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Mostrando postagens com o rótulo literatura

Cápsulas de Literatura & Realidade

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Foto: Parece que a imprensa continua a ter algumas dificuldades em trabalhar Brasil , com a 'poliça' sempre por perto (onde não precisaria estar), e atenta (ao que não deveria estar) a qualquer movimento ou clique terrorista.  É isso, o governo midiático trabalhando para que você não saiba de nada. Explicação: O corajoso policial está " protegendo " a populaç ão desse vil e sanguinário inimigo do povo, que sacou de sua câmera fotográfica para cometer algum ato de transgressão à ordem pública ditada pela zelosa força policial . Ou, talvez o nobre servidor do Estado esteja a realizar desejos latentes de ser outro que não ele mesmo, assim como alguém que pensa ser algo que não é.

Cerebração: Matias Aires, uma rua que pensa

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Notícias do Reino: Fusões, sapatadas e chineladas

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O que diria Machiavel sobre as fusões corporativas de nossos tempos? Fusão é um conveniente termo para designar uma relação de conquista de concorrentes no mercado competitivo global, desencadeado pela sana de domínio do liberalismo econômico. É a lei darwiniana de sobrevivência do mais forte : ou a empresa cresce e amplia mercados ou sucumbe diante do predador concorrente. Desde setembro de 2008 o mundo acompanha, assombrado, notícias de esfacelamento de corporações antes tidas como píncaros do deus mercado. Bancos, montadoras, siderúrgicas, alguns com receita até mesmo maior que muitos PIB's de Estados nacionais, foram à bancarrota ou foram engolidos pelos concorrentes. Mas, o que acontece no nicho empresarial quando ocorre a fusão de concorrentes de um mesmo setor? Vimos, recentemente, dois cases de, aparente, sucesso no ramo financeiro: as incorporações do Itaú com Unibanco (agora com nova razão social, ITAUBANCO), e do Banco do Brasil com o Banco Nossa Caixa (ainda em fase de

Entre os muros da escola

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Entre os Muros da Escola - 13 de Março nos Cinemas! Cinema grátis para o leitor do site 10/03/2009 11:36:59 Por Celso Marcondes CartaCapital tem mais uma promoção para os leitores do site. Outro grande filme, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 2008. “ENTRE OS MUROS DA ESCOLA” (“Entre Lês Murs”), do diretor francês Laurent Cantet, que já está no Brasil para o lançamento. Diretor e roteirista de ‘Em Direção ao Sul” (2005), “A Agenda” (2001) e “Sanguinaires, a Ilha do Fim do Milênio”(1997), Cantet agora discute o sistema educacional da França. Você já deve ter visto outros filmes sobre o tema, mas este sai dos clichês dos eternos e inevitáveis conflitos professor/aluno. Levou o principal prêmio de Cannes e quase leva o Oscar e o César, o Oscar francês. Leia também a opinião de Ana Paula Sousa, crítica de cinema de CartaCapital. Ele estréia em São Paulo dia 13 de março, esta sexta-feira. CartaCapital , por meio de sua parceria com o ci

A Arte mente

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"Toda arte é, antes de tudo, subversiva. " (Jacques Lacan) A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação. O que sinto, na verdadeira substância com que o sinto, é absolutamente incomunicável; e quanto mais profundamente o sinto, tanto mais incomunicável é. Para que eu, pois, possa transmitir a outrem o que sinto, tenho que traduzir os meus sentimentos na linguagem dele, isto é, que dizer tais coisas como sendo as que eu sinto, que ele, lendo-as, sinta exactamente o que eu senti. E como este outrem é, por hipótese de arte, não esta ou aquela pessoa, mas toda a gente, isto é, aquela pessoa que é comum a todas as pessoas, o que, afinal, tenho que fazer é converter os meus sentimentos num sentimento humano típico, ainda que pervertendo a verdadeira natureza daquilo que senti. Tudo quanto é abstracto é difícil de compreender, porque é difícil de conseguir para ele a

Felizes os que sofrem

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Mesmo que eu quisesse criar, a única arte verdadeira é a da construção. Mas o meio moderno torna impossível o aparecimento de qualidades de construção no espírito. Por isso se desenvolveu a ciência. A única coisa em que há construção, hoje, é uma máquina; o único argumento em que há encadeamento o de uma demonstração matemática. O poder de criar precisa de ponto de apoio, da muleta da realidade. A arte é uma ciência… Sofre ritmicamente. Não posso ler, porque a minha crítica hiperacesa não descortina senão defeitos, imperfeições, possibilidades de melhor. Não posso sonhar, porque sinto o sonho tão vivamente que o comparo com a realidade, de modo que sinto logo que ele não é real; e assim o seu valor desaparece. Não posso entreter-me na contemplação inocente das coisas e dos homens, porque a ânsia de aprofundar é inevitável, e, desde que o meu interesse não pode existir sem ela, ou há-de morrer às mãos dela ou secar . Não posso entreter-me com a especulação metafísica porque sei de sobr

Sobre o Desejo

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“Não são todos os dias que se encontra o que é feito  para lhe dar a imagem exata do seu desejo”    (Lacan, Seminário, I, 163) Por Roland Barthes E ncontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo.  Foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras), para que eu encontrasse a Imagem que, entre mil, convém ao meu desejo. Eis um grande enigma do qual nunca terei a solução: Por que desejo Esse? Por que o desejo por tanto tempo, languidamente? É ele inteiro que desejo (uma silhueta, uma forma, uma aparência)? Ou é apenas uma parte desse corpo? E nesse caso, o que, nesse corpo amado, tem tendência de fetiche em mim?  Que porção, talvez incrivelmente pequena, que acidente? O corte de uma unha, um dente um pouquinho quebrado obliquamente, uma mecha, uma maneira de fumar afastando os dedos para falar? De