Gestão Nunkassab: O retrato da irresponsabilidade

Munícipes (moradores contribuintes da cidade) foram vítimas, pela enésima vez, da falta de medidas preventivas, enquanto o governo tenta redimir suas culpas com 'ajudinhas'. 

"Demotucanos: canalhas!"

O cenário é o mesmo, assim como as desculpas das autoridades públicas. Nesta semana, mais uma vez, a Chuiça (cidade de SP) ficou debaixo d'água.

Na última terça-feira (18), munícipes tiveram suas casas alagadas e mais uma vez foram vítimas do descaso da administração do poste de José Serrágio, o demo Gilberto Nunkassab.

Uma situação que, infelizmente, irá se repetir por diversas vezes enquanto os governantes optarem por medidas paliativas, eleitoreiras, não-preventivas e inúteis.

Enquanto isso não acontece, eles agem como 'bons moços', oferecendo um mísero auxílio-aluguel e descontos no IPTU (*), como se fosse uma benesse, uma bondade suas.

Não é.

Todos sabem (e não é preciso ser nenhum especialista para desconfiar) que isto não passa de uma forma de redimir suas (i)rresponsabilidades diante de velhos problemas.

Certo é que as chuvas não darão trégua, e até lá muitas explicações (?) serão dadas, enquanto dezenas, centenas, milhares de vidas serão ceifadas.

É sempre bom lembrar que palavras são palavras, nada além de palavras. E que estas, por si só, não salvam vidas nem evitam tragédias cuja culpa não está em Deus, ou na natureza. Está nos homens. Nos homens que detém o poder político, financeiro e midiático.

Alguns dados coletados são arrepiantes. A falta de infra-estrutura nas obras para evitar as enchentes é nítida em SP, e o resultado do levantamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT/SP) é assustador:
  • a capital tem 115 mil pessoas vivendo em situações de extremo perigo em 407 áreas;
  • o problema é ainda mais agravante na zona sul, onde se concentram 43% das áreas de risco; e,
  • 50 mil moradores, repito 50 mil vidas humanas, sobrevivem em áreas que podem desmoronar a qualquer momento.
Segundo informações que constam no site da prefeitura:
  • 27% das moradias instaladas em áreas de risco estão em setores considerados de risco Alto e Muito Alto, que representa cerca de 29 mil moradias, com aproximadamente 115 mil pessoas, repito 115 mil vidas humanas.
  • Já nos setores de risco Médio e Baixo, está concentrada a maioria das moradias: 73% que representam mais de 105 mil residências, repito 105 mil residências.
Pergunto: e o que fez os sucessivos governos demotucanos ao longo desses últimos 20 anos?

Nada.

Parabéns eleitores. Vocês merecem o governo que possuem.

(*) IPTU - Na cidade de SP existe uma lei que já prevê isenção no IPTU para morador que teve prejuízos com enchente. A norma está em vigor desde 2007:
  • "O poder Executivo fica autorizado a conceder isenção ou remissão do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU - incidente sobre imóveis edificados atingidos por enchentes e alagamentos causados pelas chuvas no município de São Paulo [...]", diz o texto.
Tato De Macedo
(em base de infomações do Jornal do Trem)

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