Economia: Desenvolvimento simbólico, imaginário ou real?
Gestão Econômica
Desenvolvimento simbólico, imaginário ou real?
"As ideias nada podem realizar. Para realizar as ideias
são necessários homens que ponham a funcionar
uma força prática"
uma força prática"
(K. Marx - O Capital)
Seja no campo empresarial, social, econômico ou comportamental, mais do que uma resposta aos problemas, o desenvolvimento deve ser, na realidade, um processo de criação de problemas. Resolve-se um e de sua solução emergem outros dois que, na medida em que são superados, criam outros quatros, e assim sucessivamente.
É sabido que quanto maior a árvore, maior o tombo. Quanto mais se atinge o ápice, mais difícil é ali permanecer. É o chamado paradoxo da descontinuidade proposto por Lacan, psicanalista francês que deu à psicanálise um formato, uma estrutura e um método de investigação, arrancando-a do campo da especulação metafísica e colocando-a no seu lugar originalmente proposto por seu criador, Freud: o da ciência, a partir da concepção de que há, inevitavelmente, três estruturas interligadas, quais sejam o Real, o Imaginário e o Simbólico - proposição central de sua teoria que sedimentam o comportamento, ditam os valores e explicam as atitudes.
Dito isto, apenas para ilustrar, pois por ora interessa reconhecer que a continuidade do crescimento, seja ele pessoal, social, econômico ou organizacional pressupõe necessariamente, a capacidade de enxergar os novos problemas que estão sendo criados e dimensionar meios e modos de enfrentá-los.
Custa caro fazer saber a muitos que, apesar dos maus agouros de certas zélites nativas, sobretudo a plutocracia provinciana paulista, o Brasil do "molusco analfabeto" vive, hoje, um processo de crescimento acelerado, constante e robusto como nunca antes visto nas séries históricas pesquisadas - até mesmo por cânones das academias mais conceituadas do mundo.
Confortante saber mais, dentre as conquistas verificadas na primeira década do terceiro milênio, ao contrário da última do anterior, vale destacar o que, recentemente, celebrados analistas informaram. O PIB do 1º trim. de 2.010 cresceu 12,6% em relação ao mesmo período em 2.009. Sim, alguém mais atento contestaria o fato (inegável) que tal resultado só foi possível por estar assentado sobre o índice de crescimento do 1º trim do ano passado, por conta da crise financeira que se abateu às economias globalizadas, é lógico.
Porém, nem mesmo o menos entusiasmado com o expressivo resultado alcançado por nossa economia deixa de vê-lo como um feito extraordinário. Para se ter uma ideia do que representa, se confirmado, terá sido superior, por analogia exemplar, ao crescimento Chinês, de 11,2%, comparando os mesmos períodos, pasmem.
Entretanto, acautelai vossa euforia: se servir de consolo à turma do amendoim(*) saibam estes que, dentre os BRIC's, só perderemos para a Índia, que cresceu 13,4%.
Sim, sorria! O Brasil está sendo filmado; ficaremos apenas com a medalha de prata na Copa do Mundo do Crescimento Econômico, no primeiro trimestre. Que horror, diriam os sabujos.
(*) Turma do amendoim - designa a torcida palmeirense que só vai ao estádio achincalhar o time e comer amendoim. Qualquer semelhança com a mídia nativa, é mera coincidência (sic).
É sabido que quanto maior a árvore, maior o tombo. Quanto mais se atinge o ápice, mais difícil é ali permanecer. É o chamado paradoxo da descontinuidade proposto por Lacan, psicanalista francês que deu à psicanálise um formato, uma estrutura e um método de investigação, arrancando-a do campo da especulação metafísica e colocando-a no seu lugar originalmente proposto por seu criador, Freud: o da ciência, a partir da concepção de que há, inevitavelmente, três estruturas interligadas, quais sejam o Real, o Imaginário e o Simbólico - proposição central de sua teoria que sedimentam o comportamento, ditam os valores e explicam as atitudes.
Dito isto, apenas para ilustrar, pois por ora interessa reconhecer que a continuidade do crescimento, seja ele pessoal, social, econômico ou organizacional pressupõe necessariamente, a capacidade de enxergar os novos problemas que estão sendo criados e dimensionar meios e modos de enfrentá-los.
Custa caro fazer saber a muitos que, apesar dos maus agouros de certas zélites nativas, sobretudo a plutocracia provinciana paulista, o Brasil do "molusco analfabeto" vive, hoje, um processo de crescimento acelerado, constante e robusto como nunca antes visto nas séries históricas pesquisadas - até mesmo por cânones das academias mais conceituadas do mundo.
Confortante saber mais, dentre as conquistas verificadas na primeira década do terceiro milênio, ao contrário da última do anterior, vale destacar o que, recentemente, celebrados analistas informaram. O PIB do 1º trim. de 2.010 cresceu 12,6% em relação ao mesmo período em 2.009. Sim, alguém mais atento contestaria o fato (inegável) que tal resultado só foi possível por estar assentado sobre o índice de crescimento do 1º trim do ano passado, por conta da crise financeira que se abateu às economias globalizadas, é lógico.
Porém, nem mesmo o menos entusiasmado com o expressivo resultado alcançado por nossa economia deixa de vê-lo como um feito extraordinário. Para se ter uma ideia do que representa, se confirmado, terá sido superior, por analogia exemplar, ao crescimento Chinês, de 11,2%, comparando os mesmos períodos, pasmem.
Entretanto, acautelai vossa euforia: se servir de consolo à turma do amendoim(*) saibam estes que, dentre os BRIC's, só perderemos para a Índia, que cresceu 13,4%.
Sim, sorria! O Brasil está sendo filmado; ficaremos apenas com a medalha de prata na Copa do Mundo do Crescimento Econômico, no primeiro trimestre. Que horror, diriam os sabujos.
(*) Turma do amendoim - designa a torcida palmeirense que só vai ao estádio achincalhar o time e comer amendoim. Qualquer semelhança com a mídia nativa, é mera coincidência (sic).
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