Caixa Forte: Megaoperação da PF contra a facção criminosa PCC bloqueia R$ 252 milhões de criminosos

 Uma força-tarefa coordenada pela Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta segunda-feira (31), operação denominada Caixa Forte contra facção criminosa ligada ao tráfico de drogas, que faz aniversário neste dia. Foram bloqueados cerca de R$ 252 milhões em contas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

São cumpridos 623 mandados, sendo 422 de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, além de outros 18 estados e no Distrito Federal em operação contra a facção paulista (veja a lista abaixo)

Somente no Estado, são cumpridos 34 de busca e apreensão e outros 86 de prisão. Os de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Campo Grande (28), Dourados (4) e um mandado nas cidades de Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Água Clara e Paranaíba.

Já os de prisão acontecem em Campo Grande (74) Bonito (1), Bataguassu (1), Água Clara (1), Aquidauana (1), Três Lagoas (1) e Dourados (3).

São cumpridos mandados em estabelecimentos prisionais do Estado, um total de cinco.

A operação investiga tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados pelo PCC. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG), inclusive a determinação de bloqueio de até R$ 252 milhões dos investigados.

De acordo com a PF, dados obtidos em operação anterior mostram que os valores obtidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do “Setor da Ajuda”, aquele responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.

Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem cargos que ocupam na organização criminosa ou por terem executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.

Os membros do grupo indicavam contas de terceiros para manter o recebimento destes valores. 

Locais onde há alvos da operação:

  1. Acre
  2. Alagoas
  3. Amazonas
  4. Ceará
  5. Distrito Federal
  6. Goiás
  7. Minas Gerais
  8. Mato Grosso do Sul
  9. Mato Grosso
  10. Pará
  11. Paraíba
  12. Pernambuco
  13. Paraná
  14. Rio de Janeiro
  15. Rio Grande do Norte
  16. Rondônia
  17. Roraima
  18. Rio Grande do Sul
  19. Santa Catarina
  20. São Paulo

Criação da facção criminosa

A facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior e mais organizada do país hoje, foi criada por oito presos, em 31 de agosto de 1993, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), o Piranhão, tida naquela época como a prisão mais segura do Estado. O PCC também é identificado pelos números 15.3.3, pelo fato de a letra “p” ser a 15ª letra do alfabeto português na época e a letra “c” ser a terceira.

O PCC, que foi também chamado no início como Partido do Crime, afirmava que pretendia “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e “vingar a morte dos cento e onze presos”, em 2 de outubro de 1992, no “massacre do Carandiru“, quando a Polícia Militar matou presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo.

A organização é financiada principalmente pela venda de maconha e cocaína, mas roubos de cargas e assaltos a bancos também são fontes de faturamento.

Operação Regresso

Já na última sexta-feira (28), a Operação Regresso, do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais e do Batalhão de Choque da Polícia Militar, além da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros, cumpriu 26 dos 88 expedidos pela justiça estadual, contra a mesma facção criminosa, em quatro cidades de MS.

Principal alvo da operação, Cleyton dos Santos Medeiros, de 30 anos, conhecido como “G7” ou “Doido”, foi morto em troca de tiros com o Bope. 

Fonte: Enfoque MS 31/08/2020

PANO RÁPIDO: Um duro golpe nas pretensões do PCC em substituir a outra facção, o PT, no campo político. É sabido que essa organização já conta com fiéis devotos de advogados, juízes e funcionários públicos. 

Em Embu das Artes, cidade da Grande São Paulo, elegeu Ney Santos prefeito em 2016. Desde então, moradores vivem um pesadelo. 

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