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Ética e cidadania plena

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CIDADANIA É VIDA PLENA PARA TODOS   "Ética é o conjunto de valores e princípios que nós usamos para reger a nossa convivência"   (Mário Sérgio Cortella - Professor e Filósofo) Direto da Sala de Aula C om o conceito ainda pouco compreendido pela população, o filósofo, mestre e doutor em educação, Mário Sérgio Cortella, esclarece nesta entrevista os verdadeiros conceitos de ética e cidadania e como eles se aplicam para a melhoria dos ambientes urbanos. Confiram, abaixo, a entrevista quase exclusiva: C.T. - O que é cidadania? O brasileiro compreende o seu real sentido? Cortella - No Brasil, a idéia de cidadania é diferente da que é utilizada em outros países. Fica muito estranho, por exemplo, um norte-americano entender o que é cidadania. O que eles e os europeus chamam de cidadania são a capacidade de votar, de ser votado, a participação no jogo político do cotidiano. Para nós, a cidadania é a partilha dos bens que uma sociedade gera coletiva

Deus é a Natureza

Eles não amam a vida " Hoje assistimos algo absolutamente inédito e de extrema irracionalidade: a guerra contra a Terra. Sempre se faziam guerras entre exércitos, povos e nações. Agora, todos unidos, fazemos guerra contra Gaia: não deixamos um momento sem agredi-la, explorá-la até entregar todo seu sangue ." (L. Boff) Leonardo Boff A busca de uma saída para a crise econômico-financeira mundial está cercada de riscos. O primeiro é que os países ricos busquem soluções que resolvam seus problemas, esquecendo do caráter interdependente de todas as economias. A inclusão dos países emergentes pouco significou, pois suas propostas mal foram consideradas. Prevaleceu ainda a lógica neoliberal que garante a parte leonina aos ricos. O segundo é perder de vista as demais crises, a ecológica, a climática, a energética e a alimentar. Concentrar-se apenas na questão econômica, sem considerar as outras, é jogar com a insustentabilidade a médio prazo. Cabe recordar o que diz a Carta da Terra:

Dois coelhos com uma só cajadada

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A QUESTÃO DO ESTADO

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Tudo começou com Maquiavel Maquiavel compreendeu que a política é a arte do possível, que leva em conta como as coisas estão e não como elas deveriam estar. Com isso, começava a surgir o Estado moderno . Maquiavel (Niccolò Machiavelli, 1469-1527) ao refletir sobre a realidade de sua época, elaborou não uma teoria do Estado moderno, mas sim uma teoria de como se formam os Estados, de como na verdade se constitui o Estado moderno. Isso é o começo da ciência política; ou, no mínimo, da teoria e da técnica da política, entendida como uma disciplina autônoma, separada da moral e da religião. O Estado, para Maquiavel, não tem mais a função de assegurar a felicidade e a virtude, segundo afirmava Aristóteles. Também não é mais - como para os pensadores da Idade Média - uma preparação dos homens para o Reino de Deus. Para Maquiavel, o Estado passa a ter suas próprias características, faz política, segue sua técnica e suas próprias leis. Logo no início de O Príncipe, Maquiavel escreve: “ Como m

OS MEIOS ELETRÔNICOS E A EDUCAÇÃO:

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"Deixe as crianças serem infantis: não lhes permita o acesso a TV, jogos eletrônicos e computadores/Internet!" Valdemar Setzer Televisão, jogo eletrônico e computador Por Valdemar W. Setzer 1. Introdução Este artigo foi escrito originalmente em espanhol como texto para um workshop realizado no Festival IDRIART La Educación Encerra un Tesoro, realizado em San Salvador, em março de 1998 (ver essa versão em meu site). Ele foi traduzido para o português por Ana Vieira Pereira e revisto e ampliado por mim. É o primeiro artigo de meu livro sobre meios eletrônicos e educação [Setzer, 2001, p. 15-39]. Neste ensaio descrevo brevemente, de um ponto de vista fenomenológico, os aparelhos de televisão, videogame e computador e a atitude daqueles que os usam. Em seguida, abordo o seu impacto no âmbito educacional. A abordagem conjunta dos três meios permite uma interessante comparação entre eles com relação à sua influência nos seus usuários, percebendo-se que cada um atua primordialment

MiCo: A MISÉRIA DA COMPUTAÇÃO

Por Valdemar W. Setzer Miséria da Computação (MiCo) é ficar horas tentando acertar um software que simplesmente recusa-se a obedecer, esquecendo-se de ir ao banheiro, comer, namorar, dormir, e fazer quaisquer outras coisas normais para quem não foi agarrado pelo computador; MiCo é gastar um tempão surfando através de lixões na Web, sem conseguir chegar a algum "site" com a informação desejada; MiCo é receber dezenas de e-mails por dia; MiCo é perder tudo o que se está fazendo por falha da energia elétrica, travamento do micro ou por causa de um ralador misterioso que passou pelo disco rígido; MiCo é um software bonitinho mas ordinário, que não tem funções que qualquer software decente deveria ter, ou faz coisas que não deveria fazer; MiCo é o bug do ano 2.000; MiCo é o prejuízo que as empresas têm com a informática; MiCo é a "síndrome do processamento de dados" (SPD), que assola programadores e analistas de sistemas: insônia, falta de apetite, irritabilid

A China, a ONU e o Crash

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O presidente chinês, Hu Jintao, alertou que a competitividade e a força comercial de seu país estão ameaçadas por uma decadência prolongada da economia global, pondo à prova o domínio do Partido Comunista. Hu fez o alerta no sábado em uma reunião do Politburo, o conselho de elite de 25 membros do partido, que tratou dos desafios que a China enfrenta à medida que as exportações diminuem e forçam as empresas a dispensar trabalhadores, relatou a agência estatal Xinhua. As duras palavras do presidente indicam que a China não vê um final próximo para a situação , que esta semana levou um grupo de especialistas do governo a prever que o crescimento anual vai diminuir para oito por cento neste trimestre, ante nove por cento do terceiro trimestre, chegando perto dos sete por cento vistos pelas autoridades como o mínimo para manter a estabilidade social. " No período que se inicia, vamos combater frontalmente os efeitos do aprofundamento prolongado da crise financeira internacional e da pr