Mercado: Juros são o perfume da massa cheirosa

Decreto resolve apenas salário mínino. Não o câmbio, diz presidenta
Depois do "espetáculo do crescimento" do governo Lulu,
temos de pagar as contas dos Donos do Capital no governo Didi

De Pequim ficamos todos sabendo que o governo Didi (Dilma Rousseff) tem "grande preocupação" com a situação do câmbio no Brasil, da supervalorização do real em relação a outras moedas como o dólar.

"Temos tomado todas as medidas possíveis num quadro em que a política é de câmbio flexível". (*)

Dilma apontou como principais razões para a desvalorização do dólar a política de expansão monetária dos Estados Unidos e Europa (excesso de liquidez artificial), que tem emitido dólares para assegurar crescimento da economia, e os altos juros pagos no país, "mais elevados que o resto do mundo".

"Não é situação que a gente resolva com decreto" (diferentemente do salário mínimo para conter o consumo das classes baixas), disse a presidente. 
  • "Mas estamos conscientes, alertas e blá-blá-blá", observou astutamente a presidenta. 
Didi esclareceu, ainda, que não pretende "derrubar os juros depois de amanhã". O "grande desafio" será levar os juros aos níveis internacionais nos próximos quatro anos, comentou. 

Se não for possível nos quatro anos, garante que, ao menos, nas quatro décadas seguintes essa questão estará resolvida.

Didi pede paciência ao setor produtivo, mas reconhece que os juros são o perfume da massa cheirosa.

(*) No regime de câmbio flutuante o valor da moeda estrangeira, ou a taxa de câmbio, é determinado pela relação entre a oferta e a demanda, regra adotada nos principais países desenvolvidos. Já o regime de câmbio fixo exerce controle total do mercado, através da constante intervenção do Banco Central do Brasil, comprando o excesso de dólar ou vendendo-o, caso ele esteja em falta no país. Entretanto, existem também as formas híbridas de câmbio, que misturam conceitos do fixo e do flutuante. O Regime de Bandas Cambiais, onde a flutuação adotada para a taxa de câmbio possui um teto e um piso, e a Dirty Float (flutuação suja), quando o câmbio é considerado livre apenas enquanto o mercado está equilibrado, são as maneiras híbridas mais comuns do mercado cambial brasileiro.

Tato De Macedo
Direto de Pequim - Via Blog

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