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Finados: Uma visita ao túmulo da Ética

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Psilacaníase                                                                                                H oje, dia de Finados , certamente, milhões de pessoas vão ao encontro de seus antepassados enterrados em solo profundo. Levam-lhos, em morte, o que, em vida, foram incapazes de dar: tempo, atenção, flores . Uns dizem se tratar de um "reecontro", não se sabe se com o além ou consigo mesmos. Outros dizem se tratar de convenções sociais necessárias para a perpetuação de um tal "sentido da vida": um modo deveras sui generis de expiar suas culpas. Alguns ainda, o vão na vã tentativa de preencher a lacuna daqueles que, desta para melhor passaram, lhes fazem. Não há que se condenar nenhum deles, pelo contrário: há de se compreendê-los. Entretanto, não será da culpa , mas sim da falta que se ora pressupõe. Crê-se que, nos tempos atuais, urge visitar a Ética em seu túmulo com os mesmos (e precisos) sentimentos retro citados. Para tanto, não há porquê utilizar de

Economia: Desenvolvimento simbólico, imaginário ou real?

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Gestão Econômica                                                                      Desenvolvimento simbólico, imaginário ou real? "As ideias nada podem realizar. Para realizar as ideias  são necessários homens que ponham a funcionar  uma força prática" (K. Marx - O Capital) S eja no campo empresarial , social, econômico ou comportamental, mais do que uma resposta aos problemas, o desenvolvimento deve ser, na realidade, um processo de criação de problemas. Resolve-se um e de sua solução emergem outros dois que, na medida em que são superados, criam outros quatros, e assim sucessivamente. É sabido que quanto maior a árvore, maior o tombo. Quanto mais se atinge o ápice, mais difícil é ali permanecer. É o chamado paradoxo da descontinuidade proposto por Lacan , psicanalista francês que deu à psicanálise um formato, uma estrutura e um método de investigação, arrancando-a do campo da especulação metafísica e colocando-a no seu lugar originalmente proposto por seu criador,

Psilacanisè: Télévision par Jacques Lacan

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télévision et le regard subversif par Jacques lacan Télévision 1 Enviado por Paroles_des_Jours . - Videos Independentes "Negar o empréstimo da vida de modo a evitar o débito da morte" (OTTO RANK) Jacques Lacan JACQUES LACA N (1901-1981) é a figura mais discutida da psicanálise contemporânea. S o ube, como nenhum outro, articular a psicanálise a diferentes campos do saber, como arte, literatura ciência e filosofia. A Zahar é responsável pela publicação da obra do autor no Brasil. Livros do Mestre da Psicanálise: Os Complexos Familiares na formação do indivíduo Jacques Lacan Coleção Campo Freudiano no Brasil O mito individual do neurótico Jacques Lacan Coleção Campo Freudiano no Brasil - série Paradoxos de Lacan A Querela dos Diagnósticos Jacques Lacan e outros Coleção Campo Freudiano no Brasil O Seminário, livro 11 Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise Jacques Lacan Coleção Campo Freudiano no Brasil O Seminário, livro 23 O si

A Coisa e a Lei

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VI - DA LEI MORAL "Nem tudo que é moral, necessariamente está legal. Mas tudo que é legal deveria ser, obrigatoriamente, moral" (Dalmo de Abreu Dallari - Jurista) Mandemos entrar o simplório, façamo-lo sentar-se na primeira fila e perguntemos a ele o que Lacan quer dizer. O simplório levanta-se, vem ao quadro e explica - Lacan nos fala desde o início do ano de das Ding nos seguintes termos - ele o coloca no âmago de um mundo subjetivo que é aquele cuja economia, segundo Freud, ele nos descreve há anos. Esse mundo subjetivo define assim - o significante, misturando suas referências com as possibilidades de orientação que seu funcionamento de organismo natural de ser vivo lhe confere. (...) Entendam bem isto - Kant convida-nos, quando consideramos a máxima que regula nossa ação, a considerá-la por um instante como a lei de uma natureza na qual seríamos convocados a viver. E esse, parece-lhe, o aparelho que nos fará repelir com horror essa ou aquela das máximas às qu

Sobre o Desejo

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“Não são todos os dias que se encontra o que é feito  para lhe dar a imagem exata do seu desejo”    (Lacan, Seminário, I, 163) Por Roland Barthes E ncontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo.  Foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras), para que eu encontrasse a Imagem que, entre mil, convém ao meu desejo. Eis um grande enigma do qual nunca terei a solução: Por que desejo Esse? Por que o desejo por tanto tempo, languidamente? É ele inteiro que desejo (uma silhueta, uma forma, uma aparência)? Ou é apenas uma parte desse corpo? E nesse caso, o que, nesse corpo amado, tem tendência de fetiche em mim?  Que porção, talvez incrivelmente pequena, que acidente? O corte de uma unha, um dente um pouquinho quebrado obliquamente, uma mecha, uma maneira de fumar afastando os dedos para falar? De