Líbia: Efeito Tiririca faz Planalto "endividar" esforços

 Fonte: Blog do Planalto

Enquanto isso...

O governo tem envidado todos os esforços para salvar a MPX da bancarrota, e não se faz de rogado: 
  • põe R$ 600 milhões do dinheiro do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador -, para "amparar"   a MPX (MPXE3), empresa de energia do biliordário Eike Batista - oitavo homem mais rico do mundo, segundo lista da revista "Forbes" divulgada na quarta-feira. (pobrezinho !)
A MPX está fazendo uma operação de capitalização de R$ 1,3 bilhão. A subscrição é um aumento de capital deliberado por uma Empresa, com o lançamento de novas ações, para obtenção de recursos.

A MPX vai usar os recursos captados para "acelerar execução da MPX Parnaíba e MPX Colômbia", unidades da companhia para produção de gás natural e carvão mineral, respectivamente.

A capitalização da companhia envolve ainda a Gávea Investimentos e o próprio Eike Batista, que vão participar da operação com R$ 200 milhões cada um. A entrada de acionistas minoritários na transação deve adicionar outros R$ 333 milhões.

"O recurso será utilizado prioritariamente no desenvolvimento na exploração de gás natural na Bacia do Parnaíba, na construção de 1.863 megawatts da MPX Parnaíba (MA) e no projeto integrado para produção de 35 milhões de toneladas de carvão mineral na Colômbia para atender as usinas do Brasil, do Chile e o mercado internacional", afirma a MPX em comunicado à imprensa.

A conversão das debêntures em ações poderá ser feita em até três anos a um preço de R$ 43 reais. A remuneração das debêntures será de IPCA mais um percentual de 4% ao ano (spread).

A operação de capitalização ainda passará pela aprovação da diretoria do BNDES e pelo comitê de investimentos da Gávea. Após conclusão da operação, o BNDES e a Gávea Investimentos poderão indicar um membro para o conselho de administração da MPX cada um.

(Com informações da Reuters)

Comentários: No ano passado, o BNDES concedeu US$ 96,32 bilhões em empréstimos, enquanto o Banco Mundial (Bird) emprestou US$ 28,85 bilhões.

Desde 2008, incluindo o novo empréstimo anunciado na semana passada, o Tesouro repassou R$ 291 bilhões ao BNDES para garantir o crescimento dos seus desembolsos.

Há um subsídio embutido nesses empréstimos, porque o Tesouro capta o dinheiro pagando a taxa Selic (11,75%), enquanto o BNDES empresta cobrando TJLP (6%).

O governo nunca divulgou o valor desse subsídio. Cálculo feito pelo pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mansueto Almeida, aponta que a conta para os contribuintes brasileiros está em torno de R$ 20 bilhões por ano.

Para o professor da PUC-RJ, José Márcio Camargo:

  • "há uma apropriação de recursos da sociedade pelos empresários que tomam empréstimos no BNDES". 

Outro problema apontado pelos economistas é que, ao garantir o crescimento do investimento via BNDES, o governo torna mais dura a tarefa do BC de desaquecer a economia.

Já o professor da Unicamp Fernando Sarti ressalta que, sem o BNDES para atuar em projetos de longo prazo, a taxa de investimento do País seria bem menor. "Quem investe em estradas, rodovias e hidrelétricas no Brasil se não tiver a participação do BNDES? Poucos", diz.

Fato é que rotunda parcela dos recursos disponibilizados pelo BNDES a certos agentes sabidamente "endinheirados" vem do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Muitos reclamam da terrível sina tupininquim de exportador de commodities, mas ninguém reclama desse paternalismo non sense em financiar aventuras de biliordários - exatamente do ramo extrativista primário - sem nenhuma agregação de valor à exportação.

E pior, com erário público.
 

 
Viva o Brasil !

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