STF: Barbosa chama Gilmar às falas, e com razão.
Assista ao trecho da sessão em que o ministro Joaquim Barbosa chama o supremo do Supremo, Gilmar Dantas, às falas e com toda a razão:
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* Onde se lê "vossa excelência", entenda-se "vossa excrescência".
Segundo a agência Estado:
Nos bastidores, Mendes é criticado no STF e no CNJO presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, falhou no teste de líder político do Poder Judiciário. O bate-boca na sessão desta quarta-feira com o ministro Joaquim Barbosa foi o mais grave exemplo da insatisfação que reverberava nos bastidores do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Truculento”, “estrela”, “exibido”, “grosseiro”, “pop star” e “brucutu” são alguns dos adjetivos que alguns ministros e integrantes do CNJ usam para se referir a Gilmar Dantas (segundo Noblat-blá-blá).
No STF, a reclamação principal é de que o presidente avocou para si uma posição de "líder intelectual e político" num tribunal em que os ministros são iguais.
Resumiu um ministro: Mendes age como presidencialista numa Casa que é parlamentarista. Nessa postura de liderança, avaliam alguns ministros, ele acabou por abrir diversas frentes de confronto, rivalizou com os demais Poderes e deixou o tribunal suscetível a críticas de todos os lados.
Ao mesmo tempo, Mendes comprou briga com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal, o Ministério Público e juízes de primeira instância, após a Operação Satiagraha, que levou Daniel Dantas à prisão, com concessão absurda e inconstitucional de dois hábeas corpus seguidos em menos 24 horas e, mais recentemente, com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“Quem fala o que quer ouve o que não quer”, foi o desabafo feito anteontem por um membro do Ministério Público Federal, depois do bate-boca, conforme relato apurado pelo "Estado" junto a ministros do STF.
Além disso, ministros e integrantes do CNJ vinham reclamando do tratamento dispensado por Dantas, digo Mendes, nas sessões. A crítica é de que o ministro trata os colegas com descaso, em alguns casos de forma desrespeitosa. As consequências dessa forma de agir aparecem nas sessões e nas votações.
Em março deste ano, por exemplo, uma proposta de Dantas, digo, Mendes, por pouco não foi derrotada no plenário do CNJ. O ministro queria aprovar uma recomendação para que os juízes priorizassem julgamentos de conflitos agrários, uma forma de tentar coibir as invasões de terra pelo MST. Mas o ministro não apresentou previamente a proposta ou negociou com os colegas.
Alguns conselheiros viram uma tentativa de Dantas, digo Mendes, de “enfiar goela abaixo” o texto. O resultado dessa postura foi um empate numa votação que parecia simples. Sete conselheiros votaram favoravelmente à recomendação. Outros sete se manifestaram contra. Para evitar uma derrota política num assunto sem qualquer efeito prático, o corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp, deu o voto de desempate em favor de Dantas, digo Mendes, é claro.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo", faz sentido.
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