BB: Vista a camisa, abaixe as calças e diga não à Greve!

Sindigatos: "uma esmola pelo amor de Deus"

"Manifestação de se construir acordo sem a necessidade de greve 
foi recebida com muito entusiasmo pelos dirigentes sindigaticais"
(Áurea Faria Martins - negociadora do BB) 
Banqueiros x Sócios dos banqueiros

Começou o joguinho anual de empurra-empurra, às vésperas da data do dissídio coletivo da categoria dos bancários.

Das supostas tratativas realizadas em local incerto, nas altas madrugadas de Brasília (DF), entre os sindigatos delegados pela CONTRAF/CUT e os aspirantes a privilégios dos banqueiros, informações divulgadas pelos representantes dos banqueiros dão a saber que "dentre os pontos debatidos, destacam-se: 

  • PCR; 
  • horas extras; 
  • descomissionamento decorrente de avaliação de desempenho funcional; 
  • substituição de comissionados;
  • plano de comissões; 
  • trava de tempo para concorrência; 
  • comissionamento de atendentes A e B em CABB; 
  • preenchimento e aumento da dotação do SAC BB para cargo do atendente SAC; e 
  • adiantamento do 13º salário - de abril para fevereiro.

De acordo com os negociadores do Banco do Brasil "o destaque do dia foi o posicionamento da Comissão de Empresa/Contraf (amancebaram-se de vez?) sobre a PLR que, diferentemente dos anos anteriores, remeteu a discussão para a mesa da Fenaban, por não concordarem com a vinculação do pagamento da PLR às metas do Sinergia"

Os negociantes (da parte dos banqueiros) manifestaram suas preocupações com esta postura, pois "poderia resultar em um pagamento de valores menores aos funcionários" 
  • (muito justo, afinal os sindigatinhos já conquistaram elevação histórica de seus proventos por vias transversas, já os aspirantes a privilégios dos banqueiros estão aqui somente externando as preocupações com seus próprios umbigos, haja vista defenderem a continuidade de uma participação nos lucros anacrônica: os que ganham super-salários no banco recebem uma super-PLR; os que ganham uma merreca de salário também  continuarão a receber uma merreca na participação dos lucros auferidos). 
Sobre esse tema, a mesa de enrolação prometeu alguma satisfação, nos próximos dias, após prazerosos encontros secretos na calada noite preta da capital federal.

A nova negociadora do BB (o do ano anterior foi defenestrado),a Sra. Áurea Farias Martins, afirmou que "a Empresa está debruçada (de bruço, fique claro) sobre a pauta de negociações com o objetivo de apresentar aos dirigentes sindigaticais o resultado das análises sinalizadas nos (fervorosos e envolventes) encontros realizados."

A Sra. Áurea regozijou-se, ao final, da expectativa latente do banco de se "concluir a negociação do próximo ACT  (lembrem-se que muitas da cláusulas do acordo anterior não foram respeitadas pelo banco, como a questão dos 55% aos Atendentes das Centrais de Atendimento em total desacordo seja com a NR 17, seja com legislação específica que disciplina o trabalho dos Operadores de Telemarketing. Continua o "me engana que eu gosto") sem a necessidade de realização de greve, opinião que foi entusiasticamente compartilhada pelos dirigentes sindicais."

Vale destacar que uma fonte do sindigato, que preferiu não se identificar, disse a este vulgar, cavernoso e mequetrefe (mas limpinho) blog, sobre o desenrolar das enrolações, há manifesto desinteresse dos negociadores em relação aos interesses seja dos trabalhadores, seja da empresa. Estão todos, ambos os lados, preocupados única e exclusivamente com suas próprias carreiras. Uns querem ficar bonitos na foto com o banco, outros querem igualmente ficar bonito na foto com a acionista majoritária da Empresa, a Sra. Dilma.

Como sabiamente disse Murphy, numa de suas leis: "nada é tão ruim, que não possa ser piorado".

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