Conquista histórica: Lucro do Bradesco é o 3º maior da história dos bancos

Ganhos somaram R$ 11.000.000.000,00 em 2011

Em qualquer cenário, seja de crise ou estabilidade, só os banqueiros se mantêm na zona do conforto

Por Altamiro Silva Júnior

O Bradesco abriu em janeiro a temporada de anúncio das tão propaladas "conquistas históricas" (segundo o @spbancarios), anunciando lucro líquido contábil em 2011 de R$ 11,028 bilhões no ano passado, um crescimento de 10% na comparação com 2010, o terceiro maior entre bancos brasileiros da história. 

Uma conquista histórica, sem dúvidas, mas não para os sanguessugados bancários como querem fazer crer os ilustres sindigatunos que, ao invés de representar a categoria, passaram a representar os interesses do governo em conluio com os banqueiros; banqueiros, entendam - conselhos de administração de bancos, presidentes, diretores e superintendentes. O resto são escravos aspirantes a privilegiados, ou escravos sem privilégio nenhum. Mas são apenas escravos.

O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio ficou em 21,3%. No lucro do quatro trimestre, porém, o lucro de R$ 2,726 bilhões representou queda de 8,7% ante o mesmo período do ano anterior. 

A expansão da rede de atendimento aumentou as despesas do Bradesco e acabou contribuindo para a queda no lucro três últimos meses do ano. As despesas do banco somaram R$ 6,822 bilhões de outubro a dezembro, alta de 8,5% ante o período anterior e de 17,8% em 12 meses.

O total de pontos de atendimento do banco cresceu em 11 mil unidades no ano passado, com destaque para a abertura de 1.009 agências no ano, para um total de 59,7 mil pontos de atendimento. A ampliação da rede foi uma estratégia para compensar a perda do Banco Postal para o Banco do Brasil. Somente no quarto trimestre foram abertas 689 agências.

Crédito
A carteira de crédito expandida, que inclui avais e fianças, fechou dezembro em R$ 345,7 bilhões, com evolução de 17,1% em relação ao mesmo período de 2010. O destaque foi o crescimento das operações de pessoas jurídicas, que atingiram R$ 237 bilhões e tiveram crescimento de 20,4%. Na pessoa física, a expansão foi menor, de 10,6% para R$ 108,7 bilhões.

Os ativos totais do banco fecharam 2011 em R$ 761,5 bilhões, crescimento de 19,5% em um ano. O patrimônio líquido, em dezembro de 2011, somou R$ 55,6 bilhões, 15,7% superior ao mesmo mês de 2010.

O Bradesco também informou lucro ajustado de R$ 2,771 bilhões no quarto trimestre, alta de 3,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A diferença em relação ao ganho contábil se deve a efeitos extraordinários, como provisão para causas cíveis, efeitos fiscais e alienação parcial de investimentos em empresas (como Ibi Promotora, CPM Braxis e Fidelity). No ano, o lucro ajustado foi de R$ 11,198 bilhões.

Inadimplência
A taxa de inadimplência do Bradesco, considerando os atrasos acima de 90 dias, teve pequeno aumento no quarto trimestre de 2011, puxado principalmente pela carteira de micro e pequenas empresas. O indicador terminou dezembro em 3,9%, ante 3,8% do terceiro trimestre e 3,6% no mesmo mês de 2010.

Na carteira de empresas de menor porte, a inadimplência passou de 3,7% no terceiro trimestre para 3,9% no quarto. Nas grandes corporações ficou estável em 0,4%.
No segmento de pessoa física também houve ligeira alta, passando de 6% para 6,1% no mesmo período de comparação.

Já a despesa de provisão para devedores duvidosos (PDD) registrou queda no período, baixando 4,2% ante o trimestre anterior e ficando em R$ 2,661 bilhões. A redução, segundo o banco, ocorreu por conta da "adequação do nível de provisionamento em relação à expectativa de perda de determinadas operações com clientes corporativos" que acabou compensando o aumento da inadimplência e da carteira de crédito.

Já no acumulado do ano, houve aumento de 17,6% na despesa com PDD, principalmente por causa do aumento dos calotes e o crescimento dos empréstimos em 17%.

Fonte: Estadão

Comentário: Uma "conquista histórica"... 

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