A China, a ONU e o Crash


O presidente chinês, Hu Jintao, alertou que a competitividade e a força comercial de seu país estão ameaçadas por uma decadência prolongada da economia global, pondo à prova o domínio do Partido Comunista.

Hu fez o alerta no sábado em uma reunião do Politburo, o conselho de elite de 25 membros do partido, que tratou dos desafios que a China enfrenta à medida que as exportações diminuem e forçam as empresas a dispensar trabalhadores, relatou a agência estatal Xinhua.

As duras palavras do presidente indicam que a China não vê um final próximo para a situação, que esta semana levou um grupo de especialistas do governo a prever que o crescimento anual vai diminuir para oito por cento neste trimestre, ante nove por cento do terceiro trimestre, chegando perto dos sete por cento vistos pelas autoridades como o mínimo para manter a estabilidade social.

"No período que se inicia, vamos combater frontalmente os efeitos do aprofundamento prolongado da crise financeira internacional e da pressão diante da desaceleração clara do crescimento econômico", disse Hu aos altos funcionários.

A desaceleração está "claramente reduzindo a demanda externa e exercendo pressão para enfraquecer as vantagens competitivas tradicionais de nosso país", disse Hu.

A China tem assistido a uma intensificação de protestos locais contra o fechamento de fábricas, especialmente em suas outrora florescentes zonas costeiras de exportação.

"Se podemos transformar a pressão em clímax, os desafios em oportunidades, e manter um desenvolvimento econômico firme e relativamente acelerado, tudo isso é um teste para a capacidade de nosso partido de governar", disse Hu, que também é líder do partido.

O governo anunciou um pacote fiscal de quatro milhões de yuans (586 bilhões de dólares) no início deste mês para contrabalançar o impacto da crise financeira global, embora ainda não esteja claro quanto desse valor serão de novos gastos.

O Banco Central acompanhou o gesto esta semana com seu maior corte de juros desde a crise asiática de 1997.

Ainda segundo a ag Reuters:
Qualidade de ajuda financeira precisa aumentar

Países ricos devem aumentar a qualidade da ajuda financeira a países em desenvolvimento mesmo que a crise econômica global impossibilite o aumento dos níveis de ajuda, disse uma autoridade da Organização das Nações Unidas no domingo.

Com algumas nações entrando em recessão e outras à beira da crise, as Nações Unidas e países em desenvolvimento temem que nações ricas não vão cumprir com seus compromissos. A Itália já afirmou que irá cortar seu orçamento para desenvolvimento e outros países deverão copiar a medida.

Salil Shetty, diretor da Campanha do Milênio das Nações Unidas, com metas para diminuir a miséria pela metade e aumentar a expectativa de vida até 2015, afirmou que a crise financeira pode forçar uma reavaliação da ajuda financeira por alguns países.

"Já que estamos falando de tempos difíceis, podemos ao menos melhorar a qualidade da ajuda?", disse Shetty.

"A maioria desses países dá dinheiro para os locais errados e para coisas erradas. Não está indo para os países mais pobres para atingir os objetivos. A metade vai para interesses políticos, para abrir mercados e outras coisas."

As declarações de Shetty foram feitas durante o encontro das Nações Unidas sobre financiamentos para o desenvolvimento que vêm sendo ofuscados pela crise financeira e pela disputa entre países ricos e em desenvolvimento sobre a reforma de instituições como o FMI e o Banco Mundial.

A crise financeira congelou financiamentos, forçando trilhões de dólares em operações de resgate por governos e empurrando muitas nações para a recessão. A crise atingiu nações em desenvolvimento por meio das alterações no comércio, na ajuda e pela falta de acesso a mercados de crédito.

Shetty disse que os países mais pobres precisam ter mais controle sobre como gastar seus fundos de ajuda. Em troca eles precisam conter a corrupção e aumentar a transparência - ao invés de ficarem presos às condições de países doadores.

"(Eles dizem) se você quer o dinheiro, então você vai ter que comprar meus produtos e serviços. Basicamente você dá com uma mão e tira com a outra. Então não dê, guarde para você", ele disse.

Doadores devem também enviar menos delegações para inspecionar o resultado de seus financiamentos, segundo Shetty.

De acordo com as estimativas do Banco Mundial, 40 milhões de pessoas vão ser levadas à pobreza em 2009 como resultado da crise financeira global e das consequências econômicas.

Shetty disse que países pobres, que são antes de mais anda os responsáveis pelo alcance das metas de desenvolvimento do Milênio, não deveriam ter permissão para citar a crise financeira como justificativa para corte em gastos sociais.

"Assim como os países ricos estão dando desculpas, nós não queremos países pobres dando desculpas", afirmou ele. "Eles têm a mesma responsabilidade em garantir que os investimentos (para as metas do Milênio) sejam protegidos e ampliados, porque são os pobres que não devem sofrer com os choques até mesmo de pequenas mudanças."

Comentário: Para quem opera no mercado, reitera-se duas verdades absolutas: "Nenhum ativo caiu tanto quanto ainda pode cair mais. Nenhum ativo subiu tanto, que ainda não possa subir mais"

Para corroborar essa constatação, vale a pena investir 30minutos neste video. Assista!
http://www.leandrostormer.com.br/arquivos/imgmail/Crash.htm

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