Mercado: Ex-dirigentes do Banco do Brasil são acusados de fraude em contratos de consórcios estimados em R$ 200 milhões, diz PF
A Polícia Federal deflagrou quarta-feira (6/4), operação no Distrito Federal e em mais duas unidades da Federação para apurar suspeita de gestão fraudulenta no BB Consórcios. O prejuízo estimado é de R$ 200 milhões.
O #BlogDoTato apurou que um dos alvos é o ex-diretor comercial da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo (foto à direita), e um ex-presidente do Banco do Brasil (*).A ação, batizada de Operação Consórcio 200, mobilizou ao menos 20 policiais federais para cumprir oito mandados de busca e apreensão na capital federal, em São Paulo e no Paraná.
O inquérito, instaurado ano passado, teve origem após encaminhamento pelo Banco do Brasil de notícia-crime com o resultado da auditoria de duas operações, no valor de R$ 100 milhões, aprovadas como consórcio de veículos, mas utilizada para "outros fins", não tão nobres, como de praxe neste banco.
O pagamento, inclusive, não foi executado de forma regular, o que obrigou o Banco do Brasil a cobrir parte do contrato.
Segundo a PF, a operação financeira pode ser caracterizada como gestão fraudulenta – crime contra o sistema financeiro nacional, cuja pena é de reclusão de três a 12 anos e multa.
O uso do produto da fraude, após a análise das quebras de sigilo fiscal e financeiro, pode caracterizar também crime de lavagem de dinheiro.
O outro lado
O Banco do Brasil (BBAS3) emitiu uma notinha, dizendo que assim que "identificou irregularidades em sua subsidiaria BB Consórcios, informou às autoridades policiais, que iniciaram as investigações. As irregularidades na subsidiária BB Consórcios foram identificadas pelo sistema de auditoria do bancão estatal, em 2021.Assim que as primeiras informações sobre processos em desacordo com as normas da empresa foram apuradas, o Banco do Brasil tomou providências imediatas. Sendo a primeira delas, a comunicação às autoridades policiais. O BB também se colocou à disposição para prestar todas as informações
Em agosto de 2020, o Banco do Brasil (ex-banco oficial dos mensaleiros do PT, atualmente é o Banco do Bananinha, dizem) destituiu os executivos da BB Consórcios investigados e nomeou novos gestores para facilitar a apuração completa dos fatos e dar continuidade à gestão da empresa.
O BB destacou que praticamente todos os valores envolvidos nas irregularidades foram recuperados pela BB Consórcios, como resultado das medidas adotadas durante as apurações.”
O #BlogDoTato enviou uma pergunta à Assessoria de Comunicação da Polícia Federal se o tal "ex-presidente" era o conde Dida - Bendine seja. Mas, até o momento, não recebeu nenhuma resposta.
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