Câmara: Ricos não pagam tributos no Brasil

Impostos deveriam incidir mais sobre a renda e o patrimônio

No Brasil, milionários que possuem aviões, lanchas e iates não pagam IPVA

“Existe muita renúncia da tributação em favor dos mais ricos, 
por isso o sistema além de desigual é imoral”
(Pedro Delarue - Presidente do Sindifisco)
Da Redação do CT 
Cerca de 47% da arrecadação de impostos vem justamente do consumo. E a estrutura tributária é tão confusa que é praticamente impossível saber, com certeza, quanto se paga de impostos em cada produto. Isso porque, além do IPI, PIS e Cofins, entre outros, existem várias outras taxas que são diluídas nos custos das empresas e acabam sendo transferidas para o consumidor.

O técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Marcelo Piancastelli diz que uma estrutura tributária tão complicada traz consequências muito graves para o crescimento e o desenvolvimento do País, pois atualmente é baseada nos “impostos ruins”, que são os impostos sobre consumo, com tarifas muito elevadas, que impedem a aquisição maior de produtos.

  • “É uma injustiça que as pessoas de renda mais baixa tenham a carga tributária mais elevada, e elas não têm uma contrapartida nos serviços de educação, saúde e infraestrutura que o governo oferece”, declara Piancastelli.
Ele cita como impostos bons aqueles que incidem sobre a renda e patrimônio da população, pois não prejudicam o nível de consumo da sociedade. Piancastelli acha imprescindível o Congresso Nacional deliberar a reforma tributária na próxima legislatura.

O Brasil está entre os dez países mais ricos do mundo, mas também exibe uma das rendas mais concentradas. Para o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Pedro Delarue, o sistema tributário atual, além de não distribuir renda, não contribui para melhorar essa renda.
  • “Existe muita renúncia da tributação em favor dos mais ricos, por isso o sistema é desigual”, afirma Delarue. 
  • “Temos de tornar o sistema mais progressivo, tributando mais a renda e o patrimônio do que o consumo”.
O presidente do Sindifisco considera necessário mudar a legislação.
 “Não é possível, por exemplo, que jatinhos, helicópteros, lanchas e iates de luxo não sejam tributados pelo IPVA, enquanto os carros populares, sim”
 (Delarue)
    Tributarista defende mudança no foco da arrecadação do estado

    Para Pedro Delarue, o caso pede mais do que uma reforma tributária e passa, inevitavelmente, por uma mudança de foco da arrecadação do estado.

    Isso significa o seguinte: 
    •  ao invés do imposto recair sobre o preço do feijão, do arroz, ou seja, no consumo, ele seria sobre o quanto cada um ganha e sobre o quanto cada pessoa tem. 
    Com isso, pobres pagariam menos e ricos, mais.
     Impostos sobre jatinhos e iates poderiam, por exemplo, financiar o SUS.  

    Fonte: TV Câmara

    PANO RÁPIDO: O Clipping do Tato quis saber da ex-governadora do Pará, atual colonista do semanário oficial do governo, de propriedade do Sr. Demétrio Carta, o que ela achava desta aberração. 

    Confira abaixo as respostas da política, via Twitter:
    Como bem disse aquele filósofo do Século XIX: 
    • "Ricaços do mundo, uni-vos!"
     E vinde ao Brasil - o paraíso dos ricos, avarentos, obesos, ociosos, impotentes, frígidos, lacônicos, hipócritas e, irremediavelmente, indômitos.

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