Pense nisso

É na persistência de um homem que se pode medir a sua bravura. De hoje em diante reconhecerei que, cada dia, sou testado pela vida para medir minha bravura.
Se persisto, se continuo a investir, serei bem sucedido. Sempre darei um passo à frente.
Se este não resultar em nada, darei outro e mais outro.
Persistirei até vencer.
Ignorarei os obstáculos sob meus pés e manterei meus olhos firmes nos objetivos acima de minha cabeça, pois sei que onde um deserto árido termina, a grama verde nasce.
Persistirei com o conhecimento de que cada fracasso aumentará minha oportunidade de êxito na tentativa seguinte.
Do livro:

É um livro para a hora presente e para os anos futuros, um livro para ser consultado sempre e sempre, como a um amigo, um livro de orientação moral, espiritual e ética, uma inesgotável fonte de conforto e inspiração.”
Trecho: "Tem-se repetido pela terra que o senhor é um grande vendedor.O mundo jamais viu um império comercial tão grande como o que o senhor construiu com o domínio da arte de vender. Minha ambição é tornar-me maior que o senhor, o maior mercador, o homem mais rico, o maior vendedor de todo o mundo!
Pathros recuou e estudou aquele rosto jovem e escuro. O cheiro dos animais estava em suas roupas, mas o jovem demonstrava pouca humildade nas maneiras.
– E o que fará com essa grande riqueza e espantoso poder que certamente o acompanharão?
– Farei como o senhor. Minha família será provida com os melhores bens mundanos, e o resto dividirei com aqueles em privação.
Pathros balançou a cabeça.
– Riqueza, meu filho, não devia nunca ser seu grande sonho.
Suas palavras são eloqüentes, mas são meras palavras. A verdadeira riqueza é a do coração, não a da bolsa.
Hafid hesitou.
– Não é o senhor rico, meu amo?
O ancião sorriu da ousadia de Hafid.
– Hafid, no que toca à riqueza material, há apenas uma diferença entre mim e o mais baixo mendigo que ronda o palácio de Herodes. O mendigo pensa apenas em seu próximo prato de comida e eu penso apenas naquele que será o meu último prato de comida.
Não, meu filho, não aspire a riqueza e ao trabalho apenas para ser rico. Esforce-se, em vez disso, pela felicidade, para ser amado e amar, e, mais importante, para adquirir paz de espírito e serenidade.
Hafid persistia:
- Mas essas coisas são impossíveis sem ouro. Quem pode viver, na pobreza, com paz de espírito? Como se pode demonstrar amor por uma família se se é incapaz de alimentá-la, vesti-la e dar-lhe casa para morar? O senhor mesmo diz que a riqueza é boa quando traz alegria aos outros. Por que então não é boa para a minha ambição de ser rico?
A pobreza pode ser um privilégio e até uma maneira de vida para o monge no deserto, pois ele tem apenas a si mesmo para sustentar e ninguém, senão a seu Deus, para agradar, mas eu a considero como a marca de uma falta de capacidade ou de ambição. Eu não sou deficiente
em nenhuma dessas qualidades.
em nenhuma dessas qualidades.
Pathros franziu a testa:
– O que lhe causou este súbito acesso de ambição? Você fala em prover uma família, mas não tem família alguma, pois fui eu que o adotei, desde a peste que levou seus pais.
A pele bronzeada de Hafid não pôde esconder-lhe o súbito rubor das faces. Enquanto acampamos em Hebrom, antes de viajarmos para cá, eu conheci a filha de Calneh. Ela... ela...
– Oh, oh, agora a verdade aparece. O amor, não nobres ideais, fez de meu guardador de camelos um poderoso soldado pronto a enfrentar o mundo. Calneh é homem muito rico. Sua filha e um guardador de camelos? Nunca! Mas sua filha e um rico, jovem e simpático mercador... ah, essa é outra história.
Muito bem, meu jovem soldado, eu o ajudarei a iniciar a sua carreira de vendedor.
O rapaz caiu de joelhos e agarrou-se às vestes de Pathros.
– Senhor, senhor! Como posso mostrar-lhe minha gratidão?
Pathros esquivou-se do aperto de Hafid e recuou.
– Eu sugeriria que suspendesse sua gratidão por enquanto. Qualquer ajuda que lhe dê será como um grão de areia comparado às montanhas que você deve mover em seu próprio benefício.
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