Servidor da justiça que vazava informações privilegiadas para o PCC é preso e demitido
Crédito foto: Campo Grande News |
Ele foi preso em março deste ano na operação Courrier (termo francês para correspondência), deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
A ação ficou conhecida como “Sintonia dos Gravatas”, termo do crime para advogados.
Conforme a investigação, o funcionário público repassava informações sobre transferências sigilosas de membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A senha de Rodrigo foi usada também para acessar dados pessoais de delegado. O servidor era chefe de cartório da 1ª VEP (Vara de Execução Penal de Campo Grande).
O Tribunal de Justiça já havia afastado o servidor em julho de 2021 “diante de seu possível envolvimento com integrantes da facção criminosa denominada Primeiro Comando da Capital – PCC -, o que implica provável infiltração da referida organização nos quadros do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul (MS).
Ontem, o Conselho Superior da Magistratura, que é presidido pelo presidente do TJ, desembargador Carlos Eduardo Contar, aplicou pena de demissão, “a bem do serviço público”. O pedido constava no voto do relator do processo administrativo disciplinar, desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva.
Na folha de pagamento de junho, disponível no Portal da Transparência, o servidor teve remuneração de R$ 19.555, somando-se salário, indenizações e vantagens. Com os descontos, o valor recebido foi de R$ 13.716.
O advogado Tiago Bunning, que atua na defesa de Rodrigo, informou que aguarda a publicação da decisão para se manifestar. Porém, ainda cabe recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça.
Por Aline dos Santos | 20/07/2022 08:36 / CAMPO GRANDE NEWS
PANO RÁPIDO: Certamente, o advogado do criminoso aguarda o plantão de algum garantista de lagostas e vinhos para entrar com pedido de "habeas bolsus".
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