Gestão: Como organizar e manter equipes de alta performance?

 Muitas empresas precisam rever suas políticas de desenvolvimento de pessoas e reeducar os seus encarregados a gerenciar pela influência e não mais pela imposição e força.

 "A infelicidade no trabalho não apenas encerra carreiras e empresas, 
como também gera diversos problemas pessoais 
e faz com que as pessoas tornem-se autômatos desmotivados"
(Terkel)

Direto da fonte
O mercado de trabalho, assim como o próprio Capital, é dinâmico e vive a se reinventar de tempos em tempos de acordo com as circunstâncias. Hoje, as empresas já perceberam a necessidade de investir em pessoas e não apenas em processos

É consenso de boa parte de especialistas que já se tornou peça fundamental no crescimento das organizações, investir e desenvolver talentos individuais com o intuito de constituir equipes de alta performance, capazes de realizar tarefas e atingir os resultados esperados constantemente, crescente,sem altos e baixos. Porém, para isso urge reeducar líderes (encarregados) para que gerenciem pela influência e não mais pela suposta "autoridade" (imposição e força).


No mundo corporativo, competitivo e inovador cresce a demanda por profissionais competentes, habilidosos e com atitudes construtivas. Além disso, uma exigência freqüente na contratação de pessoas para um novo posto de trabalho ou a promoção para um cargo superior está a capacidade de trabalhar em equipe.


As equipes são sistemas vivos, isto é, são formados por muitas partes interdependentes, e constituídas por seres humanos, por isso são dinâmicas por natureza, crescem, mudam frequentemente e podem se adaptar a mudanças no ambiente, possuem valores, história, estabelecem acordos e  juntos empreendem no presente para atingir alvos futuros. 

Entretanto, é importante entender a diferença entre um grupo e uma equipe:
  1. Um grupo é apenas um conjunto de pessoas que trabalham individualmente com o propósito de atingir o êxito pessoal. 
  2. Já uma equipe estabelece um sonho e, em conjunto, busca concretizar este objetivo coletivamente, algo pouco compreendido por rotunda maioria das grandes corporações.

Segundo Caroline Calaça, especialista em coaching executivo, no trabalho em equipe, a excelência passa a ser o alvo de todos e existe mais cooperação do que competição, uma vez que os indivíduos compreendem que o êxito dependerá das capacidades de cada um e que só obterão visibilidade com equipe de alta performance se cada membro oferecer o melhor de si, entendendo que ninguém, por mais capaz e competente, consegue reunir todos os talentos, habilidades e qualificações das quais uma equipe dispõe.

  • Uma equipe de alta performance é, basicamente, aquela que realiza tarefas e atinge os resultados esperados constantemente,  sem altos e baixos. Seu desempenho é crescente. Desenvolve projetos mantendo coesão e parceria no alcance das metas coletivas e individuais e apresenta grande capacidade de superação diante dos desafios. 
Para promover este nível de maturidade e formar um time com um patamar de confiança elevado, disposição e capacidade de vencer obstáculos, é fundamental a presença de um líder capacitado para reconhecer os talentos de cada integrante e extrair o melhor de cada um, oferecendo o nível de estímulo necessário para seus liderados.


A dificuldade de contratar mão de obra especializada para inúmeras funções e o aumento da disponibilidade de oportunidades de trabalho tem levado muitas empresas a rever e atualizar sua postura de gestão dos talentos. 

A política de retenção e desenvolvimento de pessoas se tornou um diferencial competitivo. Elas passaram a se importar não mais apenas em alcançar os resultados a curto prazo, mas com os meios utilizados para atingir estes resultados.

  • Para isso, muitos gestores experientes estão tendo que reaprender maneiras de alcançar e superar resultados, utilizando menos poder e autoridade e mais habilidade de influenciar e capacidade de estimular os indivíduos a desejarem contribuir, valorizando as iniciativas individuais, motivando e promovendo o engajamento nos projetos coletivos.

Eles estão reaprendendo a utilizar todo o conhecimento adquirido com formações, capacitações e experiências vivenciadas, toda a atitude de entusiasmo, proatividade, visão estratégica e resiliência comuns a quem ocupa cargos de chefia, e adquirindo novas habilidades de liderança.

  • Este novo estilo de liderar se respalda no autoconhecimento, no entendimento dos valores pessoais, da equipe e da empresa e na transparência. 
De acordo com  a Profa. Caroline (foto ao lado), os funcionários prezam pelo alinhamento entre o discurso e a prática, isto é, quando a organização estabelece regras, políticas, padrões e divulga isso interna e externamente, ela deve fazer com que sejam respeitados e cumpridos por todos os funcionários, independente do nível hierárquico. Ou seja, não basta a retórica bonita, o discurso fácil, é preciso praticá-los.


Para isso, é essencial a habilidade de dar e receber feedback, técnicas de comunicação assertivas e que gerem responsabilização, a clareza das normas e expectativas com a função e com os resultados do trabalho, o conhecimento e a convivência com cada liderado, o constante acompanhamento das pessoas e a capacidade de dosar os estímulos.


“Equipes de alta performance são o resultado de uma empresa bem estruturada e que entende que investir em desenvolvimento da liderança é essencial para o futuro de qualquer negócio. Líderes capazes de estabelecer metas, identificar qualidades pessoais em sua equipe, desenvolver indivíduos a lidar com imprevistos nas operações, gerar comprometimento e inspirar as pessoas a crescer de forma sustentável e a cultivar o respeito e a integridade nas relações é um diferencial relevante atualmente”, conclui a especialista em desenvolvimento executivo e professora da Fundação Getúlio Vargas, Caroline Calaça.

PANO RÁPIDO:  A felicidade em ser colaborador de grandes corporações é tamanha ao ponto de o sonho de grande parte desse contingente ser se aposentar - ou enriquecer - a ponto de não precisar trabalhar. 

A propósito, um conhecido e crítico do mundo do trabalho do século passado, Studs Terkel, após entrevistar diversos trabalhadores para identificar o que o trabalho representava em suas vidas, ficou tão impressionado com os sentimentos negativos associados ao trabalho que publicou, na introdução de seu livro Working, uma advertência:
  • "Este livro, sendo sobre trabalho, é, por sua natureza, sobre violência tanto ao espírito como ao corpo. É tanto sobre úlceras como sobre acidentes, sobre lutas barulhentas como silenciosas quedas de braço, sobre colapsos nervosos e pequenas reações raivosas. E sobretudo - ou abaixo de tudo - sobre humilhações diárias"
Infelizmente, o que Terkel verificou não é uma exceção. É a regra, fato

A infelicidade no trabalho não apenas encerra carreiras e empresas, como também gera diversos problemas pessoais e faz com que as pessoas se tornem autômatos desmotivados.

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