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Livros: Um pouco mais de desassossego

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 Realidade - Claude Monet "… esse episódio da imaginação a que chamamos realidade." ( Bernardo Soares) H á dois dias que chove e que cai do céu cinzento e frio uma certa chuva, da cor que tem, que aflige a alma. Há dois dias… Estou triste de sentir, e reflito-o à janela ao som da água que pinga e da chuva que cai. Tenho o coração opresso e as recordações transformadas em angústias. Sem sono, nem razão para o ter, há em mim uma grande vontade de dormir. Outrora, quando eu era criança e feliz, vivia numa casa do pátio ao lado a voz de um papagaio verde a cores. Nunca, nos dias de chuva, se lhe entristecia o dizer, e clamava, sem dúvida do abrigo, um qualquer sentimento constante, que pairava na tristeza como um gramofone antecipado. Pensei neste papagaio porque estou triste e a infância longínqua o lembra? Não, pensei nele realmente, porque do pátio fronteiro de agora, uma voz de papagaio grita arrevesadamente. Tudo se me confunde. Quando julgo que recordo, é outra co

Cadernos: A desejada morte do editor

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Editores By José Saramago   V oltaire não tinha agente literário. Não o teve ele nem nenhum escritor do seu tempo e de largos tempos mais. O agente literário simplesmente não existia. O negócio, se assim lhe quisermos chamar, funcionava com dois únicos interlocutores, o autor e o editor. O autor tinha a obra, o editor os meios para publicá-la, nenhum intermediário entre um e outro. Era o tempo da inocência. Não quer isto dizer que o agente literário tenha sido e continue a ser a serpente tentadora nascida para perverter as harmonias de um paraíso que, verdadeiramente, nunca existiu. Porém, direta ou indiretamente, o agente literário foi o ovo posto por uma indústria editorial que havia passado a preocupar-se muito mais com um descobrimento em cadeia de best-sellers que com a publicação e a divulgação de obras de mérito. Os escritores, gente em geral ingênua que facilmente se deixa iludir pelo agente literário do tipo chacal ou tubarão, correm atrás de promessas de vulto

Gestão: Reconhecimento compra pão ?

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Gestão Organizacional                                                                             RECONHECIMENTO NÃO COMPRA PÃO! (*) "Dentre todas as dívidas,  a mais sagrada é a do reconhecimento."  (Benjamin Franklin)     S emana passada postamos, aqui no blog, artigo de autoria de Nádia Tonin ( Psicóloga Organizacional) sob o título "Treinamento: Motivação e a Lei de Ação e Reação" , no qual discorreu de maneira bem sucinta sobre a questão do reconhecimento como elemento fundamental da motivação. Disse ela:   (...) "observando indivíduos e equipes, entendi que a base da motivação é o reconhecimento. É inerente ao perfil do ser humano ser aceito e reconhecido como alguém que faz alguma diferença no meio em que vive". Faz-se oportuno aprofundar nesse palpitante tema, e trazer à tona o que se entende por "reconhecimento" no ambiente organizacional. Para tanto, convém relatar um caso concreto, conhecido como "A Hi

Qual o seu tipo preferido de mulher ?

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Comportamento Os tipos de mulheres na era da informática Fotobobagem: Notewoman Mulher Vírus: Quando você menos espera, se instala em seu apartamento e vai tomando posse de todo o espaço. Se pensar em desinstalá-la, vai perder muitas coisas. Se não pensar, perderá tudo. Mulher Internet: Tem que pagar para ter acesso a ela. Mulher Servidor: Sempre está ocupada nos momentos de maior necessidade. Mulher Windows: Você sabe que tem muitas falhas, mas não pode viver sem ela. Mulher Macintosh: Preciosa, infalível e muito cara, sem compatibilidade com outras. Só 5% dos homens possuem uma. Mulher PowerPoint: Ideal para ser apresentada em festas, convenções, etc. Mulher Excel: Dizem que essa faz muitas coisas, mas você acaba por usar apenas as operações básicas. Mulher Word: Ela tem sempre uma surpresa reservada pra você e não existe ninguém no mundo que lhe consiga compreender totalmente. Mulher DOS: Todos já tiveram um dia, mas ninguém quer agora. Mulher Backup: Você

Prepare-se para ver uma loira de parar o trânsito

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Diário de uma loira motorista 5 de Janeiro Passei no exame de direção! Posso agora dirigir o meu próprio carro, sem ter que ouvir as recomendações dos instrutores, sempre dizendo “por ai é sentido Proibido!”, ” Vamos sair da contra-mão!”,”Olha a velhinha! Freia! Freia!”, e outras coisas do gênero. Nem sei como agüentei esses últimos dois anos e meio… 8 de Janeiro A Auto-Escola fez uma festa de despedida para mim. Os instrutores nem sequer deram aulas. Um deles disse que ia à missa, juro que vi outro com lágrimas nos olhos e todos disseram que iam embebedar-se, para comemorar. Achei simpática a despedida, mas penso que a minha carteira não merecia tal exagero.  12 Janeiro Comprei meu carro, e infelizmente tive que deixá-lo na concessionária para substituir o pára-choque traseiro pois, quando tentei sair, engatei a marcha-ré ao invés da primeira. Deve ser falta de prática. Há uma semana que não dirijo! 14 Janeiro Já tenho o carro. Fiquei tão feliz ao sair da conc

Alto lá: Quem disse que justiça é para fazer justiça ?

Presunção de inocência   Juízes criminais não podem combater criminosos   por Renato de Oliveira Furtado “A Polícia precisa combater o crime com rigor, agindo sempre conforme a Lei e orientada por princípios de cidadania. O Ministério Público deve processar o criminoso sem desbordar para o fundamentalismo acusatório. À Magistratura cabe manter – se serena, sem adotar posição apriorística contra ou a favor, de modo a prestigiar sua exigível neutralidade e independência, pois não há como julgar com isenção tomando partido e ideologizando sua cognição”. (Um Brado à Sociedade – AASP – 07/10/08 ) (Grifo nosso ). De tempos em tempos, aqui e ali, lampejam sinais pelo caminho, sinais de alerta no chão ubertoso, todavia, carrascoso, do Direito Criminal. Sinais estes que nos despertam e nos remetem à reflexão. Pensar o Direito é de fundamental importância ao seu exercício.  “ Mas, pensar livremente, sem peias ou amarras, implica riscos e, não raro, solidão. Pensar criticamente, contra todos

Gestão: Sanguessugas Corporativos

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Artigos Científicos                                                                                           Sanguessuga:   “verme do filo dos anelídeos, da classe dos hirudíneos, que habita as águas doces e tem ventosas com que se liga aos animais a fim de sugar-lhes o sangue  (...) pessoa que explora outra pedindo-lhe constantemente dinheiro; chupa-sangue.” (Dicionário Aurélio). Por Nelson Vieira (*) L embro-me de quando ainda trabalhava como Gerente de Desenvolvimento Organizacional em uma empresa de grande porte com forte atuação nas regiões norte e nordeste do país somando com vários profissionais e executivos oriundos de vários outros estados do Brasil, sobretudo das regiões sul e sudeste. Foi um período muito importante em minha vida, porque tive a oportunidade de trocar experiências ensinando e aprendendo acerca do trabalho, do mundo corporativo com todas as suas riquezas e mazelas, e mesmo da vida cotidiana. Sempre tive uma forte característica de ser bas