Educação: Língua, conhecimento e crítica
Língua, conhecimento e crítica Por Luís Carlos Lopes Com exceção das zélites mais cultas e politizadas, os jovens que já ‘estudaram’ em escolas fortemente atingidas pela força dos meios de comunicação do tempo presente tendem a pensar o mundo com muitas imagens e poucas letras, pior ainda, com pouquíssimas idéias. Volta e meia aparecem nas mídias os erros crassos de alunos nos vestibulares. Normalmente, eles são coletados nas redações e se referem ao uso da língua e ao domínio de conhecimentos básicos e especializados. A chacota e a estupefação substituem um exame mais sério do problema. Ora, eles deveriam saber, se não sabem é porque são “burros”, isto é, incapazes de aprender, tal como animais! Este modo de ver e comunicar o que ocorre, encontrável em múltiplas fontes, é levado ao paroxismo e serve de explicação absolutamente falsa, derivada de preconceitos típicos visíveis na sociedade brasileira. As redações geniais e os textos sem erros apreciáveis jamais são midiatizados. U