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"Super" Tucano vence uma

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O avião de combate leve Super Tucano, fabricado pela Embraer, foi anunciado como vencedor do programa americano LAS (Light Air Support), que prevê a compra de 20 aeronaves  para missões de  treinamento avançado de pilotos e  operações de contrainsurgência no Afeganistão. A decisão da Força Aérea norte-americana foi anunciada hoje em comunicado enviado pela Embraer. O contrato, segundo a Embraer, está avaliado em US$ 355 milhões e também inclui o fornecimento de apoio terrestre para treinamento de pilotos, manutenção e outros serviços. A Embraer disputou o fornecimento dos aviões em parceria com a empresa americana Sierra Nevada Corporation, em atendimento à legislação americana, que também exige a instalação de uma linha de fabricação das aeronaves nos EUA. A empresa americana Hawker Beechcraft, que disputou o programa LAS em parceria com a Lockheed Martin, foi desclassificada da concorrência. Inconformada com a sua eliminação da concorrência, a Hawker Beechcraft divul

Um (in)certo conceito de maçã

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Giovanni Domenico Cerrini, Il ratto d' Europa Literatura, filosofia, ciência: hoje, as nossas ferramentas para compreender o mundo desenvolvem-se separadamente, lamenta o intelectual e humanista. No entanto, a cultura é o que nos salva, especialmente na Europa. Excertos. N ietzsche, Heráclito e Dante são os heróis do seu novo livro, Poetry of thought [Poesia do pensamento], mas vão ter de ficar para depois. George Steiner recebe-nos em casa, em Cambridge, numa confidencialidade divertida, entre uma fatia de bolo e um café. Nos primeiros dias do Eurostar, propôs que se desse um shilling ao primeiro garoto que visse um peixe no Túnel da Mancha. "Os pais ficaram aterrorizados!", goza o professor de Literatura Comparada. É essa mistura de malícia e erudição, inteligência e simpatia, que caracteriza George Steiner. Nascido em 1929 em Paris, de mãe vienense e de um pai tcheco que teve a presciência do horror nazi, este mestre da leitura poliglota decifrou Homero e Cí

Belluzzo: Clássico da economia

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 A obra de Keynes, que atravessa o tempo, propõe a “ação jurídica e política do Estado” contra os efeitos negativos do darwinismo social.    "O amor ao deus [dinheiro] pode-se transformar  num tormento para o homem moderno" (Sir John Maynard Keynes) Por Luiz Gonzaga Belluzzo M ais do que um economista , Keynes era um publicista, um homem que pretendia falar em nome do interesse público e que acreditava no poder de persuasão das ideias. Para Maynard – assim o chamavam os discípulos de Cambridge –, o estudo da economia – uma ciência moral – só valia a pena como um meio para a realização dos valores que a sociedade moderna promete, mas não entrega aos cidadãos. Publicado em 1930 na revista Nation and Atheneum e republicado em 1931 nos Essays in Persuasion, o artigo As Possibilidades Econômicas de Nossos Netos pretendia superar o pessimismo que afligia os tempos da Grande Depressão. Tempos açoitados pela derrocada econômica, pelo desespero social e pela turbação po

Euro: Como explicar a crise às crianças

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Fotograma de "Os três porquinhos", de Walt Disney (1933) “Papai, o que é a crise?”  Em vez de referir termos como taxas de interesse e dívida pública, para responder, um economista sugere que se compare com o célebre conto dos Três Porquinhos e do Lobo Mau. Por Giovanni Majnoni A s crises surpreendem-nos sempre. Talvez o mais surpreendente seja, porém, a semelhança dos comportamentos na sua origem. Repetem-se tantas vezes que a sabedoria popular preservou esse processo sob a forma de fábulas e contos. Se voltássemos a ler com os nossos óculos do presente o célebre conto dos Três porquinhos, encontraríamos as razões por trás da crise do euro: seria, em suma, a crise euro contada às crianças. O conto apresenta uma metáfora evidente da crise – o lobo mau – e das suas causas – o comportamento dos três little pigs [PIGS, “porcos” mas também acrônimo de Portugal, Itália, Grécia, Espanha, os países menos virtuosos da zona euro]. Mas está repleto de aspectos sutis e a sua moral

Livros: O Jogo das Regras - Guido Rossi

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Crise da zona euro   A tecnocracia não é o caminho Os governos de “especialistas” propostos para Itália e para a Grécia podem ser bons a tomar decisões de emergência, mas aumentam a desconfiança dos cidadãos europeus na democracia cada vez mais indireta. Para o evitar, os políticos têm de assumir o seu papel. “O Estado é o mais frio de todos os monstros.  Mantém-se friamente; da sua boca sai esta mentira:  Eu, o Estado, sou o povo” (Friedrich Nietzsche) Por Guido Rossi A proposta – já rejeitada – do demissionário primeiro-ministro grego George Papandreu para a realização de um referendo sobre as políticas de austeridade impostas pelo Banco Central Europeu  veio definitivamente sublinhar que o verdadeiro problema no que diz respeito ao resgate do euro é mais político do que econômico e que, mais cedo ou mais tarde, vai ser necessário o consenso dos cidadãos europeus.   Infelizmente, os referendos na Europa provaram que os cidadãos de cada Estado se mostram relutantes em

2012: Será o fim?

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Afinal, o homem é finito. Sabemos.  Mas seus sonhos, não.  Sonhemos juntos por um mundo melhor!

"Super": Se os tubarões fossem homens...

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Seriam eles mais gentis com os peixes pequenos? Certamente, se fossem homens, os tubarões, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal.  Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. Naturalmente haveria também muitos cursos nas gaiolas, como não? Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões.  Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a gestão do conhecimento  para compreender que é facultativo - somente aos tubarões - o prazer de deitar preguiçosamente em suas redes de balanços. A aula primordial seria, obviamente, a ética profissional (para não dizer formação moral, algo há muito sepultado cá em terras tupininquins).  Aos peixinhos haver-se-ia de ensinar que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício  voluntário, desabrido e alegre de um peixinho em prol da boa (e mais que merecida) vida dos tubarõ