Forbes: Os brasileiros mais ricos do mundo

  Brasil: 190 milhões de pessoas.
137 mil  (0,07%) são milionários, 
apenas 30 (0,000016%) são bilionários.
Ufa! Ainda bem que aqui não temos concentração de renda
(Tato De Macedo)
Da Redação do CT
É intrigante observar a abordagem que se dá ao que a Forbes publicou, em sua última edição. Tudo o que é irrelevante torna-se a coqueluche entre colonistas e editorialistas que abundam nos jornalões e revistas brasileiros. 

Até o reino capital faz mea culpa e reconhece as aberrações que assolam este país, e lista algumas "facilidades" que fazem alguns espertalhões figurarem na honrosa lista da badalada revista.

Não é errado pensar que entrar para a política não atrapalha, pelo contrário ajuda (e os últimos governos não deixam dúvidas disto), nossos brasileirinhos tornarem-se um destes 19 felizardos.

Corrobora para isto reconhecer que ter uma ONG e algum acesso a alguns ministérios impulsionará você a ser quem sabe, o vigésimo milionário na próxima edição da Forbes, certamente.

É sabido que a concorrência neste nicho é violenta, mas para fazer frente a um sindicato ligado ao Paulinho da Força, você pode se prostrar a um Sindicato dos Bancários de São Paulo, por exemplo, e com um pouco de sorte fazer boas amizades com a turma da bufunfa da FENABAN e assim garantir um futuro tranquilo para você e famiglia. 

Meu pai sempre dizia que o Brasil nunca foi o país mais indicado para pessoas íntegras e honestas, mas que mesmo assim valeria a pena me dedicar ao estudo e ao trabalho. Eu acreditei.

A questão central - parece que ninguém percebe ou finge não perceber -, o cerne, o mais importante, o relevante ninguém toca: 
  • o Brasil tem, hoje, 190 milhões de pessoas (Censo 2010/IBGE). 
Considerando os dados informados importa saber: 
  1. 137 mil brasileiros, ou seja 0,07% do total da população - um pouco mais, um pouco menos, nem faz diferença -, estão na faixa da pirâmide dos milionários.  
  2. Apenas 30 (um pouco mais, talvez) são bilionários; isto é 0,000016% do total da população. 

Pasmo que ninguém se pergunte porquê isto permanece. E os outros 99% que não aparecem em lista nenhuma das preocupações, inclusive de outrora prestigiosos semanários, agora nem tanto?

Ora, fato é que no Brasil, cerca de 4% da população é muito rica, o resto é composto por meio-pobres, pobres e miseráveis. É a prova concreta e inexpugnável da absurda, irracional e rotunda concentração de renda nas mãos de alguns poucos privilegiados, que assim o foram desde sempre, como este que aparece (capa à direita), como o "mais admirado".

Entretanto, ao ler Carta Capital (outras de maior, ou menor "credibilidade", a depender do gosto, não me interessa) fico com a seguinte impressão: 
  • Ufa! Ainda bem que neste maravilhoso país - de sucessivos governos de centro-extremo - não temos, nem nunca tivemos, concentração de renda. 
Realmente, o diretor de redação e sócio-proprietário da editora Confiança (Carta Capital) tem absoluta razão quando afirma "o jornalismo tupininquim virou algo grotesco".

Virou algo grotesco porque é feito por gente igualmente grotesca, sem exceção.

Ou alguém aqui pensa que pode pescar salmão, cultivando larva de batráquio?

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