@ProtogenesQ: Que bicho vai dar?

Protógenes pode investigar seu braço direito na CPI da "Privataria petralha"
Gatunos e ratazanas


Por Claudio Julio Tognolli

A desejosa CPI da Privataria pleiteada por Protógenes contra inúmeros senhores do alto escalão da sociedade e da política envolve o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o Sargento Dadá - braço direito do bicheiro -, que está preso. Ocorre que esse mesmo Dadá foi também operador de Protógenes na Satiagraha, fazendo a ligação do ex-delegado com os arapongas da Abin.

Há chances armagedônicas de o Congresso acatar o pedido do deputado Protógenes Queiroz, para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar, num prazo de 180 dias, as práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

A prisão de Carlos Cachoeira e dos demais envolvidos na exploração de caça-níqueis e do jogo do bicho em Goiás revelou ligações entre o crime organizado e personalidades políticas importantes do estado. Entre elas, o principal alvo é o senador Demóstenes Torres, um dos bastiões das lições de ética brandidas volta e meia pelo partido do DEMO.

Mas Protógenes Queiroz (Prózinho para os íntimos) - O delegado do povo, segundo ele mesmo - corre o risco de ser vítima do adágio criado por aquele que lhe deu, nas palavras do próprio deputado, a “missão presidencial” de tocar a Operação Satiagraha.

O ex-presidente molusco, digo, Lula, gostava de dizer que a “Polícia Federal Republicana” jamais deveria temer cortar a própria carne do governo. Se aprovada, a CPI da Operação Monte Carlo, como quer Protógenes, vai ter como um de seus alvos inequívocos, pasmem, justamente o ex-braço direito do deputado na Satiagraha: o sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo, o Dadá.

Saído do Cisa, o SS (Serviço Secreto da Aeronáutica), justamente para cumprir a missão presidencial da Satiagraha. Dadá foi preso pela PF na Operação Monte Carlo. Na Satiagraha, foi Dadá quem aproximou Protógenes da Abin. E foi justamente essa participação dos arapongas que acabou por invalidar a operação no STJ – o que o Ministério Público agora tenta reverter.

Os ex-delegados Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz são investigados por corrupção passiva, prevaricação e interceptação telefônica ilegal, no STF. A CPI que Protógenes ora postula, contra Cachoeira, vai jogar luz sobre o sargento Dadá – o que, por sua vez, ilumina as práticas ilegais que o STF investiga contra Protógenes Queiroz.

As provas até agora obtidas pela PF, contra Cachoeira, indicam que Demóstenes recebeu dele uma cozinha completa como presente de casamento. E Demóstenes pareceu manter uma amizade íntima com o bicheiro em conversas telefônicas, se referindo a ele como «professor».

Além de desmoralizar o senador goiano, a Operação Monte Carlo também pode arruinar a carreira política do governador Marconi Perillo, do PSDB, que entregou a segurança pública do seu estado a um dos maiores contraventores do País.

Cachoeira tinha no sargento Dadá o seu homem de inteligência e recorreu a ele na campanha de Marconi para o governo de Goiás em 2010, a quem ajudou a financiar. Nesse time de campanha, além de Dadá, também atuou o jornalista Alexandre Oltramari, ex-repórter de Veja.

A crônica de Dadá na mídia é recente

Além do envolvimento na Satiagraha, ele também teria sido chamado para participar de uma central de dossiês, que atuaria a serviço da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República; estes conhecidos como os aloprados do PT. Ele e o delegado Onésimo de Souza teriam pedido a remuneração de R$ 200 mil/mês e, por isso, teriam tido seus serviços recusados pela campanha. Dadá mantinha relações próximas com o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro “Privataria Tucana”.

Não se sabe o quanto de informações geradas pelo sargento Dadá entrou ou não no best-seller (ver aqui:. Sobre Dadá, Amaury disse o seguinte em depoimento à PF, no inquérito n° 839/2010 SR/DPF/DF:
  • “QUE, em dezembro de 2007, tendo tomado ciência de que um grupo clandestino de inteligência estaria seguindo, o então governador do estado, Aécio Neves, decidiu investigar quem eram os integrantes de tal grupo e a motivação de seus trabalhos,
 
  • QUE, recorrendo às suas fontes na comunidade de informações, dentre elas Idalberto Matias de Araújo, Vulgo Dadá, obteve informação de que se tratava de grupo que trabalhava para José Serra, sob o comando do deputado federal Marcelo Itagiba, sendo que faziam parte do grupo o agente do SNI que não se recorda o nome, e outro da PF, de nome Darlan;
  •  QUE, durante o ano de 2008 e diante das informações obtidas de Dada e outros agentes, decidiu retomar as investigações das privatizações, agora (naquele momento) focando também pessoas ligadas a José Serra;”
Ao propor uma investigação sobre os tentáculos de Carlos Cachoeira no poder goiano, Protógenes corre o risco de revelar ainda mais bastidores sobre a Satiagraha, que ele próprio conduziu com o auxílio de Dadá.

(Em base das informações publicadas pelo jornal eletrônico Brasil 247)

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