Brasil: Por que a cesta básica ficou mais cara?

Por causa da seca?
Ou será por causa da incompetência petista?

"Até os cactos do nordeste sabem que não se combate a seca,
adapta-se a ela"
Por Marcelo Andrade

A paisagem verde, na região do Cariri, até parece denunciar que a seca, por aquele pedação de chão, já foi embora e pouca recordação deixou. No entanto, a impressão não passa de aparência. A chuva até já voltou, mas as consequências de um ano ruim perduram na economia das pequenas cidades da Região. Sem produção no campo, a oferta de itens componentes da cesta básica, como farinha, arroz e feijão, caiu. 

Na Capital, onde o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mede a evolução dos preços, esses produtos estiveram no topo da lista da inflação em Fortaleza, com alta média de 40% para feijão e arroz e cerca de 90% para a farinha de mandioca. A alimentação, em geral, ficou quase 15% mais cara em Fortaleza. No Interior, os cearenses também tiveram que lidar com a volta da carestia - expressão usada para inflação. 

Dona de uma pequena casa de farinha, a aposentada Elza de Farias (foto ao lado), herdou dos pais o ofício de produzir farinha, na localidade de Gameleira dos Machados, no topo da Chapada do Araripe, no município de Missão Velha. Ela tem na ponta da língua os detalhes de um ano cuja produção de farinha caiu e os preços chegaram a um patamar nunca visto. “Nós tínhamos muita roça de mandioca que dava pra tirar de 80 a 100 sacos de farinha, mas, no ano passado, nós só tiramos 20 sacos”, explica Elza.

12 vezes mais cara

A razão para a queda na produção está na seca. Com a inexpressiva produção de mandioca, a falta de insumo inflacionou o valor da farinha produzida por Elza. O quilo, que antes era comercializado pela produtora por cerca de R$ 0,20 chegou a R$ 2,50 no ano passado.

Desde setembro, o forno utilizado para torrar a farinha está parado. Sem produção, a venda direta da farinha para os consumidores também acompanhou a elevação dos preços. No comércio de Missão Velha, o alimento não sai por menos de R$ 4 por quilo.

Além dos efeitos da estiagem, o aumento no valor da farinha também foi motivado pela procura, por parte de criadores de gado, por mandioca para a alimentação dos rebanhos. Nesse caso, muitos produtores preferiram vender mandioca para ser utilizada como ração animal a arcar com os custos da produção de farinha.

A inflação não atingiu apenas a farinha. Até mesmo a goma, utilizada na preparação da tapioca, aumentou de preço. A saca de 50 quilos, que antes custava menos de R$ 60, está sendo vendida por cerca de R$ 140 pelo produtor.

Índice de preços ao consumidor Amplo

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, mostrou que os alimentos foram os maiores responsáveis pela inflação de Fortaleza em 2012.

A maior alta foi da farinha de mandioca, mais de 90%. Já a banana prata teve aumento de 45%. A alta nos preços foi de6,7% na Capital. valor está acima do nacional, que foi de 5,84%.

O resultado obtido por Fortaleza foi o quarto maior entre as 11 capitais pesquisadas.

A alta da inflação foi causada pelo desequilíbrio entre demanda e oferta, prejudicada, dentre outros fatores pela seca no Nordeste.

Fonte: O Povo on-line

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