Bingos: Porque o bicho é ilegal, mas é tolerado
A volta dos bingos
Pesquisa da APPM mostra a opinião da população sobre a legalização das casas de jogos
"A legalização dos bingos é interessante, entre outras,
pela geração de empregos"
(Opinião dos que tem maior poder aquisitivo)
Por Ana Paula Ruiz
Numa pesquisa realizada pela APPM – Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado em dezembro de 2010, foram entrevistadas 1.000 pessoas da Cidade de São Paulo (SP) sobre a legalização dos bingos. A Pesquisa avaliou a amostra por idade, instrução, renda familiar, região e sexo.
Do total de paulistanos que participaram do Estudo:
- 36% tomaram conhecimento de que deputados da base governista apresentaram um projeto de lei para a volta das casas de jogo no Brasil;
- 31% das pessoas - quanto ao grau de instrução - que têm até a quarta série do Ensino Fundamental sabiam do projeto;
- 53% dos que têm Ensino Superior estavam cientes; e
- 56% dos paulistanos entendem que os bingos não deveriam ser legalizados.
- 59% dos que ganham até dois salários mínimos são contra a legalização dos bingos.
- 51% das pessoas com maior poder aquisitivo, que possuem renda familiar acima de dez salários mínimos por mês, se mostraram a favor do projeto.
- 36% das pessoas tem consciência que a legalização dos bingos seria interessante pela geração de empregos;
- 26% concordam que os bingos devem permanecer ilegais porque induzem as pessoas ao vício do jogo;
- 19% são contra a legalização por imaginarem que os bingos - e não os bancos, ou os fundos Offshore (sic) - servem para a lavagem de dinheiro;
- 91% disseram que uma pessoa poderia ficar viciada neste tipo de jogo.
Saia justa: caso o projeto fosse realmente aprovado, a situação ficaria um pouco desconfortável para o deputado que se declarasse a favor dos bingos, pois 53% afirmaram que não votariam novamente nele.
Entendem, agora, caros amigos navegantes, porque o bicho é ilegal, mas é tolerado.
Este bloguista tem uma opinião formada, e é irreversivelmente a favor da legalização das casas de bingos, cassinos e, também, do jogo do bicho.
As loterias, as drogas lícitas, os bares, os prostíbulos todos são altamente viciantes e, no entanto, toleráveis, apesar dos males que causam.
Mas quem deve decidir o que faz mal ou bem às pessoas?
Será que o cidadão não deveria ter discernimento e livre-arbítrio para decidir?
A quem interessa manter os bingos na clandestinidade? Não seriam aos mesmos que se beneficiam de outras formas de ilegalidades?
A não legalização dos bingos implica a sua existência, tal como o jogo do bicho, com as consequências da contravenção pelo predomínio da corrupção e do poder paralelo, em detrimento da presença do Estado. Simples, assim.
Por que esses que se arvoram contra os bingos, também não o fazem contra os botecos, as casas masculinas de massagens, as bancas de jogo do bicho, ou mesmo as loterias?
A isto se chama hipocrisia.
Este bloguista tem uma opinião formada, e é irreversivelmente a favor da legalização das casas de bingos, cassinos e, também, do jogo do bicho.
- Há uma crença hipócrita do que existe na prática, mas não de direito, não deveria existir de fato. Ocorre que, goste-se ou não, existe.
As loterias, as drogas lícitas, os bares, os prostíbulos todos são altamente viciantes e, no entanto, toleráveis, apesar dos males que causam.
Mas quem deve decidir o que faz mal ou bem às pessoas?
Será que o cidadão não deveria ter discernimento e livre-arbítrio para decidir?
A quem interessa manter os bingos na clandestinidade? Não seriam aos mesmos que se beneficiam de outras formas de ilegalidades?
A não legalização dos bingos implica a sua existência, tal como o jogo do bicho, com as consequências da contravenção pelo predomínio da corrupção e do poder paralelo, em detrimento da presença do Estado. Simples, assim.
Por que esses que se arvoram contra os bingos, também não o fazem contra os botecos, as casas masculinas de massagens, as bancas de jogo do bicho, ou mesmo as loterias?
A isto se chama hipocrisia.
Edição
Tato De Macedo
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