CABB: Funcionários definem reivindicações e cobram transparência do @spbancarios
O gato miou !
Propostas serão 'engatinhadas' ao Congresso Nacional dos Funcionários do BB, diz sindigato.
"Quando pisam no rabo do gato, ele mia"
(Roberto Requião - Senador)
Deu no Portal Comunique-seOs bancários das Centrais de Atendimento do Banco do Brasil (CABB) de São Paulo, Paraná, Bahia e Brasília discutiram os problemas comuns que enfrentam no dia a dia e definiram propostas a serem discutidas durante o Congresso Nacional dos Funcionários do BB, entre 15 e 17 de junho, em São Paulo, após reunião dos funcionários ocorrida no último sábado (12).
As principais questões abordadas foram o fim do assédio moral, melhores condições de trabalho, elevação da gratificação de função dos atendentes e a equiparação salarial de atendentes B com A, pelo maior valor. Temas que se arrastam faz tempo nas formidáveis "Mesas de Negociação", alcunhadas ironicamente pelo corpo de funcionários como "Mesas de Enrolação" (1).
Após forte pressão dos trabalhadores, o diretor do Sindigato Getúlio Maciel reconheceu as denúncias "de maus tratos na relação de gerências com os atendentes, descumprimento do acordo coletivo pelo Banco do Brasil no que se refere à remuneração desses funcionários, além da existência de um complexo aparato de controle e repressão, possibilitando péssimo ambiente de trabalho, propício a condutas indesejáveis na relação com os trabalhadores".
“Vamos apurar minuciosamente as denúncias e as encaminharmos ao Ministério Público do Trabalho, buscando solução a essas situações. Os empregados também se queixaram da excessiva cobrança por vendas, que nem sequer melhora o valor da PLR", disse Getúlio.
- [não melhora em absolutamente nada a situação dos que labutam, mas turbina soberbamente a carreira dos que bajulam, aparte nosso]
Por ocasião do encontro, os trabalhadores também apresentaram pautas organizativas, que dizem respeito a mobilizações para garantir direitos, alcançar melhorias na remuneração e no ambiente organizacional, uma vez que a atual administração demonstra total descaso às reivindicações dos funcionários da CABB, abaixo elencadas:
- Pagamento do valor de 55 % do VP A1 + gratificação semestral do A1, como gratificação de função para os atendentes, conforme cláusula 8ª do ACT/CCT do Banco Brasil.
- Melhorar o pagamento da Parcela BB Variável – Módulo Bônus, para os atendentes.
- Unificação das comissões de atendentes A e B, pelo maior valor salarial.
- Criar novos níveis de encarreiramento, novas comissões e valorização por tempo de serviço.
- Exigir do BB a emissão da CAT para os trabalhadores da CABB quando for comprovada, através do ambulatório e/ou consulta médica, a existência de doença oriunda das atividades exercidas pelos atendentes.
- Cumprimento de jornada de seis horas, com a integração do intervalo de 20 minutos.
- Exigir do BB o cumprimento dos itens 5.4.5 e 5.7 do anexo II da NR 17, que preconiza a não punição, anotação ou repercussão nas avaliações de aderência, monitoramento, competência e desempenho ou quaisquer outros tipos de avaliações.
- Melhorar a capacitação dos funcionários, preparando-os para novas funções, assegurando maior participação nos cursos presenciais.
- Exigir a participação dos trabalhadores na confecção dos acordos de equipe.
- Ratificar a existência de apenas uma forma de avaliação, no caso a GDC, para fins de comissionamento, extinguindo as avaliações de monitoramento e a aderência e conformidade.
- Desatrelar o oferecimento de produtos na avaliação do índice da Monitoria.
- Fim da terceirização nas CABB's (2).
“Em breve, todas as centrais farão atos e paralisações, a fim de pressionar a empresa a mudar esse quadro dramático”, asseverou o dirigente sindical.
Entretanto, em que pese os esforços empreendidos pelos funcionários, o Clipping do Tato procurou saber também as posições do banco (1) e dos Delegados Sindicais e Ativistas do Complexo Verbo Divino - DSCVD -(2) sobre os pontos retro-enumerados, e obteve as seguintes informações:
(1) Sobre as "Negociações com a Contraf-Cut":
"Diante da quantidade de questionamentos e sugestões para que se transmitam as negociações por algum canal audiovisual, informamos que o processo de negociação coletiva é de fato atípico.
Difere de todos os demais. Guarda peculiaridades que não encontramos em qualquer outro campo em que se dá o que chamamos de negociação. Envolve atores complexos como a organização sindical, e temas e elementos de grande sensibilidade quer sejam individuais ou coletivos.
É o espaço da contratação e da regulação da relação capital/trabalho em agências de produção e ao mesmo tempo estruturas sociais concretas também de grande complexidade como o Banco do Brasil, por exemplo. É natural que muitos queiram estar inseridos diretamente nele; participar dele; ver como acontece.
Todavia a sua atipicidade, sobretudo em épocas de Campanha Salarial, faz com que ocorra nas horas e locais mais improváveis: no restaurante, no hotel, às dez da noite, às duas da madrugada. Talvez ainda não tenhamos acumulado caldo cultural suficiente no Brasil, e sem medo de errar, no mundo, para chegarmos a essa situação que poderíamos classificar de ótima.
Por fim, é preciso também que os milhares de atores envolvidos procurem sua representação sindical, participem de seus fóruns, façam o debate e organizem suas demandas, como vem ocorrendo."
Procurado pelo Clipping do Tato, o Diretor do Sindigato, Getúlio Maciel (foto à direita) , não quis comentar os questionamentos dos funcionários em relação à lisura das tais "Mesas de Enrolações", nem o posicionamento do banco. Disse estar muito ocupado. Nota-se.
(2) Sobre os Terceirizados:
No dia 09 de maio, nos deparamos com mais uma demonstração do descaso com que os trabalhadores são tratados. As pessoas que prestam serviço de limpeza, trabalhadores da empresa PROATIVA, receberam salário após paralisação de 2 dias, e estão sem vale refeição.
O sindicato deles (SIEMACO) foi acionado juntamente com o sindicato dos bancários para que organizem esse movimento e cobrem das empresas (BB e PROATIVA) uma solução imediata para o caso. Os dois sindicatos entraram em contato com as empresas e os trabalhadores seguem mobilizados até que lhes apresentem uma solução efetiva para o caso. Os salários deste mês foram pagos depois que esses trabalhadores se uniram e se mobilizaram, mas a empresa apresenta sinais de fragilidade financeira e os trabalhadores estão a mercê de novos atrasos e calotes.
É necessário lembrar que este caso não é novidade no complexo Verbo Divino. Em junho do ano passado estes mesmo trabalhadores eram contratados de outra empresa do mesmo ramo que prestava serviço neste prédio, a RODTEC. Esta empresa deixou de prestar serviços para o BB, pois faliu, e os funcionários foram obrigados a pedir demissão para serem contratados pela PROATIVA, que agora não está pagando o salário. A RODTEC fez muitas manobras para não pagar os direitos. Os trabalhadores que entraram com ação apenas contra a RODTEC estão recebendo mixaria, uma vez que a empresa está falida. O Banco do Brasil tem que se responsabilizar por esta situação, uma vez que usufrui dos serviços desses trabalhadores que há anos prestam serviço com dedicação e segurança.
Também é importante dizer que este processo não começou com a RODTEC e, se não encontrarmos formas de impedir injustiças como esta, não terminará com a PROATIVA. Esses trabalhadores são muito carentes, mas nos dão uma lição de organização ao decidir, corajosamente, paralisar suas atividades, com a finalidade de buscar o seu direito básico: salário. Além de receberem salário mínimo para prestarem serviços, são colocados em condições de serviços insalubres, quase todo mês o depósito do vale transporte é feito com atraso e muitos precisam se deslocar por rotas enormes pela cidade, deixam de receber a pequena cesta básica se vão ao médico... mas não receber o salário é o máximo do abuso. Antes do ocorrido com a RODTEC – ir embora sem pagar os direitos previstos em lei para a rescisão contratual - aconteceu a mesma coisa com as empresas NIL e KST.
Preocupação: se bem conhecemos esta história, a PROATIVA deve estar em vias de quebrar. Para que não vejamos o mesmo filme, onde os trabalhadores sempre se ferram, o Banco do Brasil deveria usar a "garantia" depositada pela empresa (em conta no BB), para garantir o aviso prévio e demais verbas rescisórias. Caso não seja suficiente, que o banco arque com restante pois o seu lucro é fabuloso!
Louvável a paralisação!!! Os delegados Sindicais do Complexo Verbo Divino apoiam a cobrança de postura do BB que honre o disposto em seus normativos, contido no próprio conceito de responsabilidade socioambiental (a saber, o IN 397-2.1.:
Infelizmente, o que constatamos foi extremo desrespeito, quando o BB resolveu cortar o café da manhã desses trabalhadores ontem, que já estava pronto e pago. A humilhação imposta para fragilizar os funcionários é revoltante e inaceitável.
Nós bancários, não podemos ficar insensíveis a esta situação. Devemos nos solidarizar e apoiá-los. A luta desses trabalhadores é legítima. Solicitamos a compreensão de todos quanto a limpeza dos banheiros, eventual falta de água nos bebedouros, etc.
Exigimos que o BB proponha uma solução e que se apure a motivação para tamanha infâmia e que os responsáveis sejam punidos para que isso não volte a ocorrer!
Que o BB cumpra os preceitos apontados nos seus Princípios de Responsabilidade Socioambiental!
Entretanto, em que pese os esforços empreendidos pelos funcionários, o Clipping do Tato procurou saber também as posições do banco (1) e dos Delegados Sindicais e Ativistas do Complexo Verbo Divino - DSCVD -(2) sobre os pontos retro-enumerados, e obteve as seguintes informações:
(1) Sobre as "Negociações com a Contraf-Cut":
"Diante da quantidade de questionamentos e sugestões para que se transmitam as negociações por algum canal audiovisual, informamos que o processo de negociação coletiva é de fato atípico.
Difere de todos os demais. Guarda peculiaridades que não encontramos em qualquer outro campo em que se dá o que chamamos de negociação. Envolve atores complexos como a organização sindical, e temas e elementos de grande sensibilidade quer sejam individuais ou coletivos.
É o espaço da contratação e da regulação da relação capital/trabalho em agências de produção e ao mesmo tempo estruturas sociais concretas também de grande complexidade como o Banco do Brasil, por exemplo. É natural que muitos queiram estar inseridos diretamente nele; participar dele; ver como acontece.
Todavia a sua atipicidade, sobretudo em épocas de Campanha Salarial, faz com que ocorra nas horas e locais mais improváveis: no restaurante, no hotel, às dez da noite, às duas da madrugada. Talvez ainda não tenhamos acumulado caldo cultural suficiente no Brasil, e sem medo de errar, no mundo, para chegarmos a essa situação que poderíamos classificar de ótima.
Por fim, é preciso também que os milhares de atores envolvidos procurem sua representação sindical, participem de seus fóruns, façam o debate e organizem suas demandas, como vem ocorrendo."
Procurado pelo Clipping do Tato, o Diretor do Sindigato, Getúlio Maciel (foto à direita) , não quis comentar os questionamentos dos funcionários em relação à lisura das tais "Mesas de Enrolações", nem o posicionamento do banco. Disse estar muito ocupado. Nota-se.
(2) Sobre os Terceirizados:
No dia 09 de maio, nos deparamos com mais uma demonstração do descaso com que os trabalhadores são tratados. As pessoas que prestam serviço de limpeza, trabalhadores da empresa PROATIVA, receberam salário após paralisação de 2 dias, e estão sem vale refeição.
O sindicato deles (SIEMACO) foi acionado juntamente com o sindicato dos bancários para que organizem esse movimento e cobrem das empresas (BB e PROATIVA) uma solução imediata para o caso. Os dois sindicatos entraram em contato com as empresas e os trabalhadores seguem mobilizados até que lhes apresentem uma solução efetiva para o caso. Os salários deste mês foram pagos depois que esses trabalhadores se uniram e se mobilizaram, mas a empresa apresenta sinais de fragilidade financeira e os trabalhadores estão a mercê de novos atrasos e calotes.
É necessário lembrar que este caso não é novidade no complexo Verbo Divino. Em junho do ano passado estes mesmo trabalhadores eram contratados de outra empresa do mesmo ramo que prestava serviço neste prédio, a RODTEC. Esta empresa deixou de prestar serviços para o BB, pois faliu, e os funcionários foram obrigados a pedir demissão para serem contratados pela PROATIVA, que agora não está pagando o salário. A RODTEC fez muitas manobras para não pagar os direitos. Os trabalhadores que entraram com ação apenas contra a RODTEC estão recebendo mixaria, uma vez que a empresa está falida. O Banco do Brasil tem que se responsabilizar por esta situação, uma vez que usufrui dos serviços desses trabalhadores que há anos prestam serviço com dedicação e segurança.
Também é importante dizer que este processo não começou com a RODTEC e, se não encontrarmos formas de impedir injustiças como esta, não terminará com a PROATIVA. Esses trabalhadores são muito carentes, mas nos dão uma lição de organização ao decidir, corajosamente, paralisar suas atividades, com a finalidade de buscar o seu direito básico: salário. Além de receberem salário mínimo para prestarem serviços, são colocados em condições de serviços insalubres, quase todo mês o depósito do vale transporte é feito com atraso e muitos precisam se deslocar por rotas enormes pela cidade, deixam de receber a pequena cesta básica se vão ao médico... mas não receber o salário é o máximo do abuso. Antes do ocorrido com a RODTEC – ir embora sem pagar os direitos previstos em lei para a rescisão contratual - aconteceu a mesma coisa com as empresas NIL e KST.
Preocupação: se bem conhecemos esta história, a PROATIVA deve estar em vias de quebrar. Para que não vejamos o mesmo filme, onde os trabalhadores sempre se ferram, o Banco do Brasil deveria usar a "garantia" depositada pela empresa (em conta no BB), para garantir o aviso prévio e demais verbas rescisórias. Caso não seja suficiente, que o banco arque com restante pois o seu lucro é fabuloso!
Louvável a paralisação!!! Os delegados Sindicais do Complexo Verbo Divino apoiam a cobrança de postura do BB que honre o disposto em seus normativos, contido no próprio conceito de responsabilidade socioambiental (a saber, o IN 397-2.1.:
- “A ética empresarial do Banco do Brasil assume o caráter de responsabilidade socioambiental que se traduz em ter a ética com o compromisso e o respeito como atitude nas relações com funcionários, colaboradores, fornecedores, parceiros, clientes,credores, acionistas, concorrentes, comunidade, governo e meio ambiente.”).
Infelizmente, o que constatamos foi extremo desrespeito, quando o BB resolveu cortar o café da manhã desses trabalhadores ontem, que já estava pronto e pago. A humilhação imposta para fragilizar os funcionários é revoltante e inaceitável.
Nós bancários, não podemos ficar insensíveis a esta situação. Devemos nos solidarizar e apoiá-los. A luta desses trabalhadores é legítima. Solicitamos a compreensão de todos quanto a limpeza dos banheiros, eventual falta de água nos bebedouros, etc.
Exigimos que o BB proponha uma solução e que se apure a motivação para tamanha infâmia e que os responsáveis sejam punidos para que isso não volte a ocorrer!
Que o BB cumpra os preceitos apontados nos seus Princípios de Responsabilidade Socioambiental!
(DSCVD)
Fonte: http://www.blog-se.com.br/blog/conteudo/home.asp?idBlog=16786
Comentário: É o musical em homenagem aos sindigatos saltimbancos...
Comentário: É o musical em homenagem aos sindigatos saltimbancos...
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