da presidente Dilma Rousseff, os trabalhadores prometem colocar governo e empresários contra a parede.  Conscientes dos bons ventos que sopram sobre o mercado — no ano passado, foram criados 2,52 milhões de empregos — e da falta de mão de obra qualificada no país, eles sabem que estão em um bom momento para negociar e, claro, tirar proveito da situação favorável. Hoje, nas celebrações do Dia do Trabalho, centrais sindicais dos setores público e privado garantem que, se empresas e autoridades não cederem à pauta de reivindicações das categorias e oferecerem melhores salários, a promessa de uma onda de greves pode se confirmar. Favorecidas pela oferta de vagas, paralisações como a dos rodoviários, em junho de 2010, podem se repetir. A orientação da Força Sindical, que tem 1,4 mil entidades associadas, é para que os trabalhado

Economia: Keynes explica, com a sabedoria de sempre

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Foto: A mão "invisível" (do mercado) "Os Estados nacionais ainda são os mais eficientes garantidores  dos interesses das sociedades que representam" (John M. Keynes) Por Luiz Sérgio Guimarães O cerco movido pelo governo americano aos especuladores que se aproveitam da desregulação patrocinada pela ideologia neoliberal para aumentar seus lucros e provocar o caos na economia fez ressurgir com redivivo vigor as idéias-força do pensamento keynesiano - sobretudo, a de que a "economia de mercado" produz, na ausência do Estado, todo tipo de artificialismo antidesenvolvimento. No Brasil, a hegemonia neoliberal implantada em 1994 não calou um grupo de economistas, a maioria dos quais pós-keynesiana, habituado em nadar contra a corrente. E que continua defendendo seus pontos de vista em livros sempre muito densos e polêmicos. Para desespero dos "skinheads" mercadistas, eles não desistem. Além de não desistirem, assumiram - para espanto dos defenso

Tesouro: Sua Excelência, o Devedor

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Simulador de aplicação em títulos do Tesouro Nacional A maioria das pessoas diz que ganha mal.  Na realidade, gastam mal A estrutura de demanda dos títulos pode ser alterada a partir de movimentos dos investidores. É o que acredita a  Secretaria do Tesouro Nacional que, desde fevereiro, divulga os dados sobre os detentores da Dívida Pública Federal (DPF).  Segundo a Secretaria, o objetivo seria permitir aos gestores da dívida antecipar os movimentos dos grupos  detentores dos papéis do governo, e também ajudar os analistas a entenderem as características dos títulos públicos que estão nas mãos dos investidores (ou especuladores). Conforme o último relatório da DPF, os detentores do estoque de R$ 1.671.780.000.000,00 (em fevereiro) da dívida pública estão divididos em seis categorias:  Instituições Financeiras - com 29,4% Fundos de Investimento - com 26,6% Previdência - com 14,7% Não-residentes - com 11,4% Governo - com 10,7% Seguradoras - com 3,9% Outros - com 3,3% No

Economia: Brasil está ficando velho antes de ficar rico, diz Bird

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Alerta: a população idosa no Brasil, hoje em 11%,  será de 49% em 2050 Por Fernando Dantas R elatório do Banco Mundial (Bird) divulgado hoje mostra que o Brasil envelhece muito mais rápido do que os países desenvolvidos. De acordo com o levantamento, as nações ricas primeiro ficaram ricas; depois, velhas. O Brasil e outros emergentes estão ficando velhos antes de ficar ricos. Enquanto a França levou mais de um século para ter um aumento de 7% para 14% da população acima de 65 anos ou mais, o Brasil passará pelo mesmo processo em duas décadas, de 2011 a 2031. O documento "Envelhecendo em um Brasil mais velho" alerta que a população idosa no Brasil, que hoje corresponde a 11% da população em idade ativa, em 2050, será de 49%. Em meados da década de 20, a população em idade de trabalhar vai começar a cair, e todo o crescimento populacional brasileiro se dará pelo aumento dos idosos. Nos próximos 40 anos, a população brasileira como um todo vai crescer a uma média de apena

Sócio indesejado: da arte de engordar os cofres

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Foto: O sócio indesejado O caixa do governo foi reforçado pela arrecadação extra de R$ 7 bilhões no primeiro bimestre. O acréscimo decorreu da difusão do efeito preço no recolhimento de todos os impostos e contribuições, mas com resultados mais evidentes no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), PIS e Cofins. Com esses recursos adicionais - e, de certa forma, surpreendentes -, o Tesouro realizou 42% do superávit primário do governo central, de R$ 16,84 bilhões, no bimestre. O cálculo, do Ministério da Fazenda, considerou o montante de R$ 149,9 bilhões das receitas administradas pelo Fisco nos dois primeiros meses, valor 21% superior, em termos nominais, ao do mesmo período de 2010. Dos R$ 25,89 bilhões de aumento da receita bimestral, a inflação contribuiu diretamente com R$ 7 bilhões, ou seja, 27,1%. Embora o efeito inflação ocorra sobre todos os tributos, seu impacto foi maior no IRPJ, por causa da lucratividade das empresas, e no PIS/Cofins, por incidirem sobre o faturament

Mercado: Banco do Brasil é quem bancará a Portugal Telecom

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Pool de seis bancos garantirão nova linha de crédito à Portugal Telecom Carta de Pero Vaz de Bendine à Dilma: "Nesta terra, em se plantando, tudo dá" Sites e jornais internacionais veicularam nesta semana que os bancos Bank of America Merrill Lynch , o BBVA , o Banco do Brasil , o Barclays Capital , o BNP Paribas e o Citigroup formaram um lead arrangers e book-runners de uma operação que garantirá à Portugal Telecom uma nova linha de crédito no montante de 900 milhões de euros . É de se estranhar que a notícia não tenha repercutido na imprensa nacional. Talvez pelo fato relevante dessa semana: o " Casamento forçado da PT (Portugal Telecom) com a Oi ", conforme analisou recentemente a tradicional coluna Lex, do jornal Financial Times Segundo comunicado oficial da Portugal Telecom: "Esta operação enquadra-se na estratégia de financiamento da PT, a qual procura ter maturidades e fontes de financiamento diversificadas. Assim, as maturidades da dívida da P

PIIGS: Euro à beira de um colapso

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Megaespeculadores criticam crise fiscal europeia Europe: No, We can't ... Good! "Se a Europa não assumir o controle de seus bancos, ela terá algo pior que uma década perdida" (George Soros) A hipótese de um colapso do euro está longe de ser algo impensável, destacou nesta quinta-feira (24) o megaespeculador Warren Buffett , em entrevista à CNBC.  A visão de Buffett reflete o mais novo capítulo na crise fiscal europeia, que voltou ao radar do mercado nesta semana, após ter sido ofuscada pelos conflitos no norte da África e no Oriente Médio, bem como a crise nuclear no Japão. Desta vez, os olhos se voltam para a economia portuguesa .  Com a dívida soberana comprometendo boa parte do PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal, o parlamento do país tentou sem sucesso nesta semana aprovar um plano de ajuste para estabilizar a economia. O veto do projeto custou a renúncia do primeiro-ministro português, José Sócrates, fazendo com que os riscos fiscais aumentassem, disse n

Crash: Trabalho Interno, a grande tragédia - Por Baixo do Pano

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Inside Job ( Trabalho Interno ) "homens práticos, que se acham isentos de qualquer influência intelectual,   são usualmente escravos de algum economista já falecido ou aposentado". (Sir John Maynard Keynes)  Por Roberto Macedo (*) U m filme ruim só no título . Refiro-me a Trabalho Interno, um documentário sobre a crise financeira que em 2008 eclodiu nos EUA, e que ganhou o último Oscar nessa categoria. O título é tradução inadequada de Inside Job . Ficaria melhor Por Baixo do Pano , pois o filme é centrado em decisões no círculo íntimo do governo, suspeitas em sua legalidade e não convincentemente esclarecidas pelos que participaram delas. Ele é árduo para não economistas e para aproveitá-lo melhor é preciso um mínimo de informações sobre a papelada financeira subjacente à crise. Para estimular o leitor a assistir ao filme inicialmente procurarei sintetizá-las, limitando-me a papéis com origem em financiamentos imobiliários. Também a

Dívidas: Os bancos, as contas e as correntes

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Educação financeira                                                                                    "Educação financeira é tão importante quanto o ensino de português,  história, biologia ou matemática" No Brasil, a palavra cidadania ainda não foi inteiramente assimilada por seu destinatário maior: o próprio cidadão. Nela, estão contidos os diversos papéis que o indivíduo assume na vida em comunidade: contribuinte, consumidor, agente político, agente econômico. A educação brasileira ainda não transmite na plenitude as múltiplas facetas que esse conceito embute, já que o termo cidadania entre nós é de uso recente, difundido de maneira mais constante apenas a partir da redemocratização, há 26 anos. Hoje, usa-se, e até abusa-se, do termo, sem que, no entanto, esclareça-se sua densidade. Uma das lacunas situa-se numa vertente essencial ao exercício sadio desse postulado:  a educação financeira.   Não a temos. Não consta dos currículos escolares, nem é objeto, por vezes, d

Revoltas: Sonhos de Jasmim na China?

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  "Onde houver internet, desigualdades,  desrespeito aos direitos humanos,  e governantes corruptos,  há sempre a possibilidade de dias e meses de ira" (Mauro Santayana - JB) Por Adam Wolfe O "dia de fúria" varrendo o Oriente Médio e Norte da África (MENA) têm levantado dúvidas sobre a possibilidade de um movimento semelhante em erupção na China. À primeira vista, os ingredientes para revolta parecem estar presentes. Chamadas pela Internet apelam  para uma "Revolução de Jasmim" na China resultou em uma plataforma massiva das forças de segurança nos locais de protesto planejado, o que poderia ser tomado como um sinal de aperto inseguro do Partido Comunista no poder. Como vários dos governos MENA, a elite dominante da China é assolada pela corrupção e está se preparando para uma transferência de poder. A desigualdade tem poder para os níveis sub-saariana, e o sistema político oferece poucas saídas para queixas popular para ser exibido. No entanto, é i

Mobilidade: Trens e liberdade

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Trains and Freedom Foto: Japão prepara para 2030 o trem voador Maglev - que levita a 10 centímetros do solo-  para voar entre Tokyo e Osaka (distantes em 553 quilômetros), em apenas uma hora "Se os trens representam um coletivismo desalmado,  podem me incluir nessa" (Paul krugman)  Por Paul Krugman F alarei um pouco mais sobre este assunto - não é nada sério, apenas uma observação pessoal depois de um longo e difícil dia lendo projetos de candidatos a orientandos. (Minha sugestão de rejeitar todos os candidatos que se dissessem “apaixonados” pelos temas de suas pesquisas foi rejeitada, embora com óbvia relutância.) Seja como for, na minha experiência pessoal, os trens são a mais libertadora das três formas de transporte mecanizado que costumo usar . Os aviões são péssimos: os invasivos procedimentos de segurança, a obrigação de desligar os aparelhos eletrônicos na decolagem e na aterrissagem, a falta de algum lugar para ir no caso de querermos nos levantar. Os carros