Bolha de Eike foi inflada pela CVM, diz jornal
Bolha da OGX, de Eike, foi inflada por 105 "Fatos Relevantes" divulgados pela CVM
Eike, vermelhinho, ladeira abaixo
De acordo com a Agência Estado, em uma campanha exploratória impressionante, a OGX - carro-chefe do grupo EBX de Eike Batista, o mais admirado pelo semanário oficial do governo do PT (foto ao lado) - protagonizou, em dois
anos e meio (de outubro de 2009 a maio de 2012) 55 anúncios de
descoberta de petróleo ou declarações de comercialidade (jargão que
indica, no setor de petróleo, que uma área pesquisada vai virar um campo
produtor).
A cada comunicado promissor, disse o jornal, o mercado reagia imediatamente e a empresa acompanhava os saltos no gráfico de suas ações.
Um levantamento de todas as divulgações feitas pela petroleira de
Eike Batista desde sua criação, em 2007, revela que foram mais de 105
comunicados oficiais. Metade deles apontava indícios de petróleo em suas
áreas.
Grande parte das descobertas referia-se ao mesmo poço perfurado, apenas em estágios diferentes.
A despeito disso, as ações subiam sempre que um desses "fatos
relevantes", relatórios oficiais, era enviado à
Bolsa de Valores e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM, responsável
pela fiscalização de mercado).
Agora, o mercado financeiro parece dividido entre alternativas ruins:
houve incompetência, ingenuidade ou má gestão? "Não é plausível que uma
empresa com tantas promessas de sucesso tenha se tornado um fracasso da
noite para o dia", diz Ricardo Lacerda, sócio do banco BR Partners.
Alguns comunicados tinham tom eufórico. Em outubro de 2009, Eike Petista, como é conhecido nas redes sociais pelas benesses concedidas por bancos controlados pelo governo do PT, emitiu fato relevante
enviado à CVM sobre suposta descoberta no bloco marítimo da Bacia de Campos
BM-C-43.
- "A OGX é a prova de que vale a pena apostar na competência dos brasileiros e na riqueza e abundância dos nossos recursos naturais. Esses recentes sucessos vão pavimentar o caminho do nosso robusto crescimento e igualdade social. Viva o Brasil!".
Até junho de 2012, quando teve de revelar o real volume
do petróleo que jorrava de sua principal aposta, o campo de Tubarão
Azul, na Bacia de Campos - um décimo do que apregoou -, o tom das
informações que vinham da OGX era exatamente esse.
Em janeiro de 2010, poucos meses depois de começar a furar os poços,
Eike fez uma previsão mais do que otimista num documento ao mercado:
- "Com os resultados de nossas perfurações até o presente, fomos capazes de revelar uma nova província no sul da Bacia de Campos e quebrar paradigmas (...). Agora nos preparamos para uma nova fase na história da OGX, que buscará atingir a produção de 1,4 milhão de barris por dia em 2019".
Ou seja, previa, em dez anos, alcançar o resultado que a Petrobrás obteve somente depois de cinco décadas.
Há uma semana, jogou a toalha: a produção em Tubarão Azul
deve cessar em 2014, dois anos após retirado o primeiro óleo. Outros
três campos foram suspensos três meses após a declaração de
comercialidade. A OGX invalidou as projeções divulgadas anteriormente, arrematou matéria divulgada originalmente pela Agência Estado.
A bolha estourou
Após o derretimento das ações de Eike na Ibovespa, foi posto em marcha um plano para o completo desmembramento do grupo EBX. Ao final do processo, que prevê vendas de empresas inteiras, de projetos, diluições de participações e renegociações de dívidas, o mais provável é que não reste nenhuma das empresas hoje sob o guarda-chuva da EBX.
Um demonstração disso é que a mineradora MMX anunciou quarta-feira (03) a suspensão, por seis meses, da produção da unidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Sem especificar o total de demissões, a empresa informou que foi necessário um "ajuste no número de postos de trabalho". "Transparência", aliás, é um ponto em comum entre o governo do PT e o bilionário aventureiro; ponto este, aliás, fora da curva da democracia tupininquim.
Outro sinal que aumenta os sinais de rápido encolhimento do grupo de Eike foi o anúncio, que animou os acionistas minoritários esta semana, de sua renúncia ao cargo de presidente do conselho de administração da MPX, empresa de energia do grupo, a mais valiosa do grupo. A próxima empresa que Eike deve deixar o controle é a MMX.
Eike deverá ficar com uma ou outra participação minoritária dessas aventuras e uma ou outra empresa de menor expressão dentro do grupo. Se tudo sair conforme os planos do empresário e de seu assessor financeiro, o banco BTG Pactual, ele pretende terminar o processo sem dívidas, mas com um patrimônio reduzido de R$ 60 bilhões a algo em torno de 'míseros' US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões. Cifra invejável para a maioria de nós mortais, mas uma sombra do que já foi o império "X", hoje muito mais para o sinal "-".
Outro ponto a destacar é que a derrocada do Grupo Eike Batista vai arrastar diversas instituições financeiras, públicas e privadas, que emprestaram dezenas de bilhões de reais ao aventureiro de Governador Valadares, cujos impactos serão vistos já no segundo semestre deste ano.
Apertem os cintos que os bilhões de reais repassados dos contribuintes ao neopetista Eike, pelos sucessivos governos do PT, via bancos públicos, viraram pó.
A bolha estourou
Após o derretimento das ações de Eike na Ibovespa, foi posto em marcha um plano para o completo desmembramento do grupo EBX. Ao final do processo, que prevê vendas de empresas inteiras, de projetos, diluições de participações e renegociações de dívidas, o mais provável é que não reste nenhuma das empresas hoje sob o guarda-chuva da EBX.
Um demonstração disso é que a mineradora MMX anunciou quarta-feira (03) a suspensão, por seis meses, da produção da unidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Sem especificar o total de demissões, a empresa informou que foi necessário um "ajuste no número de postos de trabalho". "Transparência", aliás, é um ponto em comum entre o governo do PT e o bilionário aventureiro; ponto este, aliás, fora da curva da democracia tupininquim.
Outro sinal que aumenta os sinais de rápido encolhimento do grupo de Eike foi o anúncio, que animou os acionistas minoritários esta semana, de sua renúncia ao cargo de presidente do conselho de administração da MPX, empresa de energia do grupo, a mais valiosa do grupo. A próxima empresa que Eike deve deixar o controle é a MMX.
Eike deverá ficar com uma ou outra participação minoritária dessas aventuras e uma ou outra empresa de menor expressão dentro do grupo. Se tudo sair conforme os planos do empresário e de seu assessor financeiro, o banco BTG Pactual, ele pretende terminar o processo sem dívidas, mas com um patrimônio reduzido de R$ 60 bilhões a algo em torno de 'míseros' US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões. Cifra invejável para a maioria de nós mortais, mas uma sombra do que já foi o império "X", hoje muito mais para o sinal "-".
Outro ponto a destacar é que a derrocada do Grupo Eike Batista vai arrastar diversas instituições financeiras, públicas e privadas, que emprestaram dezenas de bilhões de reais ao aventureiro de Governador Valadares, cujos impactos serão vistos já no segundo semestre deste ano.
Apertem os cintos que os bilhões de reais repassados dos contribuintes ao neopetista Eike, pelos sucessivos governos do PT, via bancos públicos, viraram pó.
Num momento de aguda crise econômica, política, fiscal e social porque passa o Brasil, o crédito tende a ficar mais escasso - e mais caro - por consequência das insanidades do excêntrico, para não dizer maluco, neopetista Eike Batista e do ensimesmado, cínico, hipócrita e incompetente governo do PT.
Muda Brasil: fora PT.
PT nunca mais.
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