PSOL convoca "Tropa de Elite II" para enfrentar "milícias" governistas, diz jornal

Marcelo Freixo monta "Tropa de Elite" para eleição no Rio

O candidato do Psol à prefeitura do Rio quer chegar ao segundo turno com o apoio de artistas e do filme inspirado em sua própria história.

"Acho legítimo e honesto identificar a minha campanha com o filme, 
até porque a realidade é pior do que a ficção"
(Marcelo Freixo - PSOL/RJ)

Direto do Alto do Morro

Uma velha máxima do mundo político do Rio de Janeiro prega que o eleitor carioca não gosta de consensos. Candidato à reeleição com o apoio de 19 partidos, do governo estadual e do Palácio do Planalto, além do ex-presidente Lula, o prefeito Eduardo Paes, do PMDB, certamente discorda totalmente desta avaliação.

Já o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) aposta todas as suas fichas na irreverência inquieta do carioca para repetir em 2012 o mesmo fenômeno que quase elegeu Fernando Gabeira (PV) como prefeito da cidade em 2008.

Para compensar o tempo ínfimo que terá na televisão, de 1 minuto, e a ausência de partidos grandes em seu palanque, Freixo contará com a "Tropa de Elite" da ficção em sua cruzada contra o consenso.

Apesar de ter sido eleito deputado estadual com maior votação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro depois de comandar a CPI das Milícias, seu nome tornou-se nacionalmente conhecido só uma semana depois do pleito de 2010, quando estreou o filme "Tropa de Elite 2".

Um dos personagens centrais do longa de José Padilha foi inspirado em Freixo. Ele contou que vai explorar o sucesso do longa metragem na campanha.
  • "Acho legítimo e honesto identificar a minha campanha com o filme, até porque a realidade é pior do que a ficção".
O deputado revela, ainda, que contará com a presença do ator Wagner Moura, o Capitão Nascimento, em sua propaganda de televisão.

Os filmes serão produzidos com auxílio militante do cineasta José Padilha, que dirigiu "Tropa de Elite 2" . Na semana passada, o ator comandou um jantar de apoio a Freixo em sua casa. Estiveram presentes Caetano Veloso, Mariana Ximenes e Renata Sorrah, entre outros.

Em tempo: em vez de entregar o cargo de vice para um partido com tempo de televisão, ele optou por ter como companheiro de chapa o músico Marcelo Yuka, ex-bateirista da banda O Rapa. "É um problema ter pouco de propaganda na televisão. Não podemos errar nos minutos que temos. Precisamos ser cirúrgicos. Para compensar, usaremos também as redes sociais", diz Freixo.

Questionado sobre a possibilidade de ser uma terceira via na campanha do Rio, ele responde com outra pergunta. "Mas qual será a segunda via? Minha candidatura vai além dos votos de opinião da zona Sul. O debate sobre as milícias é o caminho para entrar na zona Oeste".

A postura ideológica radical do Psol, partido de Freixo, também se mostra um obstáculo. "Se eu chegar ao segundo turno, não farei aliança com Rodrigo Maia e Clarissa Garotinho", diz. Apesar do discurso intransigente, o candidato recebeu de braços abertos o apoio da vereadora tucana Andrea Gouveia Vieira, que rompeu com o partido temporariamente para apoiar o escolhido da "Tropa de Elite".

Fonte: Brasil Econômico - 23/04/2012

Comentário: Deve-se lembrar - a alguns desmemoriados, sobretudo - a célebre frase de Nelson Rodrigues, que em certa ocasião asseverou:  
  • "Toda unanimidade é burra". 
Alguma dúvida disso, senhores navegantes?

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