Greve dos bancários já atinge 40% das agências em três dias

 Greves acordadas tiram o sono dos banqueiros, como se vê na foto acima

 "Ajuste linear só favorece aos acomodados nas faixas mais elevadas de ganhos. 
Àqueles sôfregos que não participam da greve,
 mas torcem acoelhados pelo seu sucesso, 
pois que dela mais se beneficiam"

Direto da rua da amargura

Nesta quinta-feira (20), terceiro dia de paralisação dos bancários, 8.527 unidades (40% do total) estavam de portas fechadas para os clientes, um aumento de 66% em relação ao primeiro dia de greve. Na quarta-feira, 33% das agências já estavam paralisadas.

No terceiro dia de greve do ano passado, 7.672 agências fecharam as portas. Embora o número seja menor do que o deste ano, o crescimento do movimento foi superior no ano passado, na mesma base de comparação. Do primeiro dia de greve de 2011 (4.191 agências fechadas) para o terceiro dia (7.672), o volume de agências fechadas cresceu 83% em 2011.

Sexta-feira (21), o Comando de Greve dos Bancários volta a se reunir às 14 horas para discutir os "rumos da mobilização, no aguardo de uma contra-proposta séria por parte dos banqueiros". Na manhã desta quinta-feira, a categoria esteve presente em ato conjunto de cinco categorias que têm campanhas salariais marcadas neste segundo semestre, na Avenida Paulista, em São Paulo.

A última proposta apresentada pelos banqueiros foi do famigerado reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%, que só favorece mesmo aos acomodados nas faixas mais elevadas de ganhos. Àqueles sôfregos que não participam da greve,  mas torcem acoelhados pelo seu sucesso, pois que dela mais se beneficiam.

Em realidade, a proposta dos sindigatunos que suplicam 10,25% de reposição passa longe das reais necessidades da categoria, pois o tão propalado "5% de aumento de real" não é real, é surreal. 

Ninguém vive retroativamente no tempo, logo trata-se de tão somente um ajustamento monetário frente à expectativa de inflação futura - certa e prevista na formação de preços, tarifas e taxas de juros -, sempre desconsiderada por uma elite sindigatical corrupta, maniqueísta e subserviente aos poderosos, que só fez ao longo desses últimos 10 anos corroer quase metade do poder de compra dos assalariados, na base.

A greve continua à espera de uma nova proposta dos banqueiros, que certamente fará a classe dirigente se prostrar mais uma vez aos interesses político-financeiros.  Começam a farsa pedindo 5%, terminam com lacônicos 1,5%. Os lucros são muito grandes, já virou um aleijão.

Procurada pelo Blog do Tato, a Fenaban não quis comentar o movimento grevista.

Devem estar muito preocupados.

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