Mensalão: Parasitas condenados, restam os Tubarões

STF rejeita tese do "" e confirma existência do Mensalão 
 Tese capital em defesa dos "bandidos da democracia", de que recursos do valerioduto apenas abasteceram caixa eleitoral, caiu por terra. 

A luz do sol ainda é o melhor desinfetante 
(Louis Brandeis - Juiz norte-americano)

Direto da Casa Grande

Com os votos proferidos na tarde desta segunda-feira (01), o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a tese de que o mensalão não teria passado de um simples e inocente esquema de caixa 2 eleitoral. 

A justificativa dos gastos de campanha “não contabilizados” foi usada à exaustão pela cúpula petista e pelos ferozes porta-vozes na dita "mídia progressista", do então presidente "nada vi, nada sei" Sua Exa. Luíz Inácio Lula da Silva () para explicar os inexplicáveis pagamentos feitos a parlamentares da base aliada com dinheiro devidamente lavado pelas empresas do publicitário Marcos Valério, lobbysta de longa data que gozava livre trânsito no governo extremo-centrista.

O STF, majoritariamente, descartou a justificativa petista. Embora o destino do dinheiro do valerioduto não esteja em julgamento e, portanto, a posição do Supremo não tenha valor formal, a maioria dos ministros explicitou em seus votos que o esquema tinha como objetivo cooptar parlamentares de diversos partidos para votar a favor do governo no Congresso Nacional. 

A compra de votos parlamentares com dinheiro do valerioduto inspirou o ex-deputado, delator e corrupto confesso, Roberto Jefferson (Bob Jeff) a cunhar o termo “mensalão”.  Já se pronunciaram oficialmente contra a tese de "caixa 2" os ministros Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e o presidente da Corte, Ayres Britto. Um dos ministros chegou até mesmo a colocar em dúvida a "validade legal das decisões legislativas tomadas mediante suposto pagamento de propina a parlamentares".

Um outro ministro foi extremamente duro e criticou a compra de apoio político da base do governo Lula. Ele citou que os partidos lutam “com unhas e dentes” por recursos do fundo partidário e que, por essa disputa, seria difícil acreditar na tese de que partidos ajudem outras legendas. 
  • “Essa corrupção não visou simplesmente cobrir deficiências de caixa dos diversos partidos envolvidos na espécie, mas sim a base de sustentação para aprovar --sofrendo com isso a própria sociedade brasileira-- determinadas reformas”, afirmou o ministro em referência às reformas tributária e da previdência.
Na mesma linha, o Ministro relator do mensalão, futuro Presidente do Supremo, Dr. Joaquim Barbosa (foto à esquerda), declarou que a tese de caixa 2 era igualmente insustentável. O argumento de que o dinheiro proveniente do valerioduto tinha como objetivo pagar despesas de campanha não contabilizadas de partidos aliados ao PT foi o pilar de toda a estratégia de defesa legal e política no auge do escândalo, difundida desavergonhadamente pelo PIG - Partido da Imprensa Governista ().

Toda a guarda pretoriana dos mensaleiros, composta por mais de uma centena de advogados dos acusados, usaram a malograda tese de caixa 2 como argumento fundamental em suas estratégias de defesa. Na esfera política, a versão ajudou inicialmente a blindar os caciques petistas, trasnferindo toda a culpa ao então tesoureiro Delúbio Soares, e, principalmente, serviu como argumento político na campanha pela reeleição de Lula, em 2006. Ao que parece, Lula foi um excelente aluno de FHC nesta artemanha.

Fato é que o próprio ex-presidente, em entrevista concedida em Paris, no auge do escândalo, confessou o suposto caixa 2 e em pronunciamento à nação se disse "traído por companheiros de partido" que teriam criado o esquema à sua revelia (nada vi, nada sei). Graças à tese do caixa dois foi impossível criar uma conexão direta entre o Palácio do Planalto e os saques e repasses feitos a parlamentares e líderes partidários.
  •  “Vamos aguardar a conclusão do julgamento mas por enquanto se confirma o que o Ministério Público sempre sustentou de que a tese de defesa do caixa 2 não se sustentava e não tinha nenhum respaldo nos autos”, disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Este vulgar, mequetrefe e cavernoso blog (mas limpinho, frise-se) também procurou Lula e o @PTNacional para comentar as condenações proferidas pelo STF, mas até o momento não obteve nenhuma resposta.
Deduz-se daí que os governistas não queiram abrir mão da "herança bendita" de Lula. Compreensível.

Fonte: PiG 

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