Brasília: Prazer inflacionado

Histórias Reais da Capital Federal                                                                 
              "Posso resistir a tudo, menos à tentação..."
                                                                      (Oscar Wilde)

Um amigo meu - respeitabilíssimo executivo de um banco público sediado em Brasília -, homem de boa e tradicional famiglia paulistana, casado, pai de três filhos e de caráter impoluto, o amigo navegante logo perceberá adiante, teve de se mudar a trabalho para o Distrito Federal, e qual não foi sua surpresa observou algumas notáveis diferenças entre Brasília e São Paulo.

De início, notou que a frase mais pronunciada (e ouvida) pelas bandas da capital federal era:
  • "Você sabe com quem está falando? "
Meu ingênuo amigo estranhou o fato, acostumado a ouvir, mais comumente, na Chuiça(*):
  • "Saia da frente, companheiro. Tô com pressa..."

Mas as diferenças não páram por aí não. Acostumado às bandalheiras por aqui, o intrépido amigo percebeu, também, que custa muito mais caro ter prazer em Brasília que em São Paulo.

Sim, exatamente, o prazer tem o seu preço - de uma forma ou de outra.

E ele descobriu (?) que as madrezitas que praticam a profissão mais antiga da história da humanidade cobram, em Brasília, o dobro das suas semelhantes em São Paulo.

Tive, então, de esclarecer ao estupefato amigo ser natural essa diferença. Faz todo o sentido estas profissionais de Brasília cobrarem o dobro das de São Paulo. Lá elas são pagas com dinheiro público. 

E no Brasil, o que é público não é de ninguém.

Aliás, ciosos desta inflação no mercado de "programas", já tem deputado propondo no Congresso, além do aumento de auxilio-moradia, a criação do auxílio-putaria.

Indignado com tal situação, o dito amigo desabafou:
  • "De agora em diante, nas eleições, só votarei nas putas. Recuso-me a continuar votando nos filhos delas."
(*) Chuiça - É como os paulistas pensam que S. Paulo é: uma combinação da pujança econômica da China com a qualidade de vida da Suiça. Na realidade, não é uma coisa nem outra.

Comentários

Leila Brito disse…
É meu amigo...
Não há limite para a corrupção político-institucional, porque a putaria desbundou de vez e, sem freio, desce a ladeira em direção ao abismo moral, levando a rodo o Povo Brasileiro que, IGNORANTE POLÍTICO, não exige respeito.
Minha desilusão é ABSOLUTA.
Abraço...
Leila
Tato de Macedo disse…
Querida Leila, somos dois (quiçá dois milhões de indignados). Nunca antes na história desse país, o país foi tratado com tanta indiferença.

Sinceridade? Creio que o PT deveria mudar sua sigla para PP (Partido da Putaria, dos Pilantras, dos Picaretas, e por aí vai)

Abs
Anônimo disse…
As primas não são servidoras públicas?

Então, justifica-se pagá-las com $$$ público. Rss

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