O que há de verdade no (des)encontro de Lula com Gilmar
"Quand les riches se font la guerre,
ce sont les pauvres qui meurent"
ce sont les pauvres qui meurent"
(Jean Paul Sartre)
Da Redação do CT
As recentes declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Dantas - segundo o blogueiro Ricardo Noblat-blá-blá -, de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou chantageá-lo para que adiasse o julgamento do “mensalão”, provocaram reações das mais variadas suspeições a respeito das condutas tanto do ministro quanto do ex-presidente, classificadas por alguns como “polêmica”, “questionável” e mesmo “destemperada”, de um lado.
As recentes declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Dantas - segundo o blogueiro Ricardo Noblat-blá-blá -, de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou chantageá-lo para que adiasse o julgamento do “mensalão”, provocaram reações das mais variadas suspeições a respeito das condutas tanto do ministro quanto do ex-presidente, classificadas por alguns como “polêmica”, “questionável” e mesmo “destemperada”, de um lado.
O Psol, único partido verdadeiramente de oposição a este governo de extremo-centro que aí está, reconheça-se, protocolou uma representação questionando a conduta do ministro. Outras facções mais apaixonadas pelo poder central chegaram até mesmo a protocolar pedido de impeachment contra o supremo do Supremo, min. gilmar dantas - segundo o blogueiro Ricardo Noblat-blá-blá.
O que há de verdade
Por outro lado, o encontro - nada suposto, como muitos quererão fazer crer - que explodiu como "desencontro" um mês depois, existiu e foi pedido por Lula. Fato inconteste, esta é, por ora, a única certeza que se tem.
As amizades e tratativas pregressas que possibilitaram a sua realização, bem como o teor e o tom do que foi dito ali, saíram da sombra segredada para os ofuscantes holofotes de versões interessadas.
A verdade, como até os mármores dos palácios sabem, é a primeira vítima quando uma guerra (*) é deflagrada. E, nos dois casos, o cidadão segue muito mal servido por quem deveria servir ao público e não dele se servir.
Por isso, barbas de molho e atenção redobrada para os desdobramentos do episódio, recomenda-se, pois o tiroteio caboclo prosseguirá firme, fomentando as mais alvíssaras ratazanas.
Nesta segunda-feira (04), chega às bancas revista piauense, por exemplo, que traz na matéria de capa Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, que busca apoio em andanças pelo País para o julgamento do Mensalão do PT - ou do Congresso, a depender do gosto.
Curioso é nenhum semanário informar que um outro Mensalão, o assim chamado Mensalão Mineiro ou Mensalão Tucano - a depender do gosto - cujos implicados têm relação direta com o Mensalão de Brasília, teve, na semana passada, seu julgamento tangenciado pelas páginas políticas, como se nada tivesse acontecido.
Como pode-se perceber, o Brasil continua a ser um país excessivamente sério.
Palhaço somos todos nós.(*) Guerra é uma luta armada entre nações, ou entre partidos de uma mesma nacionalidade ou de etnias diferentes, com o fim de impor supremacia ou salvaguardar interesses materiais ou ideológicos. O ocaso do Brasil é ele estar permanentemente em guerra por ambos motivos, materiais e ideológicos de duas castas parasitárias.
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