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Saúde: Modernização e expansão da precarização social e do trabalho

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Ensaios de Saúde Pública As novas relações de trabalho, o desgaste mental do trabalhador e os transtornos mentais no trabalho precarizado Por que os avanços da ciência e tecnológicos – patrimônio humano – não têm se traduzido em emprego e inclusão de amplas parcelas da humanidade? Por que o aumento da produtividade não tem se traduzido em redução das jornadas de trabalho sem prejuízo do salário? Tânia Franco¹ Graça Druck² Edith Seligmann-Silva³ Resumo A perda da razão social do trabalho tem como ressonância a perda do sentido do trabalho para aqueles que o realizam. O objetivo principal deste ensaio é analisar de que forma a saúde mental é prejudicada pelas atuais contradições entre modernização e expansão da precarização social e do trabalho. Na primeira parte, procura-se entender a questão através de uma visão sócio-histórica, expondo-se a seguir indicadores internacionais e brasileiros que demonstram essa precarização. Na sequência, as autoras apresentam uma análise crít

UNICAMP: Terceirização e precarização do trabalho

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Campanha contra a terceirização - Unicamp (parte I) O vídeo acima narra um pouco dos acontecimentos referentes a campanha contra a terceirização e a precarização do trabalho, que está sendo impulsionada dentro da Unicamp. Já houve demissões políticas de alguns trabalhadores. O salário médio desses trabalhadores não passa de R$ 1,90 por hora de trabalho, não possuem direitos e são cotidianamente assediados.  Tudo isso  a acontecer e as mídias, sempre coniventes com os descalabros e desmandos governamentais dos demotucanos, permanecem em seu silêncio cúmplice, omisso e criminoso. Algumas pessoas resolveram falar. Abaixo, a 2º parte do vídeo sobre a campanha contra a terceirização e a precarização do trabalho na Unicamp:  A luta continua ! Fonte: Batozzi

Educação: Profissão Professor!

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NAS SALAS DE AULA NÃO EXISTE PRESENÇA OBRIGATÓRIA   Cena do filme "entre les murs" (Entre os muros da escola) Por José Predebon * N enhum aluno fica em classe se não estiver interessado. Pode até estar lá, sentado, para não ter falta. Mas seu coração e mente não estão presentes, só seu corpo. Problema do professor? Claro que grande parte dos mestres pensa que desinteresse de alunos não é seu problema, e lhes basta ter a consciência tranqüila de estar cumprindo o programa de sua disciplina. A questão não é simples assim. Procurando suas raízes, encontramos na filosofia (Popper e Feyerabend) a afirmação de que nós não assinamos o contrato social vigente, que nos é imposto, vindo daí alguma justificada recusa a cumpri-lo. Essa colocação talvez explique como surgiu agora uma geração que contesta o sistema como nunca acontecera antes. Sugiro que não se trata de um desvario nem de uma degenerescência social, mas do produto do cruzamento entre a era da comunicação, agora com a

Saúde: Os benefícios do coco

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Delícia de Coco  A água de coco verde é deliciosa, refrescante, nutritiva e terapêutica, além de exótica. Quando se fala em coco a primeira coisa que vem à cabeça é o coco-da-baía. No entanto, todos os tipos de palmeiras produzem coco. Nos trópicos, o coco é muito apreciado, tanto pelos turistas como pelos nativos.  No Brasil, seus maiores cultivadores são: a Bahia, o Amazonas, Pernambuco, Maranhão e Piauí.  O coqueiro gosta de clima quente e úmido. Sua altura pode chegar a 30 metros. Também existem variedades anãs, que não ultrapassam três metros.  A casca do coco é relativamente fina e lisa. Por baixo, há uma espessa capa fibrosa que envolve uma camada muito dura, dentro da qual fica a semente, uma massa suculenta e de cor branca.  Quando o coco é verde, essa parte é pouco desenvolvida e mole, guardando muita água no seu interior. Á medida que o coco vai amadurecendo, a parte carnosa se torna mais consistente e a água diminui.  A massa pode ser consumida crua, em seu estad

Richard Dawkins: Deus, um delírio ?

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"Há 50% de chances de Deus existir, e 50% de não existir. Não se pode provar que Deus exista, tampouco que não exista. Porém, se ele não existir para mim, não existirá para ninguém. Mas se ele existir para alguém, existirá também para mim. Convém não duvidar." (Blaise Pascal) À véspera de mais um natal , nada mais oportuno que se ter a coragem de encarar velhos dogmas de frente, fazer as perguntas sem medo, expor argumentos favoráveis e as críticas que cabem em qualquer contraditório, sobretudo quando o que se questiona é a questão divina, mais precisamente, religiosa - pelo viés da ciência. Estamos a falar do biológo britânico Richard Dawkins e seu livro Deus, um delírio . Segundo o editor Julio Daio Borges (do site Digestivo Cultural), "desde Nietzschie, provavelmente, que não se atacava Deus com tanta veemência. Nietzschie, há mais de um século, em O Anticristo, estava, conforme o título, mais preocupado com o cristianismo. Richard Dawkins, por sua vez, mira e a

Livros: Um pouco mais de desassossego

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 Realidade - Claude Monet "… esse episódio da imaginação a que chamamos realidade." ( Bernardo Soares) H á dois dias que chove e que cai do céu cinzento e frio uma certa chuva, da cor que tem, que aflige a alma. Há dois dias… Estou triste de sentir, e reflito-o à janela ao som da água que pinga e da chuva que cai. Tenho o coração opresso e as recordações transformadas em angústias. Sem sono, nem razão para o ter, há em mim uma grande vontade de dormir. Outrora, quando eu era criança e feliz, vivia numa casa do pátio ao lado a voz de um papagaio verde a cores. Nunca, nos dias de chuva, se lhe entristecia o dizer, e clamava, sem dúvida do abrigo, um qualquer sentimento constante, que pairava na tristeza como um gramofone antecipado. Pensei neste papagaio porque estou triste e a infância longínqua o lembra? Não, pensei nele realmente, porque do pátio fronteiro de agora, uma voz de papagaio grita arrevesadamente. Tudo se me confunde. Quando julgo que recordo, é outra co

Cadernos: A desejada morte do editor

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Editores By José Saramago   V oltaire não tinha agente literário. Não o teve ele nem nenhum escritor do seu tempo e de largos tempos mais. O agente literário simplesmente não existia. O negócio, se assim lhe quisermos chamar, funcionava com dois únicos interlocutores, o autor e o editor. O autor tinha a obra, o editor os meios para publicá-la, nenhum intermediário entre um e outro. Era o tempo da inocência. Não quer isto dizer que o agente literário tenha sido e continue a ser a serpente tentadora nascida para perverter as harmonias de um paraíso que, verdadeiramente, nunca existiu. Porém, direta ou indiretamente, o agente literário foi o ovo posto por uma indústria editorial que havia passado a preocupar-se muito mais com um descobrimento em cadeia de best-sellers que com a publicação e a divulgação de obras de mérito. Os escritores, gente em geral ingênua que facilmente se deixa iludir pelo agente literário do tipo chacal ou tubarão, correm atrás de promessas de vulto