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Economia: O custo da demissão no Brasil

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Textos para Discussão FIPE Nº 05 O CUSTO DA DEMISSÃO NO BRASIL Mas sabemos que, no Brasil, a rotatividade da mão-de-obra é grande "Aumentar a produtividade do trabalho,  através da racionalização e aperfeiçoamento tecnológico,  não deixa de ser um sistema semi-escravista,  pois o trabalhador cada vez se empobrece mais  enquanto produz mais riquezas,  tornando-o uma mercadoria ainda mais vil  que as mercadorias por ele criadas" (K. Marx) Por Hélio Zylberstajn* E m todos os países , de alguma forma a legislação e/ou a negociação tentam conciliar os interesses do trabalho e do capital na questão da demissão. Os mecanismos são os mais diversos e vão desde o aviso prévio; passam pela indenização na demissão e, em muitos casos, chegam a restrições mais rígidas ou mais flexíveis sobre a própria liberdade de demitir. Em muitos países os empresários precisam negociar e justificar demissões, seja com o sindicato, seja com o governo.  No Brasil, os empresários têm liberdade para

Economia: Furar o público com uma enorme fatura da crise

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(Sticking the Public with the Bill for the Bankers' Crisis) "A história é um bom lembrete de que a história é moldada por decisões humanas, não por leis naturais" (Naomi Klein) Por Naomi Klein (livre tradução) Minha cidade parece uma cena do crime e os criminosos estão derretendo noite adentro, fugindo do local. Não, eu não estou falando sobre os garotos de preto, que quebraram janelas e queimaram carros da polícia no sábado. Eu estou falando sobre os chefes de Estado que, na noite de domingo, quebraram as redes de segurança social e queimaram bons empregos no meio de uma recessão. Confrontado com os efeitos de uma crise criada pelos estratos mais ricos e privilegiados do mundo, eles decidiram manter as pessoas mais pobres e mais vulneráveis em seus países com a conta. De que outra forma podemos interpretar comunicado final do G20, que inclui ainda um imposto não desprezível sobre os bancos ou financeiras, mas instrui os governos para reduzir o seu déficit par

Economia Internacional: Crise à Grega ou que agrega?

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Um início de mandato complicado Foto Ilustração: Caminhos O segundo semestre de 2010 começa com uma brusca mudança de cenário. A crise grega deixou de ser grega e passou a ser a metáfora da grande crise de endividamento das economias avançadas que sempre esteve na raiz dos problemas globais desde 2008. O resultado é que as dúvidas em relação aos efeitos das políticas de ajuste sobre o crescimento mundial, os problemas dos bancos europeus, o impacto da reforma regulatória americana sobre a recomposição do crédito e as evidências de que os EUA ainda estão muito dependentes dos estímulos tornaram mais turvos os cenários para os próximos anos. São vários os caminhos que um eventual segundo mergulho na atividade econômica global pode seguir para atingir o Brasil. Caso a desaceleração do PIB mundial e a do comércio se prolonguem até 2011, o resultado será uma eventual moderação nos preços de exportação e uma queda nas entradas de recursos, necessárias para financiar o crescente rombo ext

Questão Social: Não há liberdade na miséria

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O necessário resgate dos diritos sociais Tela: Menino - Portinari Por José Luiz Quadros de Magalhães P ara nós, no Brasil, que não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadãos é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da

Com Ciência: A educação frente à economia do conhecimento

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Artigos       A educação frente à economia do conhecimento (1) "O diploma de curso superior pendurado na parede,  e o cérebro recheado de hambúrgueres e chocolates.  Eis o mito incutido em mentes frívolas, cujas sociedades entorpecidas pelo consumo  e pelo supérfluo estimulam e valorizam"   (Tato de Macedo - Editor do ordinário CT )    Por Ladislau Dowbor E stamos evoluindo rapidamente da economia fabril para a economia do conhecimento. No centro da formação do valor dos bens e serviços hoje produzidos, está o conhecimento incorporado. A educação, que tem no conhecimento a sua matéria-prima, está hoje cada vez mais perto do furacão de mudanças tecnológicas, mas se aferra teimosamente ao passado, ao conhecimento fatiado em disciplinas, à segurança da sala de aula, do giz e do quadro negro, ao diploma como título de nobreza , enquanto explodem no mundo o conhecimento online generalizado, que o torna acessível na sua virtual totalidade e em qualquer ponto do planeta, ainda

Economia: O milagre da multiplicação

Palestra do IMB na FGV-SP/AIESEC em 23 de outubro de 2008. Tema: A crise do crédito, suas origens e desdobramentos. Mas, Qual o impacto da queda do preço do petróleo? Daniel Yergin é um importante analista do mercado de energia , chairman da Cambridge Energy Research Associates (CERA) e ganhador de um prêmio Pulitzer pelo seu livro The Prize: the Epic Quest for Oil, Money, and Power. Em um artigo publicado recentemente no Financial Times, Yergin aborda questões relevantes sobre as conseqüências econômicas e políticas da queda do preço do petróleo. 1 - Os preços do petróleo são um barômetro da economia mundial. O aumento dos preços entre 2003 e 2007 refletiu o maior crescimento econômico global em uma geração. Este elevado crescimento econômico chegou ao fim não só pela subavaliação de risco, excesso de liquidez e excesso de confiança, mas também por um insustentável boom de commodities, do qual o petróleo era uma parte crucial. Agora, como o mundo caiu em recessão, os preços d