Mercado: Banco do Brasil é quem bancará a Portugal Telecom

Pool de seis bancos garantirão nova linha de crédito à Portugal Telecom
Carta de Pero Vaz de Bendine à Dilma: "Nesta terra, em se plantando, tudo dá"

Sites e jornais internacionais veicularam nesta semana que os bancos Bank of America Merrill Lynch, o BBVA, o Banco do Brasil, o Barclays Capital, o BNP Paribas e o Citigroup formaram um lead arrangers e book-runners de uma operação que garantirá à Portugal Telecom uma nova linha de crédito no montante de 900 milhões de euros.

É de se estranhar que a notícia não tenha repercutido na imprensa nacional. Talvez pelo fato relevante dessa semana: o "Casamento forçado da PT (Portugal Telecom) com a Oi", conforme analisou recentemente a tradicional coluna Lex, do jornal Financial Times

Segundo comunicado oficial da Portugal Telecom:
  • "Esta operação enquadra-se na estratégia de financiamento da PT, a qual procura ter maturidades e fontes de financiamento diversificadas. Assim, as maturidades da dívida da PT encontram-se totalmente financiadas até final de 2013, permitindo usufruir de uma posição financeira muito sólida. O encaixe desta operação será utilizado para fins corporativos genéricos".
Vale lembrar os riscos embutidos nessa megaoperação:
  • "A PT tem um rating de Baa2/estável pela Moody’s e BBB/estável pela S&P".

 Zeinal Bava, presidente executivo da Portugal Telecom; Otávio Azevedo, presidente do Grupo Andrade Gutierrez e Pedro Jereissati, vice-presidente do Grupo Jereissati Participações, assinam a parceria

Ainda segundo o comunicado da Portugal Telecom, a empresa europeia desembolsou R$ 8,32 bilhões pela participação na Oi. Isto significa dizer que a empresa portuguesa assume uma participação direta e indireta de 25,6 por cento no Grupo Oi após os aumentos de capital em empresas do conglomerado brasileiro de telecomunicações.

A Portugal Telecom comprou 35 por cento da AG Telecom (do grupo Andrade Gutierrez) e da La Fonte Telecom (do grupo Jereissati), que estão no topo da estrutura societária da Oi.

Além de ficar com uma fatia importante nessas sociedades, a Portugal Telecom passa a deter uma posição relevante direta no capital da Telemar Norte Leste e da Tele Norte Leste, empresas do grupo brasileiro que são listadas em bolsa.

Para a coluna Lex, a Oi possui uma “estrutura de propriedade absurdamente complicada”, controlada por grandes empresas e fundos de pensão nacionais.  

“Não admira que os investidores estejam nervosos”, diz a coluna Lex. “Se a transação for concluída conforme o planejado, em março do próximo ano, a Portugal Telecom vai estar exposta a uma empresa que faz 80% de sua receita com serviços de telefonia fixa, que está em declínio”, acrescenta o Financial Times. 

Mas o jornal faz uma ressalva, elogiando as habilidades do presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava. “Igualmente, a Portugal Telecom tem gerido o seu negócio de linha fixa em Portugal com altivez e poderia aplicar os conhecimentos para o Brasil”, diz a coluna Lex.

Oi poderia comprar a TIM

O Financial Times faz uma insinuação das mais ácidas para o setor de telecomunicações. “Ainda há uma pequena chance de que a Oi poderia considerar a compra da TIM Brasil (muito bom)”, diz a coluna Lex, que cita que a sinergia entre as duas companhias poderia chegar a mais de 3,6 bilhões de euros.

O jornal britânico ressalta ainda que poderia haver uma interferência da Anatel, por questões de concorrência, e que a Telecom Itália “sempre insistiu” que não pretende vender a TIM Brasil. “Mas, até então, a Portugal Telecom costumava dizer a mesma coisa com a Telefônica. O drama brasileiro ainda não acabou”, conclui a coluna Lex.

A verdade é que o drama brasileiro não tem fim.

Fonte: Financial Times e Portugal Telecom

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