Futebol: Times cariocas são os campeões...
...de DÍVIDAS !
Os quatro maiores devedores (cariocas) somam R$ 1,3 bilhão
Em realidade, já faz algum tempo que o futebol deixou de ser apenas esporte, propriamente dito, para se tornar, também e principalmente, um negócio.
Mas, no Brasil, com um detalhe a mais:
Mas, no Brasil, com um detalhe a mais:
Um negócio à beira da falência.
Poucos, ou quase ninguém, na imprensa esportiva tupininquim, ousa enfrentar o problema maior, dentre tantos outros, que atormenta não apenas os times (devedores) mas, principalmente, as instituições (credoras); sem mencionar, obviamente, as implicações intra-futebol como as tão discutidas "arbitragens desastrosas".
De nada adianta exigir explicações, pois ao perguntar a qualquer presidiário se alguém ali é culpado, todos responderão que são inocentes. No mundo do futebol também é assim: só há "inocentes".
Os números não mentem, jamais
Em 2009, a consultoria Crowe Horwath RSC divulgou estudo sobre o endividamento dos clubes brasileiros: os 26 clubes analisados registaram um endividamento total na ordem dos R$ 3,1 bilhões, o que significa um aumento de 11% em relação ao ano de 2008, em que os clubes apresentaram dívidas totais de R$ 2,88 bilhões.
O ópio das zélites abastadas custa caro, aos brasileiros. Para se ter uma ideia do rombo aos cofres (públicos) basta, por exemplo, atentar às demonstrações contábeis dos principais clubes cariocas:
O ópio das zélites abastadas custa caro, aos brasileiros. Para se ter uma ideia do rombo aos cofres (públicos) basta, por exemplo, atentar às demonstrações contábeis dos principais clubes cariocas:
- Entre os cinco times campeões de dívidas no Brasil, quatro são cariocas.
Num outro levantamento, divulgado pela Casual Auditores Independentes, são exibidos alguns números pouco diferentes da RSC:
Os campeões da incompetência são mesmos os cariocas; e cerca de 60% dessas dívidas são de natureza fiscal.
Em 2008, o governo federal até tentou ajudar- sob pressão da assim chamada "bancada da bola" - ao criar a Timemania, loteria para arrecadar fundos que garantissem o pagamento dos passivos dos clubes. A expectativa era de uma arrecadação de R$ 500 milhões a.a. (ao ano). Em 2008/2009, no entanto, a arrecadação não passou de R$ 112 milhões.
Para os dois clubes cariocas, Fluminense e Botafogo - Campeão e Vice em dívidas - com passivos que somam até sete vezes o faturamento anual, os repasses quitam uma parcela insignificante das dívidas fiscais.
Para o time das Laranjeiras - o mais endividado do país - manter as principais estrelas de seu elenco, a bilheteria e os parceiros (Unimed e Traffic) não são suficientes.
Já para o diretor financeiro do timinho da Marginal S/N, Raul Corrêa:
- "O grande desafio é encontrar formas de os clubes lucrarem sem depender da venda de jogadores"
No entanto, o Curintxia arrecada, com patrocínio, algo em torno de R$ 45 milhões e deve mais de R$ 128,6 milhões. Ocupa a "honrosa" 8º posição, na tábua de classificação dos enforcados.
Resta um consolo:
Belluzzo. Sim, para se equacionar as dívidas, esses clubes dependem da iniciativa (responsável) do respeitável Economista e Professor Luiz Gonzaga Belluzzo.
É por intermédio do Presidente da gloriosa Sociedade Esportiva Palmeiras que os integrantes do Clube dos 13 podem estruturar um plano conjunto de renegociação de dívidas.
A ideia do projeto é apresentar como garantia recebimentos futuros de contratos acertados pelos clubes. Eles esperam apenas a conclusão de um estudo da FGV.
A ideia do projeto é apresentar como garantia recebimentos futuros de contratos acertados pelos clubes. Eles esperam apenas a conclusão de um estudo da FGV.
Talvez, as desastrosas gestões administrativas dos clubes brasileiros, no geral, e cariocas, no particular, sirvam também para explicar um recente fenômeno verificado na Pátria de chuteiras:
- O Brasil tem formado ultimamente grandes atletas, mas nenhum craque (exceto Ganso, do Santos)
- Os três principais e melhores (disparados) jogadores do Brasileirão são argentinos: Montillo, D'Alessandro e Conca
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