Com ciência: Afinal, o que é sustentabilidade?
“Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo,
economicamente inclusivo e ambientalmente responsável.
Se não for assim não é sustentável.
Aliás, também não é desenvolvimento.
É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso,
que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente.”
(Eco Debate)
O conceito de desenvolvimento sustentável é discutido há pelo menos quarenta anos. Apesar de famosa, essa definição, porém, peca pela falta de precisão e abre espaço para várias interpretações. Afinal, como conciliar a conservação dos recursos naturais ao desenvolvimento econômico?
Em seu artigo “Technology and the notion of sustainability”, o pesquisador sueco Sven Ove Hansson, do Departamento de Filosofia do Royal Institute of Technology, de Estocolmo, assim analisa:
- “em particular, desenvolvimento sustentável (assim definido) é mais palatável para a maioria dos economistas e políticos do que para a ideia mais popular de ‘crescimento’ zero, que implicava um conflito sem solução entre crescimento econômico e preservação ambiental e requeria a submissão do primeiro ao segundo”.
Contudo, para o pesquisador sueco, é justamente o fato de ser indefinido que esse conceito de sustentabilidade é universal. O texto foi publicado no último número da revista Technology in Society.
Foi no início dos anos 70 que determinados grupos - especialmente econômicos – passaram a entender que seria possível usar essa palavra para conjugar desenvolvimento e meio ambiente. Mas foi com a publicação do Relatório Brundtland (ou Our Common Future), na década de 1980, que o conceito foi definido da forma que, atualmente, é entendido por boa parte da sociedade mundial:
- desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades das gerações futuras sem comprometer a capacidade das gerações atuais terem suas próprias necessidades atendidas.
Fonte: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico
Comentários: Na realidade, o que se vê no setor empresarial, sobretudo no financeiro, é a tentativa de transformar os apelos [crescentes] das sociedades por preservação ambiental em mirabolantes estratégias de marketing de vendas. Simples, assim.
Ou seja, lucros insustentáveis em base da degradação socioambiental. Os bancos são provas incontestes disso.
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