Satiagraha: Ainda o caso do banqueiro bandido e condenado


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau, nega recurso de Daniel Dantas e decide que Fausto De Sanctis fica

O juiz Fausto De Sanctis permanecerá à frente das ações da Operação Satiagraha, que investiga os crimes financeiros do empresário Daniel Dantas. A decisão, tomada nesta quinta 25, é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Eros Grau.

No início do mês, o banqueiro recorreu ao STF contra a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que cassou a liminar concedida pelo ministro Esteves Lima que paralisaria os processos decorrentes da Satiagraha. Iniciada há dois anos, a operação da Polícia Federal investigava os crimes financeiros que teriam sido praticados pelos donos do Grupo Opportunity.

O ministro Esteves Lima, em dezembro passado, aceitava a tese que colocava em suspeição a atuação do juiz De Sanctis e interrompiatodas as ações penais abertas contra Dantas, o que resultaria num golpe mortal à Operação Satiagraha.

Eros Grau escreveu agora em sua decisão: "Tal e qual sublinhado no acórdão do Superior Tribunal de Justiça, a exceção de suspeição resulta de relação subjetiva instalada entre magistrado e partes. A complexidade da questão e a impossibilidade de cotejo, em sede de medida cautelar, das razões da impetração com os elementos constantes dos autos (compostos de aproximadamente duas mil laudas) recomendam o indeferimento da liminar".

Agora, o recurso da defesa de Dantas vai para o Ministério Público Federal e depois será submetido ao plenário do STF.

A Agência Brasil lembra em seu site hoje que "na denúncia apresentada ao TRF-3, em São Paulo, o Ministério Público sustenta que Dantas, sua irmã, Verônica Dantas, e o presidente do Banco Opportunity, Dório Ferman, constituíram ‘um verdadeiro grupo criminoso empresarial, cuja característica mais marcante fora transpor métodos empresariais para a perpetração de crimes, notadamente delitos contra o sistema financeiro, de corrupção ativa e de lavagem de recursos ilícitos’".

O grupo em questão acaba de receber mais um golpe, De Sanctis sai fortalecido do processo.

Fonte: CartaCapital

Comentários: Não é novidade para ninguém que o semanário CartaCapital, sob a austera direção do ímpar Jornalista Mino Carta (proprietário da revista), segue uma linha editorial diferenciada em relação à mediocridade vigente na imprensa nativa.
Além da matéria retro citada, dentre outras, merecem atenção também, as abaixo assinaladas:


Em tempo: em editorial da edição passada de Carta Capital (uma revista "chatinha", diriam os parvos), Mino Carta fez um crítica contundente ao recuo incondicional, sob sua ótica, do PNDH3 (Programa Nacional de Direitos Humanos - revisão III), vaticinando:

"... O Programa não nasceu de parto feliz. De saída, já em janeiro passado, surgiu o confronto sobre a lei da Anistia, 'imposta pela ditadura e, portanto inaceitável por um regime democrático, desde que autêntico e a vigorar em benefício de todos'.

Vale recordar algo mais, além de Vittorio Gassmann - em filme de várias décadas atrás em que levava à telona um pugilista sonado, aturdido por saraivadas de golpes e já aposentado, fixava os olhos no vácuo e repetia com voz arrastada: 'Só contento' (estou contente).

O ministro da defesa(?), Nelson Jobim, pronto a envergar o uniforme militar de campanha e a propor sua demissão se do texto do Programa não fosse retirada a referência à repressão política pratica pela ditadura.

  • Coment meu: Mas que revistinha chata essa, não? Como ousa discordar da dita minoria, com complexos de maioria?
Atendido imediatamente pelo próprio presidente da República, de sorte a evitar a mais tênue sensação de que o propósito seria punir os torturadores de antanho.

Colhemos agora, ante o revés do ministro Vannuchi, a oportunidade de repetir quanto dizíamos em janeiro deste ano:

  • 'Estamos é muito atrasados. Tíbios e assustadiços (os quais conhecemos bem, aparte meu), prisioneiros de inflexões, vezos, temores muito antigos, totalmente passadistas, anacrônicos, às vezes hipócritas e sempre inadequados ao nosso tempo'.

Não por acaso que alguns algozes da ditadura são hoje nomes de logradouros públicos. O ponto máximo é aquele da
Chuiça (a Sum Paulo dos demotucanalhas, aparte meu) que celebra Sérgio Paranhos Fleury, mestre em tortura. Mas temos de ser cautelosos, não é mesmo?

E se a milicalha enfurecida decidir partir para mais uma das suas inauditas propotências com o indispensável aval dos eternos donos do poder? A "sociedade", diria o Estadão dos mesquitas
(favor não confundir com as mesquitas, aparte meu).

Até pare que o risco é plausível, a se levar em conta o triste fim do Programa, a aceitável imitação do pugilista sonado entregue agora ao desempenho do ministro Vannuchi, o tom dos jornalões.

CartaCapital acredita que um pouco mais de ousadia, de destemor, de peito, se quiserem, ou, por outra, de ponderação, de senso comum, de inteligência, bastaria para levar a bom termo certas questões.

(...) Escreveu um impávido leitor, em comentário no sítio do semanário, que "Battisti fora condenado pelo stablishment italiano e que CartaCapital porta-se igual à mídia nativa (no tocante). A qual apresenta Dilma Roussef como ex-terrorista.

  • {Engraçado - para não dizer tragicõmico - que tem muitos parvos, internet a dentro, pensa(?) tal qual o "impávido" comentarista retro citado, aparte meu.}
Pois a gente se esforça para demonstrar que não há a mais esmaecida, remotíssima semelhança entre dilma e Battisti.
 
E finaliza seu editorial: "Quanto ao stablishment (há muito não lia ou ouvia esta palavra) parece que o douto missivista estaria inclinado a incluir na área Aldo Moro e Enrico Berlinguer."

 
PANO RÁPIDO: Mas que revistinha chata, não é mesmo?

Ousar dizer verdades que (in)Veja, por laços carnais de origem oligárquica, quiça até mafiosa, não se permitiria sequer aventar.

No máximo, cabe à última flor do fáscio, tolerada por brazucas desinformados, interpretar o papel secundário de condicionar a leigos e incautos leitores o conformismo de dividir os lençois de um certo "berço esplêndido".


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