Não-grevistas tentam terminar paralisação e assembleia do BB é suspensa
Há sindigatos (o de São Paulo) e há Sindicatos - o do Rio Grande do Sul !
Diferentemente do sindigato de São Paulo, que desavergonhadamente, além de não coibir essa manobra dos dirigentes do banco, pelo contrário incentiva, o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul decidiu, com a mais absoluta correção, suspender a assembleia do BB que iria avaliar a proposta da Fenaban e da direção do banco.
Prevista para ocorrer às 15h desta segunda, na Casa dos Bancários, os grevistas perceberam a presença em massa de funcionários que não aderiram à greve na assembleia. Diante da situação, o SindBancários decidiu suspendê-la e convocá-la para terça-feira, dia 18, às 10h.
O Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul deu, com isto, um exemplo de coragem, demonstrando além de ética sindical, sobretudo:
- comprometimento com os interesses da categoria e não dos banqueiros e governo.
Segundo o site do sindicato do RS, os gerentes e a Superintendência do Banco do Brasil convocaram os funcionários para participarem da assembleia, justamente com o objetivo de aprovar as propostas e terminar com a greve.
Em São Paulo, com a bestial conivência e o habitual descaramento dos sindigatunos, a greve foi encerrada pela presença de rotunda maioria de não-grevistas, que compareceu em peso, apesar dos protestos de grevistas presentes.
Pode-se constatar, ainda, que os não-grevistas foram contemplados com uma defesa veemente de suas presenças na Quadra dos Bancários, por um sindicalista da atual diretoria executiva, vulgo Paulo, que subiu à tribuna e lhes deu as boas vindas.
Já no auditório da Casa dos Bancários, completamente lotado, as coisas foram diferentes. O diretor da Fetarfi-RS, Ronaldo Zeni, disse que gostaria que todos os colegas que estavam presentes estivessem unidos e participando de todos os debates e instâncias democráticas da campanha.
“Um dos principais itens de nossa pauta especifica é o combate ao assédio moral. Somente depois que alertamos para o risco da perda da cláusula 42ª, que os colegas perceberam a ameaça e aderiram à greve”, destacou o dirigente.
- “Por isso, que não vamos aceitar pressão da Superintendência ou dos gerentes para acabar com a greve. Nós que decretamos e nós quem vamos acabar”, afirmou Zeni.
Fonte: www.sindbancarios.org.br
Comentários: Lamente-se, de resto, o peleguismo feroz verificado no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Cafajestada pura é o que fazem com os trabalhadores paulistas. Qualquer adjetivo abaixo de cães vira-latas ainda seria pouco para reconhecê-los.
Por sorte, e como rara exceção nesse mar de lama que assola o país, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre brinda a todos os bancários (grevistas, frise-se), com exemplar caráter, firmeza e comprometimento com a luta da categoria.
Parabéns, brava gente do sul. Vocês nos orgulha, em muito.
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