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Mostrando postagens com o rótulo crise capitalista

PIIGS: Banco mais antigo do mundo pode quebrar

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O banco mais antigo do mundo , fundado em 1472 em Siena (Toscana, Itália), quem diria, vive outro capítulo constrangedor da sua trágica história recente, amigo navegante. A sobrevivência do pobrezinho Banco Monte dei Paschi di Siena (BMPS), terceiro maior do país , depende de uma ajuda de 3,9 bilhões de euros do governo italiano, mas esqueletos de operações com produtos financeiros avançados começaram a emergir nos últimos dias e colocaram em xeque o resgate. (espera-se que Diogo Mainardi, aquele mesmo do Anauê Conection, tenha investido toda sua fortuna, de novo rico, em ações do bancão italiano) O jornal Il Fatto Quotidian revelou na semana passada que o BMPS se envolveu em 2009 numa operação com derivativos financeiros, batizada de “Alexandria”, com o banco japonês Nomura e que resultará em uma importante perda que afetará o balaço de 2012. Além disso, a Bloomberg revelou outra operação mal feita, chamada de “Projeto Santorini”, realizada em 2008 com o Deutsche Bank e q

Prision Banker: Banqueiros avarentos atrás das grades

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G randes bancos foram surpreendidos em um enorme escândalo de manipulação das taxas de juros globais, surrupiando milhões de pessoas em hipotecas, empréstimos estudantis, entre outros. Se fosse conosco, iríamos para a cadeia por conta disso, mas o banco Barclays apenas teve de pagar uma multa, uma pequena fração de seus lucros! A indignação está crescendo e essa é nossa chance de finalmente virar a mesa contra o reinado dos banqueiros sobre nossas democracias. O regulador de finanças da UE, Michel Barnier, está enfrentando o lobby de poderosos bancos e defendendo uma reforma que iria colocar os banqueiros atrás das grades por fraudes como esta. Se a UE tomar a iniciativa, esse tipo de responsabilização pode rapidamente se espalhar pelo globo. Mas os bancos estão fazendo lobby contra essa medida e precisamos de um gigante apoio popular para conduzir essas reformas. Se conseguirmos 1 milhão de assinaturas em apoio a Barnier nos próximos 3 dias, isso lhe dará forças para enfrentar a l

Illuminati: Bilionários vão doar as suas fortunas

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" Estamos à beira de uma transformação global.   Tudo o que precisamos é da grande crise certa  e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial ."     (David Rockefeller - ONU 1994) Da Redação do CT Doze bilionários juntaram-se a uma iniciativa lançada há dois anos pelo fundador da Microsoft Bill Gates e pelo magnata Warren Buffett para doarem pelo menos metade das fortunas a uma "boa causa". A campanha já foi anteriormente subscrita por nomes como Mark Zuckerberg e David Rockefeller. Entre estes 12 multimilionários que agora aceitaram "doar" metade das suas fortunas à filantropia contam-se o gestor de fundos de investimento Bill Ackman e a sua mulher, Karen, o dono da Tesla Motors, Elon Musk, e o produtor cinematográfico Steve Bing. “É magnífico que estas 12 famíglias se tenham unido ao projecto” , disse Warren Buffett, co-fundador da campanha Giving Pledge, citado em comunicado, em que se dá conta de que são já 81 os norte-americanos que aderiram à

Times: O Declínio e a Queda da Grécia

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Grécia: Ó, deuses! O plano de austeridade evitou o calote grego, mas o cotidiano dos cidadãos segue num transe coletivo recheado de humor negro Por Russell Shorto (*) N uma taberna com paredes de tijolos em Atenas, durante um almoço de salada e charutos de folhas de uva, Aris Hadjigeorgiou não parava de falar sobre a situação calamitosa de sua cidade e seu país, com comentários que apenas um jornalista veterano conseguiria fazer. Ele explicou as maneiras insidiosas com que os ocupantes dos altos escalões da mídia grega estavam intimamente vinculados com a estrutura política, o que impedia reportagens sobre as falcatruas financeiras e também eliminava qualquer esperança de uma resolução da crise .  E observou algumas pequenas coisas, como os panfletos nos vidros dos carros com anúncios de empresas de mudanças: sinais literais de como a crise econômica vinha afetando Atenas, com as pessoas buscando vias de escape fora do país ou no campo. Perguntei como a crise o afetava pessoalme

Editorial - A crise, os impostos e os banqueiros

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 Obama: "Ela não é uma cara de...?" E mpresas reclamam dos impostos que deveriam ser encaminhados para atender necessidades essenciais da população. Não são. Vão para sutians, malas pretas, meias, e rotundas contas-correntes de velhos e tiranossauros tão bem conhecidos por boa parte da população. Eike Batista que o diga. Se estes mesmos impostos são mal aproveitados, como se constata à vista até mesmo de cegos alienados, isso se deve a desvios.  O que não está havendo são leis. Quando estas existem, não há fiscalização para que se cumpram.  Mais grave que tudo isso é o dinheiro do Proer. Donos e maiores acionistas de instituições corruptas, que o povo ajudou a socorrer, nunca deixaram de viajar para o exterior, nababescamente, se hospedando em hotéis de 2 mil euros a diária, alguns tingindo o cabelo com tintas importadas, e com filhos e netos vivendo como príncipes. Ao mesmo tempo, seus empregados e pequenos acionistas sofrem no abandono sócio-econômico total

Tendências: Una vida de bajo coste, diz El País

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  El comprador ha aprendido a pagar menos por más, dicen los expertos. - LUIS SEVILLANO "Em tempos de crise, quando se ganha mil euros brutos por mês e não se quer renunciar totalmente ao consumo,  a economia de baixo custo não é uma escolha,  mas sim uma obrigação" Por Miguel Ángel García Vega (*) N a Espanha, há 17,1 milhões de pessoas que ganham cerca de 1000 euros brutos por mês. Estamos a falar de 63% da população. Pelo menos é o que garante o Sindicato de Técnicos do Ministério das Finanças (Gestha). Com este dinheiro no bolso, fazê-lo chegar ao fim do mês é uma tarefa digna de Hércules. E, mais do que ir às compras, muitas famílias fazem contas. Portanto, para milhares de espanhóis, comprar um produto é hoje um ato de renúncia. Nesta paisagem cruel, o fenômeno do custo reduzido [low cost em inglês] cresce, reproduz-se e não dá indícios de poder vir a morrer em breve. Pelo contrário. Cada vez ocupa mais espaço social e econômico. Restaurantes, viagens, automóveis,

Bancos: Contra todas as regras

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Quem comete erros, sofre as consequências. Desde o início da crise, faz agora cinco anos, esta regra básica da economia de mercado tem sido desrespeitada, lamenta o jornal Zeit. "Os dirigentes políticos vão ter de escolher  entre valores morais e prosperidade" Por  Mark Schieritz Q uem se der hoje ao trabalho de navegar pelos fóruns da Internet dedicados à crise econômica fará uma descoberta interessante: não são os montantes astronômicos injetados no mercado, nem os diversos fundos de apoio criados que provocam mal-estar, mas a identidade dos destinatários desse dinheiro.  Os banqueiros , que encheram os bolsos durante imenso tempo e que hoje entram na falência.  Os Estados , que viveram acima das suas capacidades e que não conseguem obter dinheiro novo.  Os proprietários , que contraíram demasiados créditos e agora não são capazes de garantir o serviço das suas dívidas. Em vez de serem punidos, estes desvios de comportamento são recompensados – e é a isso que

Hungria: Contra Orbán, sim; com o estrangeiro, não!

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Em Budapeste, aumenta o descontentamento contra o primeiro-ministro húngaro, acusado de excessos autoritários. A comunidade internacional começa também a reagir, mas deve evitar o recurso à ingerência, considera o filósofo Gáspár Miklós Tamás. "Enquanto não houver uma democracia europeia confederada,  a independência será a nossa derradeira proteção" Por Gáspár Miklós Tamás (*) Não há dúvidas de que a Comissão Europeia e o FMI impuseram deliberadamente ao Governo húngaro condições que era impossível respeitar, talvez com o objetivo de levar Viktor Orbán a demitir-se. E, em seguida, a delegação UE-FMI interrompeu as negociações. Na mesma altura, o secretário de Estado adjunto norte-americano, Thomas O. Melia, reiterou as suas preocupações quanto ao retrocesso da "democracia dos cidadãos" na Hungria em favor de um poder autoritário e ditatorial. Viviane Reding, comissária europeia da Justiça e dos Direitos Fundamentais, acusou o Governo húngaro de viol

Euro: Como explicar a crise às crianças

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Fotograma de "Os três porquinhos", de Walt Disney (1933) “Papai, o que é a crise?”  Em vez de referir termos como taxas de interesse e dívida pública, para responder, um economista sugere que se compare com o célebre conto dos Três Porquinhos e do Lobo Mau. Por Giovanni Majnoni A s crises surpreendem-nos sempre. Talvez o mais surpreendente seja, porém, a semelhança dos comportamentos na sua origem. Repetem-se tantas vezes que a sabedoria popular preservou esse processo sob a forma de fábulas e contos. Se voltássemos a ler com os nossos óculos do presente o célebre conto dos Três porquinhos, encontraríamos as razões por trás da crise do euro: seria, em suma, a crise euro contada às crianças. O conto apresenta uma metáfora evidente da crise – o lobo mau – e das suas causas – o comportamento dos três little pigs [PIGS, “porcos” mas também acrônimo de Portugal, Itália, Grécia, Espanha, os países menos virtuosos da zona euro]. Mas está repleto de aspectos sutis e a sua moral

Economia: O Brasil está preparado para enfrentar a crise?

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Sobre os juros estratosféricos praticados no Brasil: Foto: Roberto Requião - Senador PMDB/PR "Estão a tratar com homeopatia uma doença que precisa de medicamentos fortes” Poucas horas depois do anúncio das maiores quedas de bolsas de valores dos últimos meses - mais de 8% no Brasil e de 5% nos Estados Unidos - dois representantes da equipe econômica do governo malograram na tentativa de demonstrar, em audiência pública no Senado, que o país estaria "atento aos riscos da crise internacional" . Não está, pois o diagnóstico feito é equivocado, e a profilaxia é homeopática. Em debate sobre a situação do sistema financeiro mundial, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), ambos apontaram como fator determinante para  uma "economia brasileira excessivamente bem preparada” o aumento das exportações [commodities] e o [super]dimensionamento das reservas internacionais. A dimensão da crise atual , porém, foi ressaltada pelo diplomata Paulo Ro

Tariq Ali: Essa esquerda que a direita tanto gosta não é tão esquerda assim

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Tariq Ali na Sala dos Jacarandás , do Memória do RS H istoriador, ativista, produtor de cinema e escritor, Tariq Ali, diferentemente de velhos "conservadores-reformistas" (mais conservadores que reformistas, propriamente dito) que desfilam suas verves carcomidas em revistas, sites e blogs dito "progressistas" , é um autêntico ativista de esquerda [em seu sentido lato] crítico das políticas econômicas, e muitas vezes, da religião e da cultura mundial. "Tariq Ali foi uma das principais figuras da esquerda internacional desde os anos 60. Escreve para o Guardian desde os anos 70, sendo editor de longa data da New Left Review e um comentarista político publicado em todos os continentes. Também é autor do livro A Síndrome de Obama " (The Guardian) Segundo Tariq, estamos vivendo em uma época empolgante em nível global.  “Pela primeira vez em 20 e 30 anos é possível ver na Europa um desenvolvimento surpreendente onde os banqueiros decidiram que não pode