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Cinema: A invasão bárbara dos sentimentos

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Resenhas  Trailer - As Invasões Bárbaras Por Bruna Azevedo As invasões bárbaras (2003) é um filme sobre a morte, sobre a vida, a amizade e o amor. Dirigido e com roteiro do canadense Denys Arcand, de O declínio do império americano , a trama, que se passa em Quebec, Canadá, toma forma e se destaca pela emoção que desperta em quem assiste, mesmo passando longe das emoções fáceis. Rémy (Rémy Girard) é um professor universitário, com mais de 50 anos, que sempre teve uma vida em parte tranquila, apesar das várias aventuras amorosas. Casado, pai de dois filhos, amantes e diversos amigos, ele descobre estar com uma doença terminal. O filho, Sébastien (Stéphane Rousseau), a pedido da mãe e contando com a companhia da namorada, parte de Londres ao encontro do pai para compartilhar os momentos que lhes restam. A relação de pai e filho, sempre conturbada e fria –, porque Sébastien não aceita o estilo de vida de Rémy, e vice-versa – transforma-se na medida em que as dores de Rémy se in

SOS Enchentes no Nordeste

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Solidariedade às vítimas das enchentes em Pernambuco e Alagoas “Eles pediram apenas que nos lembrássemos dos pobres, e isso eu tenho procurado fazer com muito cuidado.” (Gálatas 2,10). É com tristeza e indignação que todos nós temos acompanhado, por diversos meios, as notícias sobre a situação das famílias atingidas pelas enchentes nos estados de Pernambuco e Alagoas. Esta situação deve-se ao aumento do nível das águas nas cabeceiras dos rios, situados em Pernambuco, que deságuam na região do Vale do Paraíba, Vale do Mundaú e Vale do Camaragibe. Segundo dados fornecidos pela Cáritas, já são pelo menos 40 mortos e 1.500 desaparecidos, mas a falta de água, de alimentos, de abrigo, dentre outras, atinge mais de 200 mil pessoas nos dois estados. Segundo o padre Eduardo Tadeu, coordenador da Pastoral de Comunicação da Arquidiocese de Maceió, “O que vi meus irmãos é cenário de guerra; ruas que foram completamente destruídas; as casas, levadas pelas águas, ficando somente o chão e o al

Contemporaneidade: Geração "Y" ou Geração "N"?

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"Geração N": estamos criando jovens incapazes? Autor norte-americano critica exagero dos pais em relação ao estímulo positivo dos filhos. O resultado? Uma geração de narcisistas Geração N(Y): jovens que acham que não precisam se esforçar para nada Rob Asghar , ensaísta e articulista norte-americano, aponta em um artigo recente no Huffington Post o surgimento do que ele chama de "geração N", formada por jovens narcisistas. Para ele, os pais norte-americanos, atormentados pela culpa por trabalhar muito ou por optar pelo divórcio, estão criando filhos sem limite algum. Inseguros, eles temem que o filho não goste deles, cedem a qualquer pedido das crianças e celebram toda e qualquer "conquista" do filho - até uma formatura de pré-escola. O resultado é uma geração que se sente no direito de tudo, sem precisar trabalhar duro por nada. Rob cita uma pesquisa desenvolvida em conjunto pela San Diego State University e pela University of South Alabama, que conclui

A notícia e os lobbies poderosos: pensando alto

The Corporation (A Corporação) - Parte 1 de 2 Um dos melhores documentários já produzidos. De excelente qualidade, ele expõe do começo ao fim a verdadeira face das corporações. Ao lado de grandes outros filmes/documentários como "Super Size Me - A Dieta do Palhaço", "Tiros em Columbine", "Fahrenheit 9/11", Earthlings (Terráqueos), V de Vingança, "A Ilha", "Resident Evil" (só para citar alguns), ele se supera a cada momento e, como diria George Orwell, ele diz e mostra a verdade em um tempo de Farsas Universais, portanto é REVOLUCIONÁRIO! E além de tudo isso ele é duplo, recheado de extras e a edição brasileira é de excelente qualidade em todos os aspectos. A narradora deste documentário é um espetáculo à parte e merece uma menção mais do que especial: assistam e verão o porquê! [Documentário dirigido e produzido por Mark Achbar e Jennifer Abbott, baseado em roteiro adaptado por Joel Bakan de seu livro (The Corporation: The Patholo gic

Consumidor: Juros cobrados pelos bancos são 15 vezes maior que a Selic. Viva os banqueiros !

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Juro do cheque especial ainda acima dos 160% Mesmo com queda expressiva, cobrança supera a taxa básica do país em mais de 15 vezes Os juros anuais cobrados pelo uso do cheque especial caiu um ponto percentual em maio, segundo dados divulgados na quarta(23) pelo Banco Central (BC). Apesar da redução, a taxa está em 160,3% ao ano, valor 15,6 vezes maior do que a taxa básica de juros do país, a Selic, atualmente em 10,25% ao ano. No crédito pessoal, que inclui operações de crédito consignado, a situação não é muito melhor. No mesmo período houve aumento de 0,1 ponto percentual, para 43% ao ano, ou 4,2 vezes maior que a Selic. Para a compra de veículos, o aumento foi de 1,3 ponto percentual, para 24,8% ao ano, mais do que o dobro da taxa básica do país. Para pessoas físicas, as cobranças dos bancos também deixam a Selic para trás. Os juros médios cobrados nos empréstimos tiveram aumento de 0,4 ponto percentual e chegaram a 41,5% ao ano, também quatro vezes maior que a Selic. Para as

Literatura: A aula de filosofia política por Fernando Pessoa

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Saramago morreu. Morreu? Não. Apenas deitou-se. "Não se levanta nem precisa levantar-se. Está bem assim. O mundo que elouqueça, o mundo que estertore em seu redor. Continua deitado sob a racha da pedra da memória". (Homem Deitado - Carlos Drummond de Andrade) E que dizer de Fernando Pessoa, então? Seriam os banqueiros, "anarquistas"? E por falar em bancos, l embrei-me de um, dentre tantos e inúmeros contos geniais de Fernando Pessoa, em que destila ironia, consciência, crítica e sabedoria. Trata-se de " O Banqueiro Anarquista " , que como bem disse a professora, escritora e poetisa Leila Brito: "Que aula de Filosofia Política!...".  Transcrevo, abaixo, um pequeno trecho que pode ser lido na íntegra no Blog do Fernando Pessoa: [...] - Fui sempre mais ou menos lúcido. Senti-me revoltado. Quis perceber a minha revolta. Tornei-me anarquista consciente e convicto - o anarquista consciente e convicto que hoje sou. - E a teoria, que V. te

Bancos: Novos recordes, velhos vexames

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Outro recorde do país, novo vexame dos bancos   Brasil aumenta estoque de empregos em 0,88% em maio enquanto as instituições financeiras somente 0,38% N ovamente a geração de empregos formais no Brasil foi altamente positiva. Maio teve o melhor resultado para o mês na história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na contramão, os bancos, apesar dos lucros recordes, estão entre os que menos geram empregos formais na iniciativa privada. Em maio o país criou no total 298 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, representando aumento de 0,88% no saldo total de trabalhadores formais do país. No ano, já são mais de 1,260 milhão gerados, elevação de 3,82% no saldo. O resultado supera os 2 milhões quando o período analisado é entre junho de 2009 e maio de 2010, crescimento de 6,45% do saldo. > Geração de empregos é recorde para maio O resultado nos bancos é bem mais modesto. No mesmo mês de maio foram criados 1.